Além de trazer esperança para o fim da pandemia, o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 fez uma série de novos bilionários.

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Mais de um ano depois do primeiro caso de coronavírus em Wuhan, na China, o desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde possibilitou que a vacinação iniciasse em vários países.

Todos aqueles ligados a estes avanços tiveram suas fortunas impulsionadas pela valorização das ações das companhias farmacêuticas.

Segundo a Forbes, o setor da saúde em 2020 produziu 50 novos bilionários.

Os que mais se destacaram em 2020 estão por trás das vacinas contra o coronavírus desenvolvida pela Pfizer/BioNTech e outra pela Moderna.

Praticamente desconhecido no início de 2020, Uğur Şahin, CEO e cofundador da empresa BioNTech (B1NT34), viu sua fortuna disparar, alcançando o 672º lugar no Índice de Bilionários da Forbes com patrimônio de US$ 4,2 bilhões.

A ascensão da Moderna (M1RN34) também produziu bilionários, beneficiando principalmente seu diretor executivo, Stéphane Bancel, que tem 9% das ações da empresa e aparece em 680º no ranking da Forbes.

Os primeiros investidores da Moderna também, o professor de Harvard, Timothy Springer, e o cientista do MIT, Robert Langer, também figuram entre os novos bilionários da vacina.

Não se trata apenas das empresas que produzem os imunizantes.

As vacinas exigirão bilhões de frascos de vidro para o seu transporte seguro, fazendo do empresário Sergio Stevanato, responsável por fabricar frascos de vidro para várias vacinas em todo o mundo, outro novo bilionário.

Empresas que desenvolvem tratamentos com anticorpos e medicamentos que auxiliam no tratamento médico do coronavírus também se beneficiaram.

Até mesmo as empresas que trabalham nos testes de novos medicamentos e dispositivos viram os preços de suas ações atingirem novas máximas.

Veja quem são os novos bilionários que surgiram da luta contra o coronavírus.

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Uğur Şahin (BioNTech)

Patrimônio líquido: US$ 4,2 bilhões

País: Alemanha

Empresa: BioNTech

O médico turco naturalizado alemão, Ugur Sahin, é cofundador da BioNTech (B1NT34) com a sua esposa, Özlem Türeci, diretora-média da empresa.

Antes mesmo da vacina contra a Covid estar pronta, Ugur já havia entrado para o ranking de bilionários após a empresa fechar parceria com a Pfizer (PFIZ34).

Quando  a vacina desenvolvida pelas duas empresas conseguiu aprovação para uso emergencial no Reino Unido, no início de dezembro, as ações da BioNTech se valorizaram mais de 250% no ano.

Com isso, a fortuna pessoal de Şahin, que possui 18% da companhia, alcançou os US$ 4,2 bilhões, dando a ele uma vaga na Lista de Bilionários da Forbes.

Os donos da outra parte da BioNTech, os irmãos Thomas e Andreas Strüngmann, também entram na lista de novos bilionários.

O foco anterior da BioNTech era o desenvolvimento de tratamentos imunoterápicos contra o câncer, mas logo após os primeiros casos de coronavírus na Europa a companhia se voltou para a criação da vacina.

Stéphane Bancel (Moderna)

Patrimônio líquido: US$ 4,2 bilhões

País: França

Empresa: Moderna

Bancel nasceu na França, foi diretor de vendas do laboratório Eli Lilly and Company (LILY34) e passou pela companhia francesa especializada em diagnósticos BioMérieux até entrar na Moderna (M1RN34) em 2011.

Diretor executivo da empresa e com cerca de 9% das ações da companhia, viu sua fortuna saltar para US$ 4,2 bilhões após a valorização de mais de 700% das ações da farmacêutica em 2020.

Com o aumento dos preços dos ativos da Moderna, Bancel e outros executivos têm vendido constantemente suas participações durante a pandemia.

Em 18 de dezembro, a vacina da Moderna foi a segunda a ser aprovada pelos reguladores nos EUA, depois da vacina Pfizer-BioNTech.

