O aperto nas contas fez mais pessoas recorrerem à portabilidade do financiamento imobiliário, que é a transferência de dívida para outra instituição financeira em busca de juros menores. Houve alta de 144,1% em março, segundo os últimos dados disponíveis.

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Em março do ano passado, foram 3.606 pedidos de portabilidade de crédito imobiliário somando Sistema Financeiro Habitacional (SFH), com juros limitados, e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) — bancado com recursos próprios dos bancos e taxas definidas pelo mercado. Já no mesmo mês de 2021, foram 8.803 pedidos.

Mesmo com a recente alta da taxa básica de juros para 4,25% ao ano e a perspectiva de novos aumentos na taxa, especialistas avaliam que o consumidor não deve descartar a opção de fazer a portabilidade. 

Isso porque os juros ainda estão muito distantes do patamar de dois dígitos já registrado no passado. O ideal a se fazer é pesquisar as opções oferecidas no mercado e tentar negociar, primeiramente, com o atual portador da dívida. 

Os especialistas ainda alertam que os consumidores devem considerar todos os custos envolvidos, além da própria capacidade de pagamento antes da decisão. A depender do valor final, a migração pode não ser vantajosa. 

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Depende do tempo que resta até o vencimento e da taxa que foi contratada em relação à taxa atual. A portabilidade vale sempre a pena se o consumidor consegue reduzir sua taxa.

Qualquer percentual que a pessoa consiga reduzir já é uma vantagem, especialmente quando ainda falta muito tempo para o vencimento — afirmou o professor de Finanças do Insper, Ricardo Rocha.

Como destaca o professor do MBA de Finanças do Ibmec-RJ, Gilson Oliveira, é preciso avaliar o Custo Efetivo Total (CET) da transação.

Ele é formado por diversas taxas, como vistoria do imóvel, cobranças administrativas e seguro, cujos preços variam de instituição para instituição.

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Ele tem que verificar qual é o CET nas duas instituições, porque muitas vezes a instituição informa uma taxa que seria inferior a que está contratada, mas podem ter taxas adicionais como administração, seguro do imóvel e tarifas que elevam o custo do financiamento.

Em muitos casos, o mais indicado é permanecer no banco de origem e tentar renegociar a dívida, já que na prática não é preciso fazer portabilidade para obter melhores taxas

Isso evita que a pessoa interessada em renegociar a dívida tenha que passar por nova avaliação de crédito, bem como tenha que arcar com os custos do processo.

Se a pessoa vai para outra instituição, terá que pagar outra vistoria do seu imóvel. Isso é um custo muito importante porque, normalmente, ele é pago de forma imediata. Ainda há novos custos com cartório — diz Oliveira.

Segundo especialistas, o mais aconselhável é buscar taxas melhores no mercado e apresentar as condições que os concorrentes estão oferecendo para a instituição de origem.

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Fonte: Abecip.org.