
Luiz Carlos Mendonça de Barros tem seu nome vinculado como ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e por sua posição de ministro no Ministério das Comunicações.
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O economista também tem boa parte de sua carreira voltada para o setor privado, onde participou da fundação de uma série de empresas do mercado financeiro.
Entre elas está uma das primeiras corretoras de valores do país, a Patente e o banco de investimentos Planibanc.
Mas nem tudo foi perfeito na trajetória de Mendonça de Barros.
Uma parte marcante foi o processo que respondeu até 2009, no qual foi acusado de improbidade administrativa durante seu período como ministro.
Conheça mais detalhes sobre a história e atuação profissional do economista e empresário Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Quem é Luiz Carlos Mendonça de Barros
Luiz Carlos Mendonça de Barros é um engenheiro e economista brasileiro, presidente do Conselho da Foton Brasil, uma fabricante chinesa de caminhões.
Ele foi presidente do BNDES (de novembro de 1995 a abril de 1998) e ex-ministro das Comunicações (de abril de 1998 a novembro de 1998), pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.
Vida e carreira
Luiz Carlos Mendonça de Barros nasceu no dia 28 de novembro de 1942, na cidade de São Paulo, Brasil, filho de Leovigildo Mendonça de Barros e de Nísia Maurício Mendonça de Barros.
Estudou no Colégio Santa Cruz e chegou a presidir a União Estadual dos Estudantes (UEE) do estado de São Paulo.
Em 1966, Mendonça de Barros se formou em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e concluiu mestrado e doutorado em economia pela Universidade de Campinas (Unicamp).
Sua carreira profissional teve início em 1967 como analista financeiro no Banco de Investimento Industrial (Investbanco), um dos primeiros bancos de investimentos estabelecido no Brasil após as reformas financeiras em meados dos anos sessenta.
No mesmo período, começou a lecionar como professor de estatística e métodos quantitativos na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV).
Em 1968, tornou-se professor também da Faculdade de Administração e Economia de Piracicaba (SP), cargo que ocupou até o início da década de 70.
Nesse meio tempo, Luiz Carlos Mendonça de Barros desenvolveu o departamento de open market no Investbanco, que lhe rendeu o posto de gerente e superintendente de operações nas áreas de financiamento e captação.
Em 1972, junto com mais três sócios, Barros fundou a Patente, uma das primeiras corretoras de valores mobiliários com assento na Bolsa de Valores de São Paulo, onde foi diretor por mais de dez anos.
Em 1983, ele deixou a Patente para criar o banco de investimentos Planibanc, em associação com quatro dos maiores grupos industriais brasileiros: Votorantin, Brasmotor, Bardella e Pão de Açúcar, onde permaneceu como sócio até 1993.
De 1985 a 1987, Luiz Carlos Mendonça assumiu a função de diretor estatutário do Banco Central do Brasil chefiando a área de mercado de capitais.
Também se tornou membro do Conselho Monetário Nacional.
Em 1993, deixou a Planibanc para fundar, junto com André Lara Resende e mais três sócios, o Banco Matrix, um banco de investimento especializado na gestão de fundos de investimentos.
Em 1995, ele se afastou da instituição para assumir a presidência do BNDES, função que exerceu até abril de 1998 quando assumiu o Ministério das Comunicações depois da morte de Sérgio Motta.
Contudo, permaneceu na posição só até novembro do mesmo ano, quando seu nome ficou em evidência na investigação que ficou conhecida como o “escândalo do grampo do BNDES”, logo após a reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
Fora da vida pública, Mendonça de Barros criou, em parceria com o jornalista Reinaldo Azevedo, o site Primeira Leitura, em agosto de 2000. Em 2001, fundou a editora de mesmo nome, que publicou uma revista mensal até 2006.
Ainda em 2001, criou a MBG & Associados, uma empresa que oferece cursos profissionalizantes à distância, em parceria com seu irmão José Roberto Mendonça de Barros e Lídia Goldeinstein.
Em 2002, fundou com outros profissionais do mercado financeiro a Quest Investimentos, uma gestora independente, onde se tornou responsável pela estratégia macroeconômica dos fundos da empresa.
Em 2015 foi convidado para criar uma empresa industrial no ramo de caminhões associada a uma das maiores empresas chinesas deste setor, a Foton Beiqi.
Atualmente, Luiz Carlos Mendonça de Barros é o presidente do Conselho de Administração da Foton Aumark do Brasil Ltda.
Ele é casado com Vitória Maria Cardoso Mendonça de Barros, com quem teve três filhos.
Seu irmão, José Roberto Mendonça de Barros, foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998, no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso.
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Luiz Carlos Mendonça de Barros e o BNDES
Luiz Carlos Mendonça de Barros assumiu a presidência do BNDES em 1995.
Em três anos na administração, comandou a privatização de 45 empresas públicas, cujo patrimônio foi avaliado em 60 bilhões de dólares.
Com a reeleição de Fernando Henrique Cardoso nas eleições de outubro de 1998, passou a ser cotado para o Ministério do Desenvolvimento ou da Produção, mas seu prestígio foi abalado pelo seu envolvimento no “escândalo do grampo do BNDES".
Conversas gravadas a partir de escuta clandestina instalada na linha telefônica da presidência do BNDES revelaram um suposto esquema de favorecimento de empresas no leilão de privatização da Telebrás, conduzido por Luiz Carlos Mendonça de Barros e André Lara Resende, então presidente do BNDES.
Além de Mendonça de Barros, que deixou o posto de ministro das Comunicações, o escândalo também derrubou seu irmão, José Roberto Mendonça de Barros, da Câmara de Comércio Exterior e André Lara Resende da presidência do BNDES.
Mendonça de Barros foi indiciado pelo Ministério Público Federal sob a acusação de improbidade administrativa.
Em fevereiro de 1999, o Tribunal de Contas da União (TCU), em investigação paralela, o absolveu, assim como Lara Resende e outras autoridades, da acusação de improbidade e determinou o arquivamento do caso.
O processo, no entanto, continuou tramitando na Justiça Federal até que foi absolvido em 2009.
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