O que é Obsolescência programada

Obsolescência programada é um conceito que trata a respeito da vida útil de produtos que seriam reduzidos propositalmente pelas suas fabricantes.

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O objetivo dessa prática é o de fazer os consumidores estarem sempre comprando novos modelos, o que, por sua vez, movimenta mais a economia.

A obsolescência programada é criticada por conta dos seus impactos aos consumidores e ao meio ambiente. No entanto, há quem defenda que se trata apenas de uma teoria da conspiração.

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Origem da obsolescência programada

A obsolescência programada se origina entre a década de 20 e 30 do século XX, podendo ser associada às práticas da General Motors e também como consequência da Grande Depressão.

Foi Alfred P. Sloan, presidente da General Motors, que primeiro adotou práticas de obsolescência programada, ao incentivar os clientes a fazerem constantes substituições nas peças dos carros.

Já a crise de 1929, conhecida como a Grande Depressão, foi responsável por fazer a mentalidade dos fabricantes de produtos mudarem ao perceber que produtos duráveis vendiam menos.

Vender produtos descartáveis com uma vida útil menor, por outro lado, era uma prática que estimulava mais o consumo e por sua vez a economia.

Também ficou muito conhecido o Cartel de Phoebus, ocorrido em Genebra, em que fabricantes de lâmpadas americanas e europeias concordaram em reduzir a duração das lâmpadas de 2500 para 1000 horas.

Obsolescência programada e o meio ambiente

Uma das principais críticas relacionadas a Obsolescência programada é o efeito que esta teria no meio ambiente do planeta de forma geral.

Porque em detrimento da maioria dos objetos de consumo serem produzidos com matérias de difícil ou demorada decomposição, torna-se difícil dar um fim a eles.

Os produtos inutilizados e descartados, por sua vez, vão se acumulando em locais que eventualmente contaminam o solo e poluem os rios e o ar.

Na projeção mais catastrófica desse cenário, a vida humana acabaria se tornando insustentável em detrimento a todo o lixo acumulado.

Obsolescência programada e o capitalismo

A obsolescência programada é indissociável do capitalismo. Como já mencionado, ela foi inclusive uma solução encontrada para reverter crises econômicas, apostando no consumo.

Por outro lado, além dessa prática ser nociva para o meio ambiente e, consequente para subsistência do ser humano, ela também não é vantajosa para o consumidor.

Porque existe uma lógica por trás do descarte de produtos, que deveria acontecer naturalmente quando:

  • Estragam e perdem as suas qualidades;
  • Se quebram de forma que seja impossível o reparo;
  • Se tornam obsoletos em detrimento de uma nova tecnologia.

O problema é que a obsolescência programada torna todas essas situações mais recorrentes e de forma proposital, pois os fabricantes apostam e investem em produtos menos duráveis.

Produtos menos duráveis, por conseguinte, geram mais lucro para as empresas, que incentivam seus clientes a adquirirem novas cópias em espaços de tempo cada vez menores.

O ônus, no entanto, fica com o consumidor, que se vê obrigado a desembolsar um dinheiro que muitas vezes ele não tem guardado.

Vale destacar que essa obrigação não é apenas em razão da condição física do produto, mas também por uma sensação psicológica incentivada pela propaganda e pela moda.

Solução para obsolescência programada

A melhor forma de evitar a obsolescência programada é se tornando um consumidor consciente e atento às coisas às quais se investe dinheiro.

Essa lógica se estende até para o mundo dos investimentos. Um bom investidor distingue boas ações das que são descartáveis. Basta que ele use a análise técnica ou análise fundamentalista.

Portanto, um planejamento financeiro pessoal bem estruturado é um grande primeiro passo, evitando que o indivíduo se torne um consumidor de coisas supérfluas ou de qualidade baixa.