As medidas tomadas pelas empresas de petróleo e gás da América Latina para proteger liquidez foram "apenas parcialmente bem sucedidas", de acordo com análise da agência de classificação de risco Moody's.

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Segundo Nymia Almeida, Senior Vice President na Moody's, a Petrobras (PETR4) parece ter um cenário mais favorável, principalmente com os US$ 8 bilhões em linhas de crédito compromissado que vencem em 2023 e 2024, e o plano da estatal brasileira de cortar despesas em cerca de US$ 3 bilhões neste ano.

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A Moody's ressalta que mais da metade das empresas de petróleo da região são controladas pelos governos de seus países, o que diminui o risco de calote aos credores.

Segundo Almeida, a mexicana Pemex deve precisar captar mais recursos no exterior até 2021, enquanto os fluxos de caixa da chilena ENAP e da argentina YPF deverão sofrer com as quedas no preço e na demanda.

"Os preços do petróleo e a demanda por combustíveis baixos terão menos efeito nas métricas de crédito da Ecopetrol devido ao forte fluxo de caixa de seus negócios, mas a empresa cortou seus planos de investimentos em 2020 para US$ 3,3 bilhões a US$ 4,3 bilhões, ante US$ 4,5 bilhões a US$ 5,5 bilhões originalmente, juntamente com outras despesas", explica a Moody's.

Resultado da Petrobras no Primeiro Trimestre de 2020

O resultado da Petrobras (PETR4) no primeiro trimestre de 2020 (1t20), divulgado no dia 14 de maio, apresentou um prejuízo líquido de R$ 48,5 bilhões, contra um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no mesmo período do ano anterior.

O Ebitda da Petrobras ficou negativo em R$ 29,6 bilhões no 1t20, apresentando retração de -205,5% na comparação com o 1t19.

A margem ebitda foi de -39,3%, uma retração de 79,3 p.p. quando comparado ao 1t19.

Já a margem líquida da Petrobras atingiu -64,3% no 1t20, apresentando retração de -70,0 p.p. na comparação com o 1t19.

As ações da Petrobras (PETR4) acumulam alta de 1,18% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 19,79% nos últimos 12 meses.

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Fonte: Estadão Conteúdo.