O mercado financeiro está apostando alto numa futura distribuição de dividendos por parte da Petrobras (PETR4).
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Que ela é um símbolo nacional e motivo de orgulho todo mundo já sabe.
Em relação a seus pares mundiais, ela é a quarta maior empresa do mundo no quesito produção de petróleo.
Se botar gás natural na conta, ela fica em décimo.
Ela é especialista em encontrar e extrair petróleo de águas ultraprofundas, mais do que isso, a cerca de 7km abaixo da terra, no pré-sal.
A parte mais legal disso tudo é que ela tem custos de extração super baixos para buscar um petróleo de alta qualidade nessa profundidade.
Isso gera uma TIR (taxa interna de retorno) acima de 30% ao ano em dólares, o que é formidável.
Isso a coloca em posição de destaque se você estiver avaliando investimento em qualquer empresa mundial de óleo e gás.
Mesmo assim a PETR4 é negociada com desconto em relação a seus pares mundiais em diversas análises, seja geração de caixa, lucro, EBITDA e outros indicadores.
Muito disso está ligado ao nosso velho conhecido risco político, que volta e meia azeda uma empresa que tem tudo para ser referência em desempenho e resultado no mundo.
Portanto esse risco está no preço das ações.
Faz um tempinho que seus últimos gestores estão melhorando muito a sua imagem frente ao mercado financeiro.
Isso ocorreu ao fazer uma gestão que se livrou de maus investimentos, se mostrou menos suscetível a interferências e implementou uma política clara de preços para seus produtos se tornando compatível com preços internacionais.
Outra política que ficou mais bem definida, foi a política de dividendos da empresa.
Até para evitar que o governo, que é controlador da empresa e detentor de grande quantidade de ações, decida raspar o caixa dela distribuindo mais dividendos do que seria saudável para a empresa.
A política de dividendos da empresa diz que ela deve remunerar o acionista no valor equivalente a 60% do fluxo de caixa operacional descontados os investimentos, com a condição que o endividamento da empresa esteja abaixo de US$ 60 bilhões.
Com tudo que ela vem fazendo isso pode acontecer já durante este segundo semestre de 2021.
É nisso que muitos investidores estão de olho.
A gestora AzQuest por exemplo, projeta dividendos de 15% para o ano de 2022 agora.
Isso, se acontecer, vai colocar a Petrobras nas primeiras posições daqueles rankings de melhores pagadoras de dividendos do ano.
A questão com a Petrobras é sempre a mesma: vai durar até quando essa sua boa fase de pouca interferência política e muito resultado no bolso do acionista?
Daí, você investidor tem que saber em que prazo você quer pautar o seu investimento.
Se for a curto prazo, vai. Mas vai ligado.
Ano que vem tem eleições e tudo pode mudar.
Se você pensa a longo prazo, vá sabendo que todo ano a Petrobras sofre uma correção de embrulhar o estômago.
Apesar de admirar empresa e conseguir antever dias melhores, ela fica de fora da carteira do Canal Seleção de Dividendos.