A Nike (NIKE34) sempre esteve alinhada com as maiores estrelas do mundo esportivo, mas sua maior estrela é seu co-fundador, Phil Knight.

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Knight começou sua carreira como a maioria dos graduados comuns: sem dinheiro, sem uma direção clara, mas com uma ideia maluca.

Apaixonado por corrida, ele tinha em sua mente que os tênis deveriam ser fabricados no Japão, onde a mão de obra era mais barata.

E foi assim que teve início a Nike. De um porta-malas de um carro à gigante de calçados e roupas esportivas de US$ 190 bilhões.

Conheça uma das maiores histórias de empreendedorismo e como Phil Knight transformou sua ideia em realidade.

Quem é Phil Knight

Phil Knight é o co-fundador e presidente emérito da Nike, Inc, uma gigante de calçados e roupas esportivas.

Por muito tempo ele foi CEO da empresa, mas se aposentou como presidente do conselho em junho de 2016, após 52 anos de dedicação.

Knight também é o proprietário da produtora de filmes em stop motion Laika.

De acordo com o levantamento da Forbes de 2022, Knight é a 27º pessoa mais rica do mundo, com patrimônio estimado em US$ 46,7 bilhões.

Vida e carreira

Philip Hampson Knight nasceu em Portland, no estado do Oregon, Estados Unidos, em 24 de fevereiro de 1938.

Ele se formou em jornalismo, em 1959, pela University of Oregon. 

Na instituição, fazia parte da equipe de atletismo e atuou como repórter de esporte do jornal impresso da escola, chamado Oregon Daily Emerald.

Assim que se formou, Phil Knight serviu ao exército dos Estados Unidos por cerca de um ano.

Quando voltou, começou seu MBA em administração de empresas pela Graduate School of Business de Stanford, onde se formou em 1962.

Foi no trabalho de conclusão de curso que veio a ideia para a gigante do vestuário esportivo.

Como ele mesmo chegou a dizer, a Nike “veio da pista de corrida em Hayward Field, em Oregon, e da sala de aula da escola de negócios de Stanford”.

Um autodenominado “corredor médio de meia distância” na equipe de atletismo, Phil Knight observou seu treinador de atletismo na Universidade de Oregon, Bill Bowerman, mexer com os tênis de corrida dos atletas e o impacto imediato que isso causava em seu desempenho.

Já em seu artigo que escreveu em Stanford, delineou um plano para quebrar o domínio que a Adidas tinha no mercado de tênis de corrida.

Sua ideia era que os tênis deveriam ser fabricados no Japão, em vez da Alemanha, onde a mão de obra era mais barata.

Depois de terminar o curso, Knight partiu para uma viagem ao redor do mundo e fez uma escala no Japão.

Lá descobriu os tênis de corrida da marca Tiger, fabricados em Kobe pela Onitsuka Co. 

Impressionado com a qualidade e o baixo custo dos sapatos decidiu colocar seu plano em ação.

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Sua estratégia era importar os tênis japoneses e revendê-los a preços mais altos nos Estados Unidos, lucrando com a margem. 

Ele convenceu o grupo de empresários japoneses a exportar seus populares tênis Tiger para os Estados Unidos garantido os direitos de distribuição para o oeste do país.

Como as primeiras amostras levariam mais de um ano para serem enviadas, durante esse tempo, Knight encontrou um emprego como contador em Portland. 

Quando finalmente recebeu as amostras, enviou dois pares para seu ex-treinador.

Bowerman não apenas encomendou os tênis, mas também se ofereceu para se tornar um parceiro de Knight e fornecer ideias de design de produtos. 

Com US$ 500 de cada, Bowerman e Knight formaram oficialmente a Blue Ribbon Sports, em 25 de janeiro de 1964.

Eles compraram 200 pares de Tigers, que Knight começou a vender em seu carro em competições de atletismo do colégio.

Percebendo que havia demanda, encomendou mais tênis do Japão, e mais. 

Chegou um momento em que teve que contratar mais pessoas para atender à crescente demanda.

Mas nem sempre os negócios foram fáceis. As remessas de Knight do Japão raramente chegavam no prazo e ele frequentemente enfrentava grandes problemas de financiamento com bancos relutando em fornecer os empréstimos necessários.

Quando começaram os problemas com a empresa japonesa sobre o acordo de exclusividade, Knight decidiu que era hora da Blue Ribbon começar a projetar seus próprios sapatos. 

A empresa estava praticamente começando de novo. Knight teve que encontrar novas fábricas para produzir seus calçados e até criar um novo nome para a empresa.

