No meio da tensão global causada pela guerra na Ucrânia, um ativo está desempenhando um papel importante: as criptomoedas.
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Entre seus usos no conflito estão:
- Carteiras digitais da Ucrânia arrecadando milhões para financiar a defesa do país;
- O ocidente avaliando possíveis sanções criptográficas contra a Rússia;
- Um coletivo de criptomoedas (DAO) arrecadando dinheiro para a Ucrânia por meio de uma venda de NFT;
- Exchanges de criptomoedas solicitadas para bloquear transações russas.
No sábado, os EUA e a União Europeia responderam com sanções contra bancos russos ao removê-los do sistema bancário global SWIFT.
Como resultado, o rublo russo despencou quase 30% em relação ao dólar, levando os russos a correrem para retirar moedas estrangeiras dos caixas eletrônicos.
Com o acesso limitado a essas moedas, as transações de criptomoedas descentralizadas e não regulamentadas se tornam potencialmente mais atraentes.
A influência da criptomoeda no conflito atual não a salvou da ampla turbulência do mercado.
O Bitcoin caiu 9% após a invasão da Rússia na Ucrânia e mais de US$ 200 bilhões foram eliminados do mercado de criptomoedas em meio ao crescente conflito na Ucrânia.
Já na sexta-feira o mercado cripto iniciou uma recuperação e o Bitcoin subiu 10% puxando as outras criptos.
De acordo com um post da Substack do influenciador de criptomoedas Anthony Pompliano, os países que têm uma grande participação em bitcoin e atividades pró-cripto “terão uma vantagem significativa”.
Para superpotências globais, o bitcoin “será essencial nas próximas décadas”, escreveu ele.
Veja como as criptomoedas estão desempenhando um papel fundamental na economia durante o conflito:
Doações
Em um movimento inovador, as criptomoedas foram utilizadas para doações à Ucrânia neste momento difícil.
A conta oficial do Twitter da Ucrânia compartilhou seus endereços de carteira digital para onde as pessoas poderiam enviar seus bitcoins e ethereum, entre outros ativos digitais.
Os endereços, de acordo com dados da Elliptic, receberam US$ 14,8 milhões até o momento, com bitcoin e ethereum representando a maioria das doações.
Algumas pessoas até doaram NFTs de valores variados para apoiar a causa, incluindo um "Floki Mutante".
Enquanto isso, um grupo de caridade na Ucrânia chamado Come Back Alive arrecadou US$ 4 milhões em criptomoedas para aumentar seus esforços no fornecimento de equipamentos militares e kits médicos para o país.
Por meio do grupo, as forças armadas da Ucrânia receberam US$ 400 mil em doações de Bitcoin em uma janela de 12 horas.
No total, o governo da Ucrânia e outras organizações arrecadaram US$ 22 milhões por meio de mais de 23.000 doações de criptomoedas desde o início da invasão russa, segundo a Elliptic.
A exchange FTX doou US$ 25 para cada ucraniano em sua plataforma, de acordo com o bilionário de criptomoedas Sam Bankman-Fried, que twittou “faça o que você tem que fazer”.
Outros entusiastas de criptomoedas, separados da influência do governo, mobilizaram seus próprios esforços para apoiar a Ucrânia.
Um envolve um coletivo de criptomoedas chamado Ukraine DAO, abreviação de organização autônoma descentralizada, que está leiloando uma NFT para arrecadar fundos para o esforço ucraniano.
O lance mais alto para o NFT, que apresenta uma imagem da bandeira ucraniana, é de US$ 3 milhões até agora, faltando cerca de dois dias para o leilão.
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Bloqueios Criptográficos
O Ocidente também começou a alavancar as criptomoedas em apoio à Ucrânia.
Os EUA estão avaliando os limites ao acesso da Rússia ao bitcoin e outras criptomoedas como parte de sua próxima onda de sanções ao país, de acordo com o Wall Street Journal.
As possíveis sanções cripto provavelmente teriam como alvo as exchanges que violam as proibições de transações com bancos russos na lista negra e potencialmente limitam a capacidade da Rússia de buscar refúgio em ativos digitais.
As sanções ocidentais já começaram a causar estragos na economia russa e prejudicaram o rublo, fazendo com que valha menos do que Robux, o token digital que sustenta o metaverso Roblox, descobriu a Litquidity.
Os volumes de negociação de Bitcoin usando o rublo e a hryvnia da Ucrânia subiram para seu nível mais alto em meses, indicando que a criptomoeda pode ser mais atraente nesses mercados, informou a Bloomberg .
As exchanges de criptomoedas também estão sendo puxadas para o conflito, com a Ucrânia pedindo para que bloqueiem as contas dos clientes russos.
O vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, tuitou:
"Estou pedindo a todas as principais exchanges de criptomoedas que bloqueiem endereços de usuários russos", disse Fedorov em um tuíte no domingo (27).
″É crucial congelar não apenas os endereços ligados a políticos russos e bielorrussos, mas também sabotar usuários comuns”.
Mas algumas exchanges de criptomoedas resistiram ao apelo do ministro ucraniano alegando que isso viola o conceito de criptomoedas.
Já a Coinbase disse que está trabalhando para bloquear endereços em áreas sancionadas e monitorar os agentes de ameaças como parte de seu esforço para “permanecer vigilante para garantir que estamos desempenhando nosso papel e cumprindo nossas obrigações no contexto dessa invasão em rápida evolução”.
Fonte: Business Insider
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