Entender como sua mente funciona e os vieses comportamentais do investidor a qual está exposto é de extrema importância para evitar más decisões de investimentos e estar atento a novas oportunidades.

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Suas decisões financeiras podem não ser tão racionais quanto você pensa.

Nem sempre as escolhas são tomadas de forma a propiciar melhores resultados.

As finanças comportamentais mostram que muitas vezes o comportamento dos investidores é completamente irracional, sendo influenciado por diferentes vieses cognitivos.

Todos os seres humanos possuem vieses comportamentais que podem afetar a capacidade de fazer julgamentos e tomar a melhor decisão sobre investimentos

É essencial controlar as emoções ao investir. Conhecer os vieses do investidor é a chave para tomar decisões embasadas em argumentos lógicos.

Benjamin Graham já dizia:

“O maior inimigo do investidor é ele mesmo”.

Então, você está pronto para saber o que são os vieses do investidor?

Continue a leitura e veja como eles podem interferir na sua tomada de decisões.

Vieses Comportamentais

Vieses Comportamentais do investidor diz respeito a tendências de comportamento que afetam a decisões sobre investimentos e que, podem trazer grandes prejuízos.

Os vieses são uma espécie de atalho mental, conhecidas pelo nome técnico de heurísticas, que agilizam e simplificam a percepção e a avaliação das informações.  

Esta é uma estratégia do nosso cérebro que nos ajuda bastante no dia a dia, onde somos bombardeados de informações o tempo todo.

Se por um lado os vieses garantem rapidez de resposta, por outro, esses atalhos podem nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam da racionalidade.

Isso se aplica em todas as áreas, inclusive nos investimentos.

De forma geral, esses erros sistemáticos podem levar a desvios de lógica e decisões irracionais

Foi descoberto que a maioria dos investidores são guiados por crenças e julgamentos pessoais na hora de investir o dinheiro.

A Finança Comportamental é a área das finanças que estuda como o comportamento e emoções, influenciam as decisões relacionadas ao dinheiro.

Os pioneiros no trabalho em torno de vieses cognitivos foram Daniel Kahneman e Amos Tversky em 1972. 

Desde então, os pesquisadores têm descoberto diferentes vieses cognitivos que afetam de forma relevante a tomada de decisões sobre investimentos e impedem você de ganhar mais dinheiro.

A educação financeira é o caminho para amenizar os efeitos dos Vieses do investidor e desenvolver uma cultura de poupança e de investimento a longo prazo.

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Os Principais Vieses Comportamentais

Veja os principais vieses comportamentais aos quais o investidor está sujeito e como eles influenciam nas tomadas de decisões sobre investimentos:

Viés da Ancoragem

O viés da Ancoragem faz com que uma informação inicial tenha maior peso na tomada de decisão ou no julgamento de tudo que se segue, independentemente de sua relevância. 

Um dos principais motivos para isso é que a mente humana é de natureza associativa. Desse modo, precisa de um ponto de referência para basear suas estimativas e julgamentos.

Assim, a “primeira impressão” tende a ser muito mais poderosa e todas as comparações posteriores serão “ancoradas” a partir dela.

Esse viés do investidor acontece bastante na percepção de valores.

Se o investidor for exposto recentemente à informação de que a ação da companhia X custa R$ 40, tende a achar ações baratas de outras empresas comercializadas abaixo desse valor.

Mesmo que as empresas não tenham nenhuma correlação para serem comparadas.

Dessa forma, o investidor pode tomar decisões financeiras por impulso.

Esse viés também tende a fazer com que o investidor fique ancorado às cotações históricas do ativo.

Para evitar o viés da Ancoragem, o investidor deve refletir sobre o motivo e o porquê das suas decisões.

Aversão à perda

A Aversão a Perda é um viés diretamente ligada a dor da perda, que nos leva a atribuir maior importância às perdas do que aos ganhos.

Estudos sugerem que, do ponto de vista psicológico, a dor da perda é sentida com muito mais intensidade do que o prazer de ganhar. 

Assim, as pessoas acabam mais dispostas a correr riscos para evitar uma perda do que para obter um ganho.

Essa assimetria na forma como as perdas e ganhos são sentidos pode fazer o investidor insistir em investimentos sem perspectiva.

