Saber utilizar a volatilidade do mercado a seu favor permite alcançar melhores resultados nos seus investimentos.

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O mercado financeiro oscila entre tendências de alta e de baixas e para aproveitar esses movimentos é necessária uma boa estratégia.

Seja para um investidor experiente ou para um iniciante, a volatilidade é um dado de extrema importância.

Entender esse conceito é fundamental para aproveitar ótimas oportunidades de operar no mercado de capitais.

A volatilidade está relacionada com o risco e lucratividade do investimento.

Se por um lado proporciona uma maior possibilidade de ganhos, por outro, aumenta também o risco.

Os grandes investidores procuram as oportunidades de se posicionar diante das movimentações do mercado financeiro.

“A volatilidade dos mercados é a maior aliada do verdadeiro investidor”. - Warren Buffett.

Então, você está pronto para saber o que é volatilidade e como essa variável afeta na sua estratégia de investimentos?

Leia até o final e veja como lucrar com a volatilidade do mercado financeiro.

O que é volatilidade nos investimentos?

A volatilidade é uma variável econômica que representa a frequência e a intensidade das oscilações no preço de um ativo, em um período de tempo.

Por meio dela, o investidor pode ter uma ideia estimada da variação de uma ação, título ou índice.

Isso significa dizer que quanto mais volátil for um ativo, mais significativa é a sua variação em relação às flutuações de mercado.

A partir da volatilidade é possível mensurar o risco de determinado ativo, bem como analisar se um investimento pode apresentar bons rendimentos.

Quanto mais o preço de um ativo varia, maior o risco se ganhar ou perder dinheiro.

Volatilidade é Risco?

A volatilidade por si só não é um risco para quem investe. Para grandes investidores, como Warren Buffett, a volatilidade é “amiga” do investidor que tem foco no longo prazo.

Pela teoria moderna de finanças, a volatilidade é associada ao risco pelo simples fato das oscilações do preço que os ativos ficam mais expostos no curto prazo.

Dessa forma, se o investidor precisar do dinheiro, corre o risco de resgatar menos do que investiu caso o faça em um momento de queda na cotação do ativo no mercado.

O ideal, portanto, é procurar por investimentos menos voláteis para objetivos de curto prazo, nos quais você precisa de liquidez. Assim, poderá resgatar o dinheiro sem grandes perdas.

Já para quem investe em um horizonte maior de tempo, sem a necessidade de liquidez, a volatilidade não é um componente de risco. Pelo contrário, ela pode ser uma aliada.

No longo prazo, oscilações momentâneas não afetarão os investimentos de quem investe por meio da análise fundamentalista.

Se os fundamentos da empresa continuam bons, a queda do preço é momentânea. Pois a empresa vai se recuperar e continuar gerando lucros.

Inclusive, quedas acentuadas no preço do ativo podem gerar oportunidades para adquirir mais ações, pois podem ficar subvalorizadas.

Risco e Volatilidade

A volatilidade é frequentemente associada ao risco do investimento. Quanto mais volátil um ativo, mais sua rentabilidade pode variar seja para mais ou para menos.

Já o risco é definido como a chance do retorno de um investimento ser diferente do inicialmente esperado, incluindo a possibilidade de perder parte ou todo o valor aplicado.

Assim, maior volatilidade significa maior imprevisibilidade do rendimento, que é justamente um dos riscos dos investimentos.

Todo investimento, seja ele de renda variável ou fixa, envolve algum tipo de risco.

Até guardar o dinheiro e não investir envolve riscos, seja roubo, deterioração, inflação.

O importante é realizar investimentos adequados para o seu perfil de investidor e tolerância ao risco.

Para reduzir a volatilidade e o risco dos investimentos temos a diversificação e o horizonte de longo prazo.

A volatilidade é uma característica do mercado financeiro. Por isso, a análise de risco e retorno é fundamental na hora de investir.

Além disso, a possibilidade de perdas reais no longo prazo com ativos conservadores como a poupança é maior do que com investimentos de maior volatilidade de curto prazo, como fundos de investimentos e ações.

São os produtos que apresentam maior volatilidade que irão entregar maiores retornos no longo prazo.

Volatilidade no Mercado Financeiro

A volatilidade não se refere apenas à oscilação no preço de ativos. Ela pode estar relacionada ao próprio mercado.

Os índices do mercado financeiro podem ser influenciados por uma série de fatores externos, tais como o cenário político, econômico e o otimismo ou pessimismo dos investidores.

A volatilidade sempre esteve presente no mercado, porém, é muito comum vê-la aumentar diante de momentos de crises.

