Bernard Arnault é o homem no comando do maior conglomerado de luxo do mundo. A LVMH é um marco na indústria da moda e alto padrão, com aquisições da empresa de diversos segmentos e lucratividade contínua.

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Engenheiro de formação, o magnata francês iniciou sua carreira na empresa do pai, mas viu no setor de moda de luxo uma oportunidade.

Hoje é presidente da LVMH, holding francesa especializada em artigos de luxo.

O grupo engloba mais de 70 marcas, entre elas as renomadas Louis Vuitton, Givenchy, Christian Dior, Marc Jacobs, Fendi e Tiffany.

Bernard Arnault é o homem mais rico da indústria da moda, o mais rico da Europa e o terceiro maior bilionário do mundo, atrás apenas dos norte-americanos Jeff Bezos e Elon Musk.

Arnault é visto como um visionário que revitalizou a alta costura francesa e devolveu prestígio a marcas tradicionais.

É também extremamente competitivo e disposto a adotar estratégias agressivas para assumir o controle das empresas que deseja.

Essa ousadia nas negociações e sua busca incessante por lucro renderam a ele o apelido de “lobo de casaco de caxemira”.

Sem dúvidas, Bernard Arnault é um empresário e investidor que inspira muitas pessoas.

Conheça mais da sua trajetória até se tornar o gigante das marcas de luxo.

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Que é Bernard Arnault

Bernard Arnault (72 anos) é um empresário francês, atual presidente e diretor executivo da LVMH (LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SE), maior conglomerado de artigos de luxo do mundo.

O grupo controla um império de 75 marcas de seis setores diferentes, incluindo as grifes de moda, perfumaria e joias como Louis Vuitton, Dior e Givenchy, e as de bebidas, como Moët & Chandon, Krug e Dom Pérignon, entre tantas outras.

Arnault também é Presidente do Conselho de Administração do Groupe Arnault SE, sua holding familiar.

Vida e carreira

Bernard Jean Étienne Arnault nasceu em 05 de março de 1949 na cidade de Roubaix, no Norte da França.

Filho de Jean Arnault, engenheiro e empresário, e Marie-Josèphe Savinel. Ele tinha uma irmã mais nova, Dominique, que morreu em 2006. 

Desde cedo planejou seguir os passos do pai, o qual se refere como “excepcional”. Em declaração à CNBC disse que seu pai sempre o “deu a noção dos negócios”.

Formou-se em engenharia na École Polytechnique em Palaiseau, em 1971 e foi trabalhar na Ferret-Savinel, empresa de seu pai.

Cinco anos mais tarde, convenceu o pai a entrar no setor imobiliário.

Sob o nome de Férinel, a nova empresa desenvolveu inicialmente acomodações especiais para férias. 

Em 1974, assumiu o cargo de diretor de desenvolvimento, em 1977 tornou-se diretor geral e em 1979, presidente, após a morte do pai, presidente.

Em 1981 foi viver nos Estados Unidos, presenciou outro modelo de fazer negócios, muito menos cordial do que era praticado na França.

Em 1984, o empresário retornou ao seu país e comprou a primeira empresa de artigos de luxo, a Financière Agache.

A qual detinha uma empresa têxtil em crise tinha no seu catálogo, a Dior e a rede de lojas de departamentos Le Bon Marché.

Arnault tratou de reorganizar o grupo apostando numa estratégia de desenvolvimento nas marcas de prestígio. A partir daí começou a comprar outras empresas.

Em 1987 nascia a LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton.

Bernard Arnault é casado e tem cinco filhos, destes quatro trabalham na LVMH.

Jean, o mais novo, é a exceção, já Delphine, a mais velha, é apontada como a possível sucessora do pai.

Criação do conglomerado de luxo LVMH

Em 1984, quando soube que a empresa têxtil chamada Boussac, havia falido e o governo francês estava procurando um comprador, Arnault viu ali uma oportunidade.

Essa empresa possuía uma marca de luxo diferenciada em seu portfólio, controlava a Christian Dior.

“Imediatamente, achei que essa marca tinha muito potencial. Está subavaliado. É pequeno em comparação com o que pensei que o mundo se tornaria, por isso mudei para comprá-lo”, diz Arnault. 

“Foi uma mudança arriscada na época porque era muito maior do que a empresa do meu pai, mas a partir daí, construímos o LVMH de hoje.”

Bernard Arnault, então com 35 anos investiu US$ 15 milhões do dinheiro de sua família e com ajuda da instituição financeira francesa Lazard Frères, que forneceu os US$ 45 milhões, adquiriu a Financière Agache, tornando-se presidente-executivo e assumindo o controle da Boussac.

A Boussac Saint-Frères era uma empresa têxtil em crise, mas possuía, entre outros ativos, a Dior e a loja de departamentos Le Bon Marché. 

Arnault usou essa posição no negócio para começar a construir o que se tornaria o maior conglomerado de luxo do mundo.

Na época, segundo relatos, ele fez uma promessa de reativar as operações e preservar empregos, mas em vez disso demitiu 9.000 trabalhadores e se desfez de quase todos os ativos da empresa, mantendo apenas a prestigiosa marca e a loja de departamentos.

