Tivemos a pior queda no PIB registrada na série histórica do IBGE: -9,7% em relação ao primeiro trimestre do ano.

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Em relação ao mesmo período de 2019, caímos 11,4%.

Ok, essa série foi iniciada em 1996 e isso fala tão somente sobre a história recente do Brasil.

Inegavelmente são números que saltam aos olhos.

Mas vamos lá, não quero ser alarmista.

Mesmo com toda essa queda, fomos melhores do que Chile, França, Colômbia, México, Reino Unido, Espanha e Peru, por exemplo.

Sofremos como todo o mundo sofreu e já podemos perceber que por aqui os impactos de curto prazo foram até menores se comparados a uma cesta de países.

E vale lembrar outra coisa importante: esse forte movimento de queda não evitou uma recuperada vigorosa da bolsa.

Claro, o mercado financeiro antecipa a recuperação.

Mas conforme as coisas foram clareando, vimos que o epicentro da crise ficaria mesmo nesse segundo trimestre e que o que viria a seguir já inspirava alguma esperança.

Abril foi o mês mais azedo da crise.

O mês de junho já apresentou uma forte recuperação em comércio e serviços, bem acima do esperado.

O terceiro trimestre vai se encaminhando para o fim e já devemos ter números mais animadores, não só nos dados de atividade, como nos resultados das companhias listadas.

Disso, temos algumas lições para tirar. Ou melhor, algumas coisas boas para lembrar.

Não existe nenhuma relação da bolsa de valores com o PIB do país.

Como já falei, o mercado antecipa a recuperação, esteja ele certo ou errado. A questão é que o mercado tende a convergir para o fundamento mais cedo ou mais tarde.

Mas na bolsa vimos que algumas empresas resistiram muito bem.

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Carrefour, B3 (B3SA3), Hypera (HYPE3), Magazine Luiza (MGLU3), frigoríficos e mais um apanhado de empresas foram muito bem.

As empresas listadas na bolsa não representam a realidade média do país.

Elas possuem muitas vantagens: escala, acesso a capital, marca… 

São atributos que permitem uma travessia mais suave mesmo em meio a uma crise sem precedentes.

E é aqui que o darwinismo acaba funcionando também: as empresas sobreviventes enfrentarão um ambiente com menos competição do que antes, dado que muitos concorrentes, acabam ficando pelo caminho, infelizmente.

O fato é que as estruturas oligopolizadas do Brasil são muito favoráveis para as empresas listadas em bolsa.

As empresas que já eram boas acabam ficando ainda melhores, mais sólidas.

E com os juros na mínima, abre-se uma oportunidade para uma transformação sem precedentes no mercado de capitais brasileiro.

Hoje temos quase 3 milhões de CPF na B3.

Já se fala em 10 milhões até 2023.

Difícil, mas não impossível. Vai ganhar com isso quem estiver posicionado desde já.

Não podemos estar passando por uma bolha?

Acho complicado falarmos em bolha quando são justamente o real brasileiro e a bolsa brasileira os que mais apanharam no mundo durante essa crise. 

Ativos caro sempre existem, mas vamos nos ater ao processo de selecionar boas empresas pagando algo razoável por elas.

No longo prazo, esse é o processo vencedor.

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