Qual é a estratégia mais consistente do mercado? É ela que o investidor de bom senso deve utilizar para garantir um bom retorno em ações.

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Existem diversas estratégias adotadas pelos diferentes tipos de investidores.

John C. Bogle, considerado um dos quatro gigantes dos investimentos de todos os tempos, defende que a forma mais inteligente para ter retornos consistentes no mercado é se manter simples e eficiente.

No livro "O investidor de bom senso: a melhor maneira de garantir um bom desempenho no mercado de ações", escrito em 2007, Bogle se baseia em dados do mercado financeiro acumulados durante cerca de um século para desenvolver sua visão de bom senso. 

Ele defende que, para a maioria dos investidores, principalmente para os menos experientes, investir de forma passiva, por meio dos fundos de índice (ETFs) é a melhor forma de obter bons retornos.

Assim, o investidor não desperdiça tempo, força e dinheiro no mercado financeiro e ainda garante retornos consistentes no longo prazo sem os riscos de ações individuais.

A estratégia se assemelha ao que Warren Buffett recomenda: investir em fundos de índice (ETF).

"Por décadas, Jack os estimulou a investir em fundos de índices de custo ultra baixo. Ele ajudou milhões de investidores a obter retornos muito melhores. Bogle é um herói para eles e para mim.” – Warren Buffett.

Descubra por que John Bogle recomenda os ETFs e como é a construção de uma carteira ideal segundo o investidor.

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Fundos de índices para garantir bons retornos

A maioria dos investidores busca superar o mercado, mas nessa busca podem ser superados por ele.

Segundo John Bogle, o investidor de bom senso entende que selecionar as melhores ações individualmente é como procurar uma agulha no palheiro. Ou seja, é uma tarefa muito difícil e que demanda muito tempo e dinheiro.

Portanto, o melhor a se fazer é investir em fundos de índice, que são fundos de investimento que replicam o desempenho de algum índice de referência do mercado. 

Para Bogle, essa é a melhor forma de ver seu patrimônio crescer no ritmo da economia, sem correr o risco de ter um retorno abaixo da média e ainda gastando menos por isso.

Então, por que as pessoas preferem pagar mais por uma forma de investir que tem retornos piores?

Bogle diz que é porque somos aconselhados a investir em fundos de gestão ativa sob a ilusão de que existem alguns 'grandes fundos' ou ‘gerentes estrela’ que nos renderão grandes retornos. 

No entanto, quase nunca um gestor de fundos consegue manter o desempenho acima da média de todas as grandes empresas, pelo menos no longo prazo.

Além disso, tanto os investidores de ações individuais quanto os administradores de fundos são seres humanos e se deixam levar pela emoção.

Dessa forma, ficam entusiasmados com a direção que os mercados parecem estar tomando e tendem a comprar ações nas piores horas.

Por outro lado, os ETFs possuem uma gestão passiva, sem muita movimentação nos ativos. Como o trabalho do gestor será menor, o custo do fundo também é baixo e sobra mais para você. 

Por que ETFs?

Para convencer o leitor dos benefícios de investir em ETFs, o livro "O Investidor de Bom Senso" começa com uma parábola sobre uma família rica que investia em 100% das ações de empresas norte-americanas.

A família vivia muito bem e seus investimentos estavam em constante crescimento por meio da valorização dessas ações e dos dividendos pagos por elas.

Depois de algum tempo, alguns dos membros da família foram abordados por corretores que os convenceram de que poderiam gerar ganhos maiores, vencendo o mercado para eles. 

Seguindo os conselhos dos assessores, a família percebeu que, ao contrário do prometido, seus investimentos estavam crescendo cada vez mais devagar.

Depois de analisar o que estava acontecendo, perceberam que os ganhos foram reduzidos porque parte do lucro estava sendo usada para pagar os assessores.

Eram taxas de administração e outros custos como taxas de corretagem, taxa de performance que não existiam antes e que estava sacrificando o resultado dos investimentos da família.

Ao perceber isso, o ancião da família determina que todos “se livrem” dos auxiliares, retomando o lucro das aplicações que tinham antes.

A moral da história é que os custos de intermediação financeira podem ser prejudiciais para uma carteira de investimentos e os efeitos ficam ainda piores no longo prazo. 

E que é melhor investir em todo o mercado com um fundo de índice de baixo custo.

Para o pequeno e médio investidor, o mercado de ações é um jogo de perdedores, diz Bogle.

Primeiro porque temos uma fé equivocada nos especialistas financeiros. Em segundo, porque não percebemos o enorme efeito das taxas e custos dos investimentos no resultado final.

