Eu não sei você, mas tenho sentido um certo marasmo na bolsa.

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Junto a esse marasmo, lembro da emblemática cena de Tropa de Elite 1, quando Baiano alega que “esse morro tá muito calmo”.

Baiano morreria minutos depois em uma operação do BOPE.

Será que essa bolsa de valores anda muito calma?

Será que seremos surpreendidos por algum evento tal qual Baiano foi pela operação do BOPE?

Ainda que o mercado financeiro tenha caído 10% em relação aos 105 mil pontos de julho, o processo foi lento.

Não há aquela adrenalina das quedas de março.

Tampouco aquela euforia de dezembro e janeiro.

Essa bolsa está muito calma.

Dá aquela sensação de que não tem jogo:

Você acha tudo meio caro, mas também não quer ficar somente na renda fixa, com receio de perder um cenário positivo nos meses que estão à frente.

Bom, o fato é que temos que pensar prospectivamente, sob o cenário de incerteza.

A única certeza é aquilo que já passou.

O fato é que esse marasmo está prestes a acabar, independente do cenário que venha a se materializar logo a frente.

Primeiro, porque em cerca de quatro semanas começaremos a divulgação dos resultados do 3T2020

Algumas notícias positivas e a retomada de distribuição de proventos por parte de algumas empresas listadas pode dar alguma agitação positiva no mercado.

Vai ter muita empresa divulgando balanço forte e acima do esperado pelo mercado e isso seria bem positivo.

Paralelamente a isso, não podemos descartar as possibilidades de um fluxo positivo de notícias relacionadas ao lançamento de uma vacina ou um tratamento.

Ou até mesmo a metodologias baratas e rápidas de testagem para Covid-19.

Se hoje o mercado já precifica com alguma convicção o lançamento de uma vacina para o primeiro trimestre de 2021, um efeito certeza nesse quesito poderia puxar os mercados.

Considerando que isso seria uma clara sinalização de volta ao normal.

Mas calma, acertar o cenário não é exatamente acertar os investimentos que você deve fazer.

Um bom fluxo de notícias relacionadas a pandemia poderia até derrubar os mercados. 

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Como isso?

Ora, com uma iminente retomada à normalidade, não seria surpreendente uma pressão vendedora no combo stay at home - Magalu (MGLU3), B3 (B3SA3), Xp, BTG Pactual (BPAC11) e techs lá fora - para um fluxo comprador em ações mais tradicionais e atreladas ao ciclo doméstico.

Isso inclui shoppings, construção civil, varejo de vestuário, aviação, educacionais e quem sabe até os bancos que viraram patinhos feios.

Mas vou agitar novamente o problema: será mesmo que não teremos uma segunda onda relevante de coronavírus no mundo?

Qual o impacto da eleição americana nos mercados?

Qual a chance de uma vacina demorar mais, o vírus sofrer uma mutação e se agravar, o quadro fiscal brasileiro ficar ainda mais frágil e a retomada ficar ainda mais comprometida?

Nós não sabemos as respostas e não há nenhum problema quanto a isso.

Saber que não se sabe é melhor do que achar que sabe.

E não saber também não significa não agir.

Temos que organizar um portfólio preparado para ambos os cenários.

Só assim poderemos curtir esse tédio que a bolsa vem nos dando nos últimos 2 meses.

Primeiro: você não deve abrir mão de ter uma reserva de emergência em hipótese alguma.

Mesmo com Selic baixa, um Tesouro Selic ou um Fundo DI de liquidez diária precisam compor a sua carteira e você deve saber que isso não vai ter rendimento algum para você.

A vida é dura e hoje não faz mais nenhum sentido tentar ganhar dinheiro com a reserva de emergência.

No mais, acredito que os títulos públicos atrelados à inflação pagando prêmio real de 4% ao ano até 2045 contenha uma boa matriz de risco retorno, tendo ciência que esse título não serve para sua reserva de emergência, mas sim para um portfólio de longo prazo à parte.

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Na bolsa, você deve estar exposto um pouco a cada cenário:

Um cenário de retomada à normalidade e uma eleição americana sem grandes desdobramentos negativos ou, alternativamente, um cenário de avanço do vírus, permanência das restrições, aumento do risco fiscal.

O primeiro cenário, como já dito, convida você a uma exposição ao que mais sofreu: bancos, educacionais, construção civil, shoppings etc.

O segundo cenário exige uma pegada mais tech, quem sabe englobando algumas ações lá fora, o que inclusive garantiria alguma exposição ao dólar.

A carteira do Joias da Bolsa, do Voglino, engloba simultaneamente ambas as teses.

De maneira que em 2020 ele obteve 17,9% nos últimos 12 meses (frente a queda de 7,9% do Ibovespa) e sobe 54,1% desde 1º de abril (frente 41,1 do Ibovespa).

Além de possuir uma pitada de anti-fragilidade na carteira, há boas assimetrias que tendem a capturar valorizações mais intensas do que a do índice. 

O que vai importar em última instância é você escolher bons ativos, estar diversificado, fazer movimentos lentos e graduais e ter paciência.

O seu dinheiro não vai aceitar desaforo.

Ser você possuir alguma dúvida ou precisar de alguma ajuda, avisa aqui que eu vou tentar ajudar você no recado da semana que vem.

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