Ou liquidar precipitadamente posições lucrativas e ainda promissoras, por receio de perder o que já foi ganho.

Leva também ao medo de desperdiçar boas oportunidades de investimento, mas que na verdade são micos da Bolsa.

Para lidar de maneira racional com o viés da aversão à perda, é preciso elaborar uma estratégia de investimentos, definindo os limites aceitáveis para prejuízos e se manter nela.

Reavalie seu portfólio periodicamente e se pergunte em qual deles você investiria novamente.

Se verificar algum erro, admita e busque corrigir.

Falácia do jogador

A Falácia do Jogador, também conhecida como falácia do apostador ou falácia de Monte Carlo, diz respeito a uma falha de compreensão no cálculo da probabilidade de um acontecimento.

Essa noção errada nos faz acreditar que a probabilidade de um acontecimento com uma probabilidade fixa aumenta ou diminui com base nas vezes que ele já ocorreu. 

O exemplo clássico é de um jogo de “cara ou coroa”. 

Caso “cara” tenha acontecido muitas vezes seguidas, esse viés pode levar a acreditar que a probabilidade de sair “coroa” seja maior.

Isso leva a pessoa a ignorar o fato de que cada jogada é um evento independente e, portanto, as chances continuam 50% para cada.

Trazendo para os investimentos, algumas pessoas podem imaginar que após uma série de valorizações seguidas de um mesmo papel, ele irá cair em breve, sem que haja uma explicação racional para tal queda.

Por outro lado, há investidores que decidem manter ativos cujo valor vem caindo, simplesmente por acreditarem que algum processo aleatório fará o preço do ativo se desviar na direção oposta.

Ou seja, esse viés está não está ancorado em nenhum dado ou realidade concreta, apenas em crenças.

Para evitar o viés da falácia do jogador, é necessário que o investidor compreenda como funcionam as probabilidades de maneira lógica.

Além disso, esteja atento às notícias sobre o mercado financeiro a fim de identificar se eventuais altas ou baixas têm fundamento sólido.

Afinal, ganhos passados não são garantia de rentabilidade futura.

Viés de confirmação

O Viés de Confirmação descreve a tendência que temos de buscar apenas informações que comprovem nossas próprias convicções e ignorar as que contradigam suas crenças. 

Nos investimentos, o investidor que já tenha desenvolvido uma relação de confiança e satisfação com uma empresa tende a atribuir uma importância maior às opiniões favoráveis sobre ela.

Consequentemente, fica mais propenso a investir em seus papéis, mesmo que se depare com análises negativas. 

O mesmo ocorre no caso onde tenha tido uma má experiência com um determinado ativo. A informação que confirma sua crença tem valor maior do que a que contradizendo sua opinião.

O problema desse viés de investidor é que, ao pesquisar oportunidades de investimento, o investidor se baseia apenas naquilo que apoia suas crenças e acaba tendo somente uma visão parcial da situação.

Essa atitude pode provocar decisões equivocadas.

Para se evitar o viés da confirmação, é preciso, primeiramente, adquirir conhecimento  e comparar diversas fontes de informação.

Além de utilizar tantos os indicadores quantitativos quanto qualitativos da análise fundamentalista.

Lacunas de empatia

O viés das Lacunas de Empatia Quente-Frio diz respeito à capacidade do nosso estado emocional alterar a interpretação dos acontecimentos.

Esse viés faz com que os investidores tomem decisões no calor da emoção, subestimando a influência do próprio estado emocional nas suas escolhas.

As expressões “quente” e “frio” se referem a intensidade das emoções.

Quando em estado frio, ou seja, sem a presença de fortes emoções, o investidor é mais racional.

Já em estado quente, o investidor está emocionalmente afetado, levando-o, por exemplo, a entrar em pânico em momentos que queda do mercado e arruinar sua estratégia. 

Para controlar as lacunas de empatia, o investidor deve saber aproveitar os momentos em que está no estado frio para organizar os investimentos e proteger a carteira da volatilidade do mercado.

Bem como aprender a lidar com os momentos de turbulência e evitar tomar decisões de investimentos em momentos de euforia.