Os críticos recuaram diante de sua ousadia, que mais tarde, o levou ao apelido de "o lobo com casaco de cashmere".

A partir daí, Arnault desenvolveu os critérios que nortearam sua expansão nas décadas seguintes: construir um grande negócio com a melhor qualidade e os produtos de elite em cada linha.

Em 1987, logo após a criação do LVMH, grupo de luxo resultante da fusão de duas grandes empresas, a Louis Vuitton e a Moët Hennessy, Arnault mediou o conflito entre os CEOs das duas marcas.

Primeiro, ele se juntou ao chefe da Vuitton que convidou Arnault a investir no empreendimento na esperança de conseguir um aliado na disputa interna com o presidente.

Enquanto os dois comandantes digladiavam por controle, Arnault foi comprando mais ações.

Em 1988, Arnault forneceu US$ 1,5 bilhão para formar uma holding com a Guinness que detinha 24% das ações da LVMH e acabou se tornando o maior acionista.

Em janeiro de 1989 foi eleito por unanimidade presidente do conselho de administração executivo da LVMH.

A partir de então, Arnault passou a incorporar uma série de marcas ao grupo líderes no setor da moda de luxo.

“Ele [Arnault] percebeu o crescimento da riqueza no mundo”, disse o ex-presidente do banco Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, em depoimento à CNBC.

Nos anos seguintes, o valor da LVMH multiplicou-se quinze vezes e as vendas e o lucro aumentaram cinco vezes. 

Um dos fatores-chave para o sucesso da empresa têm sido a descentralização e os esforços de Arnault para preservar e destacar a herança de cada marca, para que cada empresa seja vista de forma independente.

Em 2018, a LVMH assumiu o controle da empresa de hotelaria Belmond, responsável por gerenciar hotéis de luxo pelo mundo, entre eles o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Sua última grande aquisição foi a da joalheria norte-americana Tiffany & Co. por US$ 15,8 bilhões em novembro de 2020.

Atualmente a holding controla 75 marcas distintas de alto padrão enraizadas em seis setores diferentes:

A receita da LVMH no ano de 2020 foi de € 44,7 bilhões.

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Como Bernard Arnault  ficou rico

Bernard Arnault ficou rico com o negócio de seu pai no ramo da construção, mas ficou bilionário após investir em empresas de luxo e liderar a expansão do grupo LVMH.

Com US$ 15 milhões de sua família, Arnault comprou a primeira empresa de artigos de luxo, a Financière Agache, para assumir o controle da Boussac Saint-Frères, uma empresa têxtil em crise que tinha no seu catálogo, a Dior.

Já no início da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, Arnault forneceu US$ 1,5 bilhão para formar uma holding com a Guinness, que detinha 24% das ações da LVMH.

Após mais investimentos, tornou-se o maior acionista da LVMH e posteriormente o presidente do conselho administrativo da empresa.

Ele foi o responsável por transformar a LVMH no maior conglomerado de luxo do mundo.

Em poucos anos, os valores das ações multiplicaram e o lucro só cresceu.

Apesar de líder no mercado de artigos de luxo, a companhia é um negócio familiar.

Arnault frisa que essa característica induz a estratégias de longo prazo e garante que o desejo pela marca será o mesmo daqui a dez anos.

“Ser um negócio de família, principalmente no setor de luxo, é essencial para o sucesso”, afirmou o empresário à CNBC.

“Não estou muito interessado nos números dos próximos seis meses - o que me interessa é que o desejo pela marca seja o mesmo em 10 anos como é hoje.” 

O grupo LVMH tem atualmente cerca de 150 mil funcionários e em 2020 registrou um faturamento de 44,7 bilhões de euros.

Em maio de 2021, a LVMH tinha uma capitalização de mercado de US$ 393,25 bilhões , o que a torna a 18ª empresa mais valiosa do mundo em valor de mercado, de acordo com a Companies Market Cap.

Arnault e sua família possuem 47% das ações da empresa.

Sua fortuna é estimada em US$ 188 bilhões pela Forbes, o que o torna a terceira pessoa mais rica do mundo.

Onde Bernard Arnault investe

Além da LVMH, Arnault também fez diversos investimentos internacionais através das suas holdings, o Groupe Arnault e a Blue Capital, o veículo de investimento detido igualmente por Arnault e Colony Capital.

Ele investe na Netflix (NFLX34), possui uma importante participação no Carrefour, além de  investir no Boo.com e em uma variedade de outros empreendimentos online, além de comprar a fabricante de iates Princess Yachts.

Bernard Arnault é amante das artes. Em sua coleção pessoal estão obras de artistas como Picasso, Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, Damien Hirst e Maurizio Cattelan.

Em 2021, Arnault decidiu entrar no mercado de “SPACs”, sigla para Special Purpose Acquisition Company (Companhia de Aquisição de Propósito Específico, em tradução livre).

Essas empresas abrem capital em bolsa para levantar dinheiro e comprar outras companhias. Por isso são apelidadas de “companhias de cheque em branco”.

No caso de Arnault, o objetivo é investir em empresas financeiras europeias, de acordo com o jornal britânico Financial Times.

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