Ao analisar o histórico do Ibovespa, identificamos cinco momentos marcantes de aumento da volatilidade desde o ano 2000. 

volatilidade do ibovespa
Fonte: Morningstar

Com a crise financeira de 2008, a volatilidade do Ibovespa superou os 100% ao ano.

Depois, passou por uma fase com os indicadores de volatilidade em patamar relativamente baixo.

A tranquilidade mudou radicalmente com a pandemia do coronavírus com a volatilidade do Ibovespa chegando a 110% ao ano, o maior patamar em 20 anos.

Volatilidade do Câmbio

A volatilidade cambial representa as oscilações das taxas de câmbio no mercado financeiro, ou seja, as variações no preço de moedas como dólar, euro e real.

Essas alterações impactam diretamente nos negócios e rendimentos, seja para quem investe diretamente em câmbio, quem aplica em empresas que dependem dessa sua cotação, além do seu impacto na inflação.

A volatilidade do câmbio torna possível investir em contratos futuros dessas moedas. 

Volatilidade das Bolsas de Valores

A volatilidade no mercado de ações é uma variável muito comum. Essa é a essência da Bolsa de Valores.

Acompanhar a volatilidade dos ativos, é uma forma de encontrar boas oportunidades de compra e venda de ações. 

Volatilidade das Opções

A Volatilidade é de extrema importância para as Opções.

A alta volatilidade das opções traz maior risco para esse investimento, o que pode fazer com que o investidor perca dinheiro com especulações.

Tipos de Volatilidade

Existem diferentes formas de expressar a volatilidade de um investimento. São elas: volatilidade histórica, implícita e real. 

Volatilidade histórica

A volatilidade histórica mede a variação de preços de um ativo em um determinado período no passado.

Essa análise serve como uma estimativa para uma volatilidade futura. Porém, dadas as incertezas do mercado, isso não significa que essa previsão se concretizará.

Volatilidade implícita

A volatilidade implícita é uma estimativa da volatilidade do preço de um ativo no futuro.

Ela é calculada com base na volatilidade histórica e outras variáveis, como os preços de ativos negociados no mercado de derivativos ou futuro

Volatilidade real

A volatilidade real é aquela que representa a variação efetiva do preço do ativo no futuro.

Porém, a partir do momento em que a oscilação for conhecida, a volatilidade real se torna a volatilidade histórica.

Investimentos de Alta Volatilidade

Existem no mercado financeiro investimentos mais voláteis do que outros, para eles comumente usamos o termo “agressivo”.

Os investimentos mais agressivos são classificados quase sempre como renda variável, pois ficam suscetíveis aos altos e baixos do mercado.

Enquanto a poupança está no extremo da baixa volatilidade e rentabilidade, o mercado de derivativos, como opções e futuros estão no outro, com muita volatilidade e possibilidade de retorno.

Mercado Futuro

É a compra e venda de contratos, como commodities, moedas, índices e ações, que serão negociadas no futuro.

No mercado futuro o investidor pode ganhar tanto com a alta quanto com a baixa do ativo, dependendo da sua estratégia.

Mercado de Opções

Opções é um contrato que dá o direito de comprar ou vender determinado ativo por um preço estabelecido por um período de tempo.

Uma opção de compra (CALL) dá o direito de comprar determinada ação no futuro. Porém, não é obrigatório exercer este direito.

Já a opção de venda (PUT) dá o direito de vender o ativo até determinada data pelo preço acordado.

Fundos alavancados

Um fundo alavancado utiliza a alavancagem para potencializar os investimentos.

Essa ferramenta é considerada arriscada uma vez que o ativo pode oscilar para cima ou para baixo, multiplicando o lucro ou o prejuízo.

Ações na Bolsa

O preço das ações variam de acordo com a oferta e demanda, sendo impossível garantir sua rentabilidade.

Para nortear as escolhas, os investidores utilizam de análises fundamentalistas e técnicas.

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Ações com Maior Volatilidade

A volatilidade de uma ação é dado pela flutuação do preço em um determinado período de tempo.

As ações mais voláteis podem variar de preços diversas vezes durante o dia.

Com o mundo financeiro atravessando um dos períodos de maior volatilidade e incertezas da história, muitas companhias tiveram suas ações desvalorizadas com o Coronavírus.

Entre elas estão: IRB Brasil (IRBR3), Azul (AZUL4), CVC Brasil (CVCB3), Gol linhas aéreas (GOLL4) e Smiles (SMLS3).

Veja as 20 Ações que mais caíram na bolsa em 2020.