A receita do Bogle para garantir um bom retorno no mercado de ações é muito simples: "[Depois] de comprar suas ações, saia do cassino e fique fora".

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A importância dos custos

Ao longo do livro, John Bogle enfatiza como as taxas e os custos corroem o retorno do seu investimento e podem mudar completamente o resultado esperado e as metas de longo prazo.

Isso é o que ele chama de transformar o jogo do vencedor em jogo do perdedor.

“Antes dos custos, vencer o mercado é um jogo de soma zero. Depois dos custos, é um jogo de perdedor ”

Depois de pagar taxas de administração, comissões de corretagem e encargos, o retorno dos investidores ficará abaixo do retorno do mercado e os intermediários financeiros serão pagos independentemente do desempenho das carteiras de seus clientes.

“No que diz respeito a retornos, o tempo é seu amigo. Mas, no que diz respeito aos custos, o tempo é seu inimigo ”

Ou seja, pagando taxas, em vez de desfrutar de juros compostos, você sofrerá a maldição dos custos compostos.

Alocação de ativos ideal

Depois de falar sobre os benefícios dos fundos de índice quando comparados com a gestão ativa, o autor aborda outro tema, a alocação de ativos.

Bogle explica vários cenários de alocação entre ações e títulos para investidores e a correlação entre isso e a idade do investidor. 

Bogle sugere aos que estão na fase de construção de patrimônio, a manter um mix de ações/títulos de 80/20 para os mais jovens e 70/30 para os mais velhos.

Para aqueles que estão na fase da aposentadoria, ele sugere 60/40 para os mais jovens e 50/50 para os mais velhos.

Assim, o investidor de bom senso respeitará sua capacidade de risco x retorno.

Ele também fala de dois fatores fundamentais que determinantes para a alocação de ativos ideal: sua capacidade de assumir riscos e sua disposição de correr riscos.

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Capacidade de assumir riscos

Sua capacidade de assumir riscos depende de uma combinação de fatores como situação financeira, compromissos futuros, idade e quantos anos você tem disponíveis para financiar esses compromissos.

Bem como a renda de aposentadoria, despesas com filhos, despesas com moradia, etc. 

Em geral, quanto mais jovem e distante dos seus compromissos futuros, mais risco é capaz de assumir.

De modo semelhante, sua capacidade de assumir riscos aumenta à medida que seus ativos aumentam em relação aos passivos.

Disposição de correr riscos

A vontade de correr riscos é puramente uma preferência pessoal, já que cada investidor tem diferentes percepções de volatilidade e gerencia as emoções associadas de forma diferente. 

Enquanto alguns investidores conseguem encarar os altos e baixos do mercado sem se preocupar, outros não conseguem dormir à noite porque estão assustados com a volatilidade da carteira.

Por isso, o próprio investidor deve saber o nível de volatilidade que pode lidar. Para saber seu perfil de investidor e como você lida com as oscilações do mercado, faça o teste de perfil online.

A combinação da capacidade e da vontade de correr riscos constitui a tolerância ao risco.

O autor ainda conclui que sua alocação de ações deve ser tão grande quanto sua tolerância ao risco permitir. 

Portanto, se você ainda não possui ações ou ETFs em seu portfólio, provavelmente sua alocação de ativos não está certa.

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John Bogle está certo sobre investir em fundos de índice?

John Bogle e Warren Buffett são defensores de fundos de índices e enfatizam que essa é a melhor forma de acessar o valor médio das empresas a um baixo custo.

Nesse pressuposto, um índice como o S&P 500 e o Ibovespa representariam o valor das maiores e mais sólidas empresas do mercado. 

No mercado norte-americano que é mais sólido e que possui um maior volume de negociações, isso pode ser verdade.

Do lado de cá, o Brasil possui uma economia de maior grau de risco. Por conta do maior potencial especulativo, algumas empresas que fazem parte do Ibovespa não necessariamente são as mais consistentes.

Por isso, a escolha individual de ações e a gestão ativa de carteiras continuam como alternativas melhores para um bom retorno no mercado.

No entanto, o número de fundos de índices que podem ser acessados pela bolsa de valores brasileira aumentou nos últimos tempos. 

Além do Ibovespa, há fundos de índices de renda fixa, de fundos imobiliários e de ações de empresas de setores específicos, de mercados internacionais.

Ou seja, existem boas opções de fundos de índices que permitem uma diversificação a custos baixos e de forma eficiente no longo prazo.

Por isso, os ETFs devem ser considerados para compor sua carteira, principalmente para investidores que estão iniciando seus investimentos.

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