A economia brasileira registrou uma retração de 10,94% no segundo trimestre de 2020, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (14).

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O indicador é considerado uma "prévia" do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

Embora haja algumas ponderações no cálculo do BC, no geral este índice se aproxima bastante do resultado oficial do PIB, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de setembro.

Confirmado a retração do PIB no segundo trimestre, o Brasil terá entrado, oficialmente, em "recessão técnica", que é quando há queda na atividade econômica por dois trimestres consecutivos.

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O recuo entre abril e junho deste ano no IBC-Br é mensurado tendo como comparação o primeiro trimestre de 2020.

A principal justificativa para a queda do indicador se deve aos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que tem provocado o fechamento do comércio em praticamente todas as cidades brasileiras.

Apesar da forte baixa, os últimos meses do semestre têm mostrado uma melhora nos indicadores, apontando que o pior já passou, sugerindo, assim, uma possível retomada da economia, principalmente nos setores como indústria e comércio.

Somente em junho deste ano, de acordo com o IBC-Br, a economia brasileira mostrou crescimento de 4,89% na comparação com o maio.

Esse foi o segundo mês seguido de crescimento do indicador, após registrar fortes recuos em março e abril deste ano.

Entretanto, o ritmo da retomada ainda não deixa claro se haverá uma recuperação em "V", visto que, na comparação com junho do ano passado, o índice de atividade econômica apontou uma queda de 7,05%.

No acumulado dos seis primeiros meses, ou seja, de janeiro a julho de 2020, o índice de atividade econômica registrou uma redução de 6,28%.

Já em 12 meses, de julho de 2019 até junho de 2020, os números indicam uma queda do PIB de 2,55%.

Outra evidência da incerteza sobre o crescimento brasileiro está nas estimativas destoantes entre as instituições e agentes do mercado.

Para o final do ano, o mercado financeiro estima uma retração de 5,62% para o PIB, conforme dados do Relatório Focus.

Já o Ministério da Economia espera uma retração de 4,7% para a atividade. Enquanto isso, instituições externas estão mais pessimistas para o desempenho do Brasil.

O Banco Mundial prevê uma queda de 8%, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem a expectativa de um tombo de 9,1% para o PIB de 2020.

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