O texto de hoje segue uma continuação do que foi dito na semana passada aqui na Editoria Recado do Economista. Aos que não puderam acompanhar, não se preocupem que deixo aqui o contexto:

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Basicamente afirmei que a bolsa brasileira é o grande call para 2022 simplesmente porque somos vistos, aos olhos do mercado financeiro internacional, como uma proxy do mercado de commodities.

O investidor estrangeiro, muito pragmático, trata os nossos problemas políticos como uma variável dada.

Ele não quer saber quem é o nosso presidente ou o nosso Congresso, mas tão somente olha para a gente como uma oportunidade de investimento para os seus portfólios no momento.

Manchete de notícia sobre entrada recorde de dinheiro estrangeiro na bolsa brasileira
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Talvez o que vejamos não nos inspire esse otimismo todo.

Mas justamente nos momentos de tensão é importante pararmos para pensar o que nós não estamos vendo.

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Em um primeiro momento seria muito fácil descrever o Brasil como um país instável, com uma crise econômica que já dura quase uma década (os nossos níveis de atividade econômica em 2022 ainda são os mesmos de 2013), como um problema fiscal e monetário a serem resolvidos com remédios amargos e uma eleição certamente conturbada a frente.

Sem falar em um problema mundialmente generalizado de alta dos preços do petróleo, o que gera aumento no combustível que resulta em inflação e juros ainda mais altos do que o que era esperado.

Mas lembre, isso é o que vemos.

E o que não vemos?

O que não vemos pode ser resumido pelos acrônimos TINO ou TINA, que significam, do inglês, There is no option ou então There is no alternative, livremente traduzido para “não há outra alternativa”.

O que quero dizer é que sob a ótica do investidor global, não há outra alternativa a não ser Brasil.

Pode parecer estranho isso, mas veja…

Enquanto economias avançadas iniciaram um ciclo de aumento de juros há muito não experimentado, todos os demais emergentes relevantes passam por problemas talvez mais complexos do que o próprio Brasil.

Pense nos BRICS e isso ficará mais claro.

Rússia em guerra, Índia cara, China em uma situação muito complexa e África do Sul nem se fala.

Extrapole para México ou algum outro tigre asiático e o que fica é uma coisa só: o Brasil é o único país de escala relevante exposto ao ciclo de commodities e que ainda está (muito) barato.

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Conspiram a nosso favor ainda estarmos totalmente de fora do conflito entre Rússia e Ucrânia e ter sido o primeiro país relevante e iniciar um ciclo de aperto monetário mais contundente.

Se isso nos ajudar a sermos o primeiro país a ver a curva de juros inflexionar para baixo nos próximos meses, isso levaria a bolsa de valores brasileira a ser a grande porrada de 2022.

Se isso vai ocorrer ou não, não sabemos.

O que se põe aqui é que há condições materiais postas para que esse cenário se concretize e o desdobramento dele seria positivo para os ativos de risco brasileiros.

Essa é a tese que eu e a equipe de analistas da GuiaInvest Research estamos sustentando há um bom tempo.

Para saber mais, acesse aqui o arquivo com a tese completa.

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