GLOSSARIO
Pacto Federativo
O que é Pacto Federativo. Entenda melhor o conceito de Pacto Federativo e descubra sua importância!
O que é Pacto Federativo
Pacto Federativo é o conjunto de regras constitucionais estabelecido pela Constituição de 1988 com o objetivo de organizar as competências de cada nível de governo.
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No geral, o Pacto Federativo determina dispositivos constitucionais que configuram a moldura jurídica, as obrigações financeiras, a arrecadação de recursos e os campos de atuação dos entes federados.
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O que é Federação
A Federação é uma forma de organização do Estado, composta por diversas entidades territoriais.
As entidades territoriais têm autonomia relativa e governo próprio para assuntos locais, como organizar sua própria gestão, legislação e arrecadação.
Essas entidades estão unidas em uma parceria que visa o bem comum, regulada pela constituição, que estabelece a divisão de poder e a dinâmica das relações entre as unidades federadas.
Na moldura jurídica, são estabelecidos elementos como direitos e deveres que determinam a atuação de cada um dos entes federados autônomos.
O sistema federativo brasileiro consiste na divisão político-administrativas do território nacional, com o objetivo de facilitar o governo.
Dessa forma, o Brasil está dividido em 27 unidades federativas, sendo 26 estados mais o Distrito Federal, que formam a União.
Como funciona o Pacto Federativo
O sistema político-administrativo brasileiro é organizado como uma federação, em que cada um dos três níveis de governo (federal, estadual e municipal) têm campos de atuação próprios.
De acordo com a Constituição de 1988, a República Federativa do Brasil é composta pela parceria indissolúvel desses três níveis de governo.
Isso significa que o poder não é centralizado no governo federal, e que estados e municípios têm governo próprio e autonomia relativa em assuntos locais.
Dessa forma, o Pacto Federativo brasileiro compreende:
- Municípios;
- Estados;
- Distrito Federal;
- União.
Cabe ressaltar que esses entes federativos estão subordinados a uma unidade maior, que corresponde ao Estado e a Constituição.
Uma demonstração de como funciona o Pacto Federativo é a divisão de alguns impostos:
- Municipal: ISS, IPTU, ITBI;
- Estadual (que também inclui o Distrito Federal): ICMS, IPVA, ITCMD;
- União: IOF, IPI, PIS.
Para exemplificar, temos o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é cobrado de pessoas físicas e jurídicas.
Esse imposto incide sobre operações financeiras com:
- Câmbio;
- Cartões de crédito;
- Fundos imobiliários;
- Titulos;
- Seguros.
Nota-se que o IOF é cobrado pelas instituições responsáveis pelas operações e repassados para a União, que não é obrigada por lei a dividir o IOF com estados e municípios.
No que se refere ao Imposto de Renda, não há uma destinação específica. No geral, parte desse montante é direcionado aos estados e municípios por meio de transferências constitucionais.
O Tesouro Nacional é responsável por repassar o valor arrecadado aos fundos de participação, conhecidos como Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Por não haver um destino específico determinado por lei, parte desse montante é direcionado para financiar áreas como saúde, educação e projetos sociais.
Alterações no Pacto Federativo
O Pacto Federativo atual, que foi estabelecido pela Constituição de 1988, tem sido modificado por diversas Emendas Constitucionais (EC).
O processo de redemocratização, celebrado com a Constituição de 1988, exigiu uma mudança que fortalecesse estados e municípios nos âmbitos financeiro e político.
Desde então, a federação brasileira é orientada pelo processo de descentralização política e econômica do país.
Existem diversas formas de alterar o Pacto Federativo, isto é, de alterar as responsabilidades atribuídas a cada um dos entes federativos (União, estados e municípios).
Por exemplo, quando se fala em alterar a tributação, as competências atribuídas a cada ente federativo ou a arrecadação e distribuição de recursos, significa que o Pacto Federativo está sendo alterado.
O debate em torno do Pacto Federativo travado no Congresso Nacional em meados da década de 2010 está associado principalmente a questões fiscais.