GLOSSARIO
Plano Collor
O que é Plano Collor. Entenda melhor o conceito de Plano Collor e descubra sua importância!
O que é Plano Collor
Plano Collor é o nome dado ao plano de reformas econômicas que tinha por objetivo reduzir a inflação brasileira. Foi um dentre os diversos planos realizados nesse período, sendo que o Plano Collor ocorreu no governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992).
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O Plano foi iniciado no começo dos anos 1990, período em que a economia brasileira ainda enfrentava problemas com a inflação, que se arrastaram por toda a década anterior (a chamada “década perdida”). Oficialmente, o nome do Plano era Plano Brasil Novo.
O recente fim da Ditadura Militar, cenário de disputa política e partidária e hiperinflação resumem o momento. O Plano Collor ficou conhecido por ter realizado o confisco de poupança, um bloqueio de liquidez com objetivo de reforma monetária.
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Contexto do Plano Collor
O cenário político e econômico pouco antes da aplicação do Plano Collor era um tanto conturbado. Desde os anos 1980, o Brasil arrastava a estagnação econômica.
O início dos anos 1990 também marcaram as primeiras eleições pluripartidárias desde o início da Ditadura Militar e seu fim, em 1985. O cenário político era dominado por nomes conhecidos até hoje, como Lula e Ulysses Guimarães.
Nesse contexto surge Collor de Mello, então governador do estado de Alagoas, com uma forte campanha de combate à corrupção, e se destaca rapidamente, sendo eleito no ano de 1990.
Medidas do Plano Collor
Logo depois de tomar posse Collor lança o que hoje é conhecido como Plano Collor I, sob orientação econômica da Ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello. O objetivo do Plano Collor I era a estabilização da inflação brasileira.
As principais medidas do Plano foram:
- Congelamento de poupança e outros ativos financeiros;
- Conversão do Cruzado Novo para o Cruzeiro;
- Congelamento de preços e salários;
- Criação do IOF;
- Corte dos gastos públicos;
- Eliminação de benefícios fiscais;
- Privatização de estatais;
- Abertura comercial.
Talvez a medida mais famosa do Plano, e também a mais controversa e criticada, foi o congelamento de poupança e de ativos financeiros, que também ficou conhecida como confisco da poupança.
Os ativos que excediam o valor de 50 mil Cruzados Novos foram congelados, ou seja, houve um bloqueio forçado da liquidez. Esse valor excedido seria congelado por 18 meses, e, segundo o Plano, após esse período o valor seria devolvido, com correção inflacionária e na nova moeda.
Essa medida foi tomada sem alerta por parte do Governo, logo após um feriado bancário, tomando a população de surpresa. Houve crítica em relação ao imenso poder discricionário do Estado no controle da liquidez e desaprovação de economistas da época.
Os ativos que não excederam o valor de 50 mil Cruzados Novos foram convertidos para o Cruzeiro, sendo a proporção um Cruzado Novo para um Cruzeiro (1:1). Os preços e salários também foram convertidos ao Cruzeiro e então congelados.
Foi criado o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF), que existe até hoje e incide sobre operações financeiras e analisa a movimentação financeira do país.
Por fim, medidas de cunho liberal também foram adotadas, como corte de diversos gastos públicos, eliminação de benefícios fiscais, privatização de estatais e abertura econômica, com o objetivo de aumentar a competitividade e combater a inflação.
Resultados do Plano Collor I e Plano Collor II
A inflação caiu pouco após a aplicação do Plano, dada a análise do IPCA do período, e a população ainda sofria com o corte de grande parte da liquidez circulante.
Nesse sentido, o Governo tenta implantar o Plano Collor II, que envolveu mais congelamentos e a criação da Taxa Referencial de Juros (TR).
Os Planos Collor I e II não resolveram os problemas da hiperinflação no país, gerando apenas uma recessão no país.