Autoconfiança excessiva

O viés da Autoconfiança Excessiva leva o investidor a confiar excessivamente em sua própria habilidade, conhecimentos e opiniões, levando-o a acreditar que está sempre certo.

E que eventuais erros em suas escolhas são consequências de fatores externos. 

Esse viés tem relação estreita com outros vieses do investidor, principalmente com o de Confirmação, no qual a pessoa dá mais valor às informações que confirmam suas ideias.

A confiança excessiva em suas próprias crenças é capaz de construir e identificar padrões naquilo que é aleatório. 

Dessa forma, está fadado a correr perigos desnecessários e a tomar más decisões.

Para não ultrapassar o limite de autoconfiança o investidor deve dedicar mais tempo estudando o mercado e se certificar da confiabilidade das fontes e com a qualidade da informação recebida.

Uma boa alocação de ativos evita que corra o risco de “colocar todos os ovos na mesma cesta”. Preste atenção nos custos dos investimentos e calcule seu impacto no retorno.

Fique atento poder do acaso e questione sua estratégia de investimento conversando com outros investidores.

Efeito de enquadramento

O Efeito de Enquadramento (Framing) descreve como a tomada de decisão pode ser afetada pela maneira como a informação é apresentada

As escolhas podem ser apresentadas de uma forma a destacar tanto os aspectos positivos quanto os negativos, levando a mudanças em sua atratividade.

Em geral, as pessoas tendem a ser avessas ao risco quando se trata de ganhos, mas são propensas a correr riscos a fim de evitar perdas. 

Assim, é possível induzir uma pessoa a escolher uma opção menos vantajosa financeiramente, a fim de fugir do risco, se as opções forem enquadradas em termos de ganhos.

Do mesmo modo, é possível influenciar a pessoa a buscar o risco, se a escolha for apresentada em termos de perdas. 

Por exemplo, dizer que um investimento tem 5% de chances de valorização levará mais pessoas a investirem nesse ativo, do que dizer que ele tem 95% de chances de não se valorizar.

Apesar da informação ser a mesma, a forma como ela foi passada e então enxergada pelo investidor foi diferente.

Uma possível consequência do efeito de enquadramento é escolhermos opções que implicam em maior risco, que possivelmente seriam rejeitadas caso o problema fosse formulado de outra forma.

A melhor maneira de evitar esse viés é tentar visualizar as mesmas informações por outro ângulo, identificando possíveis pontos de conflitos de interesse.

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Como Escapar dos Vieses Comportamentais

Eliminar um viés cognitivo não é uma tarefa fácil, pois ele ocorre de forma subconsciente. 

O mais adequado é tomar consciência de sua existência e que estamos sujeitos a eles durante a maior parte do tempo.

Conhecer o básico das finanças comportamentais é uma ferramenta poderosíssima, pois permite que o investidor fique atento aos vieses e possa agir de maneira correta.

Os vieses comportamentais variam de pessoa para a pessoa e estão relacionados basicamente com o seu perfil do investidor.

Como regra geral, os vieses do investidor podem ser minimizados ao:

  • Reconhecer que está sujeito a erros sistemáticos;
  • Procure ter uma visão global do investimento;
  • Avalie a rentabilidade, custos e riscos envolvidos;
  • Evite conferir as cotações excessivamente, especialmente em investimentos de longo prazo;
  • Diversifique seus investimentos;
  • Evite tomar decisões financeiras no em momentos com alta carga emocional ou até mesmo cansados ou com fome.

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Conclusão

Decisões enviesadas ou tomadas de maneira automática podem comprometer os resultados dos investimentos.

Não é raro casos de impulsividade e comportamento de manada acarretarem grandes prejuízos.

Todas nossas decisões estão apoiadas em crenças e atalhos mentais que podem afetar nossa capacidade de fazer julgamentos racionais.

Nosso cérebro pode ser um grande aliado ou inimigo, tudo depende da forma que usamos.

Entender um pouco de Finanças Comportamentais certamente irá te ajudar a se tornar um investidor mais racional e a tomar as melhores decisões.

Para isso, o primeiro passo é tomar consciência dos vieses.

Mas somente conhecer os atalhos mentais não basta.

É preciso construir uma base sólida de conhecimento.

Por isso, continue acompanhando o mercado e nossas notícias diárias para se tornar um investidor melhor.

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