O que é Oferta Agregada

Oferta Agregada é a quantidade de bens e serviços que as empresas têm condições de oferecer a cada determinado nível de preço.

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Em outras palavras, dentro de uma faixa média de preços, as empresas no geral só conseguem produzir uma certa quantidade de produtos ou serviços sem terem prejuízos financeiros.

A Oferta Agregada, por sua vez, está intrinsecamente relacionada com a Demanda Agregada, e uma depende da outra. Juntas elas formam a lei da Oferta e Demanda.

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Teorias sobre Oferta Agregada

Já se estuda a Oferta Agregada há muito tempo, sendo que um dos principais conceitos que tentaram explicá-la foi a chamada Lei de Say.

O criador dessa teoria foi o economista francês Jean-Baptiste Say, que determinou que toda oferta criaria sua própria demanda, independente das circunstâncias.

Ou seja, se uma quantidade X de produtos foram produzidos, sem que necessariamente alguém tivesse demandado, não obstante, uma vez que estes produtos existem, haverá demanda.

Muitos estudiosos compreendem essa teoria como uma simples tautologia e que não elucida de fato a questão, pouco servindo para explicar a Oferta Agregada.

Por outro lado, John Maynard Keynes, um dos economistas mais importantes e influentes do século XX, propôs que o fenômeno acontecesse de forma oposta.

O que basicamente significa dizer que é a demanda que cria a Oferta Agregada. Vale ressaltar que Keynes não foi o único economista de sua época a contestar a Lei de Say.

Keynes também defendia que em períodos de recessão econômica seria fundamental a intervenção estatal com investimentos para aquecer a economia e manter a Oferta Agregada.

Oferta Agregada e Demanda Agregada 

Podemos resumir a Demanda Agregada como sendo a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos a adquirir em cada nível de preço.

Portanto, a Demanda Agregada funciona como a força que equilibra e torna possível a Oferta Agregada. Sem demanda, a princípio, não há oferta de produtos.

É claro que são muitos os fatores que influenciam a demanda e a oferta. Por mais que seja necessário que haja demanda para que se crie oferta, em alguns casos específicos existem exceções.

Um exemplo recente e já bem clássico: ninguém queria ou sabia que precisaria de um produto igual um smartphone. No entanto, uma vez no mercado, a oferta criou a demanda.

Quanto a Demanda Agregada, também é importante destacar que Keynes defendia que esta precisa sempre ser maior ou na mesma quantidade da Oferta Agregada.

O fato é que se a Oferta Agregada for maior que a Demanda Agregada, os preços tendem a cair. Com este desequilíbrio latente entre Oferta e Demanda:

  • As empresas começam a faturar menos por conta da diminuição de preços;
  • Com menos faturamento, estas empresas são obrigadas a demitir funcionários;
  • A demissão de funcionários aumenta o desemprego;
  • O aumento do desemprego diminui a quantidade de consumidores.

Essa situação pode gerar uma bola de neve que acaba levando a economia de um país ou de um setor a uma crise. E é justa em situações assim que Keynes defende a intervenção do estado.

Oferta Agregada e a bolsa de valores

O conceito de Oferta Agregada também pode ser aplicado ao ambiente da bolsa de valores, cujo preço médio das ações recebem forte influência da Demanda Agregada.

Se o investidor comum resolver comprar muitos papéis de uma empresa, isso significa que o valor da Oferta Agregada vai aumentar, pois o número de papéis disponíveis diminui.

Por outro lado, se uma empresa faz um IPO e não consegue arrecadar o valor que ela havia estipulado, isso significa que a Demanda Agregada era menor do que o previsto.