O que é Plano Marshall

Plano Marshall é o nome dado ao Plano de recuperação econômica no período pós Segunda Guerra Mundial. O Plano Marshall foi uma espécie de programa de ajuda oferecido pelos Estados Unidos aos países europeus, que haviam sido palco de devastação da Guerra.

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Os Estados Unidos, apesar de terem participado da Guerra, não chegaram a ter seu território destruído. Além disso, seus esforços econômicos de guerra proporcionaram grande crescimento econômico, que garantiu sua posição hegemônica no cenário pós Guerra.

É nesse contexto que o Plano Marshall entra em ação: como forma de garantir que a Europa Ocidental fosse recuperada da destruição e tivesse sua economia reerguida pelos Estados Unidos, distanciando-se da ideologia socialista da Europa Oriental e da União Soviética.

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Contexto do Plano Marshall 

O nome do Plano foi dado em homenagem ao seu criador: general George Catlett Marshall, secretário de Estado dos Estados Unidos, durante o governo de Harry S. Truman.

O Plano Marshall foi implantado em 1948, sob influência das ideias de Keynes, economista inglês, que possuía propostas de maior ação estatal para garantir o levantamento da economia e assistência social. 

Keynes, mais tarde, ficou conhecido como criador desse modelo social de Estado de Bem-Estar Social, no qual o Estado é provedor de diversos serviços, como saúde, educação e aspectos relacionados ao emprego (previdência social, seguro desemprego).

O auxílio econômico internacional foi essencial para que a Europa conseguisse se reconstruir. Não apenas a Europa havia perdido grande parte da população economicamente ativa em batalhas, mas também havia se perdido infraestrutura básica em diversos locais.

Os Estados Unidos, como forma de garantir seu poder e influência fora de seu território, investe no exterior como grande patrocinador do Plano de reconstrução da Europa Ocidental. 

É importante lembrar que o contexto do pós Segunda Guerra é o de Guerra Fria: a divisão do mundo entre as ideologias capitalista e socialista. É nesse sentido que o Plano Marshall se encontra dentro da Doutrina Truman, de combate ao avanço da ideologia soviética.

Por isso, além de movimentar a própria economia (pois muitos insumos utilizados na reconstrução provinham dos Estados Unidos), os Estados Unidos também garantiram que a Europa Ocidental se reconstruiria como economia capitalista.

Medidas do Plano Marshall 

O Plano Marshall encabeçou a criação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização com o objetivo de coordenar a distribuição dos Fundos de Investimento para a Europa Ocidental. 

Dentro da Europa Ocidental, os países que mais receberam recursos foram: França, Reino Unido, Alemanha Ocidental, Bélgica e Holanda. Contudo, o total de países europeus beneficiados pelos recursos do Plano foram 16.

Os recursos eram concedidos em formas de empréstimos a juros baixos, e os países que recebessem esses recursos deveriam priorizar a compra de insumos dos Estados Unidos. Essa relação visava alcançar uma política de estabilização monetária e anti-inflacionária.

Resultados do Plano Marshall

O esforço de estabelecer as relações comerciais entre Europa e Estados Unidos renderam benefícios a ambos. As políticas industriais e comerciais europeias se moldaram mais ao modelo americano liberal, garantindo acesso dos Estados Unidos.

Além disso, a OCDE também influenciou a criação de zonas livres de comércio dentro da Europa, servindo como forma de padronizar o acesso aos comércios internacionais.

O Plano Marshall também marcou o Estado provedor, ou o Estado de Bem-Estar Social de Keynes, de ajuda ampla à população, e o entendimento da questão do emprego/desemprego como assunto do Estado.Depois do Plano Marshall, a Europa Ocidental se reconstrói, a economia capitalista é garantida, e os Estados Unidos passam a ocupar a posição de credor mundial, afirmando sua hegemonia mundial e a hegemonia do dólar.