Quanto a volatilidade, as cinco ações mais voláteis atualmente são: Petrorio (PRIO3) 10,0% ao dia, Gol linhas aéreas (GOLL4) 9,8%, CVC Brasil (CVCB3) 9,7%, Azul (AZUL4) 9,5% e Braskem (BRKM5) 8,9%.

Como usar a volatilidade para fazer bons investimentos

A volatilidade e o sucesso do investimento estão intimamente ligados, sendo que seus impactos possibilitam tanto ganhos quanto perdas relacionadas aos ativos.

Os investidores que utilizam as oscilações do mercado a seu favor aproveitam momentos de queda do mercado para encontrar ações de ótimas empresas a preços inferiores ao seu real valor.

Se no curto prazo, os preços variam muito, no longo prazo, essas oscilações diárias são quase imperceptíveis.

A volatilidade é amiga do investidor de longo prazo, pois, independentemente das oscilações, as empresas com bons fundamentos tendem a retomar seu crescimento e ter resultados positivos.

Por isso, muitos investidores da Bolsa de Valores aproveitam o estudo da volatilidade de um ativo para comprar e vender ações.

A volatilidade pode ser calculada de várias formas. Uma das mais utilizadas por quem opera na Bolsa de Valores é a variância ou o desvio padrão da rentabilidade histórica.

Assim como o tradicional Beta, que mede a volatilidade dos preços de uma ação em relação ao resto do mercado.

Investidores que fazem Day Trade se beneficiam muito da volatilidade, contudo, o com o estudo da volatilidade também é possível definir outras estratégias.

Principalmente para investidores que conseguem segurar a emoção e tem paciência para esperar por oportunidades.

Estas vêm normalmente em momentos de crise, onde as cotações despencam, o VIX aumenta e o investidor impaciente vende seus ativos com receio de perder seu dinheiro.

Já o investidor do value investing sabe que a volatilidade está do seu lado e busca as barganhas que o mercado tem a oferecer nesses períodos.

A volatilidade do mercado é inevitável. Compreender os conceitos de volatilidade e risco é a melhor forma de enfrentar períodos de crise.

Diferentes ativos respondem melhor a períodos de volatilidade do que outros.

Assim, é possível criar um hedge de carteira diversificado e balanceado entre diferentes classes de ativos e protegendo o investimento.

Para uma alocação de ativos inteligente, primeiro saiba se o seu perfil de investidor suporta ativos mais ou menos voláteis.

Lembre-se que maior volatilidade é igual a maior risco e maior risco é igual a maior potencial de retorno.

Investidores conservadores costumam optar por títulos menos voláteis, enquanto os mais arrojados focam em ativos que oscilam mais, como o mercado de opções e o mercado futuro.

Como Calcular a Volatilidade

O cálculo mais usado para medir a volatilidade é o desvio padrão da rentabilidade histórica de um determinado investimento. 

Dada uma série de preços, o primeiro passo é calcular o retorno diário de um ativo:

O desvio padrão dessa série é a volatilidade diária do ativo.

Depois de calcular a volatilidade diária, devemos transformá-la em volatilidade anual. Para isso, basta multiplicar a volatilidade diária por raiz de 252. 

Existem ainda outras formas de avaliar a volatilidade. 

A medida mais usada para calcular a volatilidade relativa é o índice beta, que mede a variação de um ativo frente a um índice de mercado. 

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Conclusão

A volatilidade no mercado financeiro é definida como a intensidade da variação do preço de um ativo em um determinado período.

Assim, quando se diz que um ativo tem alta volatilidade, significa que seu preço oscila muito.

Essa oscilação não é um fenômeno novo. Ela sempre existiu desde a criação da primeira bolsa de valores e não se restringe apenas a renda variável.

As oportunidades de ganhos maiores estão justamente em ativos mais variáveis.

Quanto mais volatilidade e risco você conseguir suportar, maior é o potencial de lucro do investimento.

É por isso que a Bolsa de Valores é uma modalidade que oferece retornos bem maiores que opções de renda fixa, como CDB e Tesouro Direto.

Mas não é para se arriscar sem planejamento.

O estudo da volatilidade permite que você dimensione sua capacidade de se arriscar mais ou menos e crie uma estratégia de investimento de acordo com seu perfil de investidor.

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O grande “risco” renda variável não é a volatilidade, mas a falta de conhecimento para atenuar esses riscos inerentes.

O investidor que investe com foco no longo prazo e em empresas com bons fundamentos, não deixa as oscilações do mercado influenciarem na sua participação na companhia.

E ainda sabe utilizar a volatilidade para maximizar seus ganhos na Bolsa de Valores, sabendo a hora certa de comprar e vender.