Em 1971 a empresa mudou seu nome oficialmente para Nike, em homenagem à deusa grega da vitória. 

Seu famoso logotipo, agora considerado um dos mais valiosos do mundo, foi encomendado por US$ 35 da estudante de design gráfico Carolyn Davidson.

Depois que a empresa abriu o capital na Bolsa de Valores, Davidson recebeu uma quantidade não revelada de ações da Nike por sua contribuição para a marca da empresa. 

No programa de televisão Oprah em abril de 2011, Knight afirmou que deu a Davidson "algumas centenas de ações" quando a empresa abriu o capital.

A estratégia de Knight era fazer com que os melhores atletas endossassem seus calçados.

O marketing e o timing do lançamento não poderiam ter sido melhores. Naquele verão, as provas olímpicas de atletismo foram realizadas em Eugene, Oregon, com Bill Bowerman como técnico da equipe olímpica americana. 

Knight aproveitou ao máximo a oportunidade, colocando os Nikes nos pés de vários finalistas. 

Vários atletas conhecidos ostentavam os tênis com destaque, ajudando a dobrar os lucros anualmente. 

As conexões de Knight e Bowerman com a comunidade de corrida e o foco na produção de um produto de alta qualidade fizeram da Nike a melhor escolha para atletas profissionais.

Quando as vendas da Nike começaram a cair em meados da década de 1980, Knight sabia que a empresa precisava fazer uma grande mudança em seu pensamento. 

Foi então que ele percebeu que, embora a Nike estivesse fazendo marketing para atletas de ponta, a maioria de seus clientes eram cidadãos comuns, muitos dos quais nem usavam os tênis para praticar esportes.

Knight transformou a Nike de uma empresa voltada para o produto para uma empresa voltada para o marketing. 

Ele começou a atrair o cliente comum, eventualmente recuperando as vendas. 

“A coisa mais importante que fazemos é comercializar o produto”, disse Knight à Harvard Business Review em 1992. 

“O marketing une toda a organização. Os elementos de design e as características funcionais do próprio produto são apenas parte do processo geral de marketing.”

A genialidade de marketing de Knight surgiu do fato de que ele não se concentrava apenas na venda de calçados, ele sempre fez isso sobre algo mais. 

Nos anos 90, a Nike enfrentou outro obstáculo: a empresa conquistou a reputação de usar fábricas clandestinas e práticas trabalhistas injustas. 

Os clientes começaram a boicotar a marca e protestar fora de suas lojas, criando uma aversão generalizada pela Nike que durou quase uma década.

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As vendas caíram tanto que, em 1998, a Nike foi forçada a começar a demitir funcionários.  Mais uma vez, Knight, que era CEO na época, interveio e fez mudanças drásticas para salvar a marca. 

Ele reconheceu a péssima reputação da empresa, aumentou o salário mínimo pago aos trabalhadores, melhorou a supervisão das práticas trabalhistas e garantiu que as fábricas tivessem ar puro. 

A percepção do público começou a mudar e a Nike voltou ao topo.

A marca permaneceu uma potência desde então e controla impressionantes 62% da participação de marcas de calçados esportivos nos Estados Unidos.

Onde Phil Knight investe

O grande ativo de Phil Knight é a Nike. Nos anos 80, a empresa abriu o capital .

“Estávamos preocupados em perder o controle”, disse Knight, que acrescentou que, no final das contas, foi uma das melhores coisas que a empresa já fez.

Em 1998, Phil Knight adquiriu 15% das ações da empresa de animação Will Vinton Studios.

Cinco anos mais tarde, aproveitando um momento de dificuldades administrativas, comprou toda a empresa.

A produtora mudou de nome e passou a se chamar Laika.

Livros de Phil Knight

A história de Phil Knight é contada em sua biografia lançada em  2016, "A marca da vitória" que logo alcançou seu lugar na lista de bestsellers do The New York Times.

Nele, Knight detalha a construção da marca Nike, desde a importação de sapatos japoneses até tornar a Nike uma das marcas mais emblemáticas, inovadoras e rentáveis do mundo.

Também destaca as relações com as pessoas que formariam a alma da Nike: seu ex-treinador de corrida, Bill Bowerman, e os primeiros funcionários, um grupo de desajustados geniais que rapidamente se tornou uma família.

Com uma visão ousada e a crença no poder transformador do esporte, eles criaram uma marca e uma cultura que mudariam os parâmetros de desempenho e superação para sempre.

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