Talvez mal saibamos, mas podemos estar no início de um grande ciclo.

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Não falo de um ciclo de valorização da bolsa de valores brasileira, tantas vezes enfatizado aqui nesse espaço, mas sim um superciclo de commodities.

A verdade é que um superciclo de commodities e um grande ciclo de valorização da bolsa de valores brasileira são duas coisas que se confundem.

De 2002 a 2008, o mundo passou por um grande ciclo de commodities, puxado pela grande demanda da China por esses insumos básicos.

Pense, a China é um país gigantesco, com mais de 1 bilhão de pessoas e grande parcela dessa população ainda possui hábitos alimentares e de consumo em geral bastantes restritos.

Agora pense se toda a população chinesa resolve começar a comer carne… já pensou o que aconteceria com a Marfrig (MRFG3), com a JBS (JBSS3), com a BRF (BRFS3)?

E se o gigante asiático, que vê a sua economia crescer mais de 6% ao ano há décadas, resolve construir mais cidades, levantar mais prédios… já pensou o que aconteceria com a Vale (VALE3), com a Gerdau (GGBR4), com a Usiminas (USIM5)?

Esses seriam apenas alguns efeitos primários de um grande ciclo de commodities para o Brasil.

De 2002 a 2008 surfamos muito bem esse ciclo.

O Ibovespa, na ocasião, se multiplicou por 21 vezes em dólares, mas ações específicas, como a Usiminas, por exemplo, se multiplicaram por praticamente 100 vezes.

Vale, Gerdau, Petrobras (PETR4), Ioschp (MYPK3), entre tantas outras, desempenharam muito bem.

São eventos raros que acontecem de tempos em tempos.

Mas vamos ir além: exportando tanto para a China, a partir de 2003 o Brasil começou a ter uma grande folga na sua balança comercial.

Era massiva a entrada líquida de dólares no país.

Esse excesso de dólares se traduziu em uma apreciação do real.

De 2003 a 2010, saímos de um dólar de R$ 3,90 para um de R$ 1,55.

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O brasileiro começa a ter acesso mais barato a produtos melhores.

Surge um efeito riqueza nesse jogo aí.

A inflação fica mais controlada por um câmbio mais favorável às importações.

Os juros podem se manter baixos.

A economia começa a ficar pujante, melhorando sistematicamente a questão fiscal.

Isso permite que o governo gaste mais sem comprometer as contas.

O aumento massivo do consumo interno acaba tendo reflexo positivo também na economia doméstica: emprego, renda, crédito, consumo… tudo isso aumenta e vai se retroalimentando em um ciclo virtuoso.

A sensação de confiança dos empresários, do consumidor e do próprio investidor estrangeiro aumenta.

Até que depois chega uma crise inesperada para acabar com a festa e tudo recomeçar.

Esses são os ciclos.

Tudo isso já aconteceu e pode estar prestes a se repetir.

Na verdade, isso tudo pode até já ter começado a se repetir.

E todas as empresas listadas na bolsa de valores se beneficiariam como um todo.

A questão é: são as melhores e com os maiores descontos que vão se sobressair.

Por isso, desde já eu posso dizer que estou cautelosamente otimista com a bolsa, ciente de vários riscos à frente, mas enxergando uma assimetria bastante positiva para se posicionar na bolsa de valores.

Não deixe de se expor a grandes assimetrias e, ao mesmo tempo, não se exponha mais do que o seu estômago aguenta.

Conte comigo em 2021.

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