O que é Política Monetária Não Convencional

Política Monetária Não Convencional é um conjunto de medidas adotadas por certo país, para conter alguma crise ou reduzir danos econômicos, em uma determinada conjuntura.

→ Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

Nela, pode-se incluir redução da taxa de juros básica do país, Selic, alterações na Política Cambial, contenção de inflação, investimentos em setores específicos da economia, visando à regulação do mercado.

Política Monetária Não Convencional é utilizada como uma alternativa para tentar conter crises, visando uma retomada do equilíbrio fiscal, em uma espécie de plano de contingência.

→ Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.

Exemplos de Política Monetária Não Convencional 

Política Monetária Não Convencional ocorre comumente em cenários econômicos de crise, como na gerada pelo novo Coronavírus, em 2020, ou na crise do Subprime, iniciada nos Estados Unidos em 2008.

Um exemplo ocorreu em 2020, com a pandemia do novo Coronavírus, quando o mundo sofreu com o impacto da doença em diversos setores, sendo um deles o econômico.

Por ser uma crise global, diversos outros setores foram afetados, como o de alimentos, combustíveis, transportes, indústrias, principalmente.

Nesse cenário, muitas formas e relações de trabalho mudaram drasticamente, em um curto intervalo de tempo, especialmente devido à uma das medidas restritivas para seu combate, o isolamento social.

O isolamento social provocou não apenas o incentivo ao home office, nas modalidades de trabalho que assim o permitem, mas, também, o aumento do desemprego.

Empresas fizeram cortes em seus quadros de funcionários ou, até mesmo, faliram, devido à grande baixa na demanda de consumo, o que acarretou nessa grande quantidade de pessoas desempregadas.

Com isso, a economia começou a dar sinais negativos de comportamento, de uma forma rápida. 

Assim como muitos países ao redor do mundo sofreram com isso, no Brasil, o impacto do Coronavírus na economia não foi diferente.

O “efeito coronavírus” também gerou um alto desemprego, além de uma baixa no poder de consumo, o que fez com que o Governo Federal buscasse alternativas para reverter o quadro.

Como Política Monetária Não Convencional, o Governo cogitou em adotar o auxílio emergencial para aqueles que perderam suas rendas ou, mesmo, ganhavam uma quantia baixa mensal, por família.

Esse valor foi estimado, em um primeiro momento, em R$300, mas, em abril de 2020, depois de pressão por parte do Congresso Nacional, definiu-se por R$600 mensais.

Com esta Política Monetária Não Convencional, visava-se auxiliar a população nesta conjuntura, de forma que tivessem algum poder aquisitivo para se sustentar minimamente.

Também, a economia voltaria a girar, de certa forma, porque, quanto mais pessoas fossem beneficiadas, mais iriam consumir em bens e serviços.

Outro exemplo de crise, em que houve tentativas de adoção de Política Monetária Não Convencional, ocorreu em 2008, primeiramente nos Estados Unidos, na chamada crise do Subprime.

Anos antes, no mercado imobiliário, especialmente dos Estados Unidos, havia grande incentivo ao crédito e empréstimos à uma taxa mais baixa de juros, através dos fundos imobiliários. 

Eram dados às pessoas de forma mais simplificada, pois não era necessário verificar sua renda nem os ativos, realizando-se a hipoteca do imóvel em questão.

Em 2008, taxas de juros sobre esses empréstimos aumentaram, de modo que seus tomadores não foram capazes de pagá-los. Além disso, um dos principais bancos de investimentos, Lehman Brothers, quebrou.

Para reverter tal crise, que se alastrou mundialmente, nos Bancos Centrais de várias potências econômicas, como o BCE (Banco Central Europeu), foi apresentada Política Monetária Não Convencional.

O BCE teve papel complementar à taxa de juros, garantindo bom funcionamento do mecanismo de transmissão. 

Foi fornecida uma determinada liquidez para os bancos, entre outras operações que atendessem a demanda crescente por dólar.

Também, um programa de compra de títulos, que reduz a liquidez e diminui a volatilidade dos rendimentos dos títulos, surtindo alguns efeitos positivos para o funcionamento do mercado.