Irmãos Struengmann (investidores da BioNTech)

Patrimônio líquido: US$ 22 bilhões

País: Alemanha

Empresa: BioNTech

Ao lado de Ugur Sahin, os irmãos Thomas e Andreas Strüngmann são donos de metade da BioNTech.

Os já bilionários gêmeos alemães aumentaram suas fortunas em US$ 8 bilhões por causa da valorização das ações do laboratório.

Com isso, alcançaram um patrimônio de US$ 22 bilhões e estão entre as maiores fortunas do setor de saúde no mundo, de acordo com o Índice Bloomberg Billionaires.

Aos 70 anos, os irmãos formaram seu império reinvestindo os lucros dos negócios de medicamentos genéricos de sua família.

Para isso, fundaram seu family office Athos Service logo após a Novartis (N1VS34) anunciar em 2005 a compra de sua farmacêutica Hexal AG fundada pelos dois, juntamente com a participação que tinham na afiliada EON Labs.

Dos US$ 6,7 bilhões arrecadados, a ideia dos irmãos era não investir mais de € 1 bilhão no setor de biotecnologia por causa dos riscos e da paciência necessária.

Após verem o potencial do investimento em vacinas acabaram ultrapassando esse limite, disse Thomas Struengmann em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt.

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Timothy Springer (investidor da Moderna)

Patrimônio líquido: US$ 2 bilhões

País: Estados Unidos

Empresa: Moderna

O professor de bioquímica de Harvard, Tim Springer foi um dos primeiros investidores da Moderna.

No IPO da empresa, em 2010, investiu US$ 5 milhões. Com a ascensão da farmacêutica, hoje tem uma fortuna de mais de US$ 2 bilhões.

Springer é um investidor ativo em biotecnologia, detendo participações menores nas empresas de capital aberto Scholar Rock e Morphic Therapeutic.

Robert Langer (investidor da Moderna)

Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão

País: Estados Unidos

Empresa: Moderna

Outro professor que também se tornou um bilionário com mais de US$ 1,5 bilhão em ganhos com a Moderna foi Robert Langer.

Conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da engenharia biomédica, Langer é professor de engenharia química no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Ele foi um dos primeiros investidores da Moderna, localizada do outro lado da rua de seu escritório em Cambridge.

Sua participação de 3% vale agora cerca de US$ 1,5 bilhão.

Langer possui participações menores em startups de biotecnologia de capital aberto SQZ Biotechnologies e Frequency Therapeutics, ambas fundadas por estudantes de pós-doutorado de seu laboratório.

Além de mais de 1.400 patentes que foram licenciadas mais de 400 vezes para empresas farmacêuticas e médicas.

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Albert Bourla (Pfizer)

O CEO da Pfizer (PFIZ34), Albert Bourla, também aumentou sua fortuna por causa da vacina contra o coronavírus.

Em novembro, depois de uma alta de 15% das ações da Pfizer,o executivo vendeu parte de suas ações e recebeu US$ 5,6 milhões por isso.

A venda ocorreu porque as ações da companhia atingiram o preço predeterminado por Bourla, de US$ 41,94.

Apesar de ter se desfeito de 132.508 ações da Pfizer, ele ainda possui  81.812 ações.

A vice-presidente executiva da Pfizer, Sally Susman, também vendeu parte de suas ações pelo mesmo preço, em uma transação avaliada em mais de US$ 1,8 milhão.

Yuan Liping (Bio Kangtai)

Patrimônio líquido: US$ 3,7 bilhões

País: Canadá

Empresa: Shenzhen Kangtai Biological Products

Yuan possui 24% da Shenzhen Kangtai Biological Products, um dos principais produtores de vacinas da China.

Após se divorciar de Du Weimin, presidente da empresa, Yuan se tornou bilionária.

Ela é a diretora da subsidiária da Kangtai, Beijing Minhai Biotechnology.

Kangtai é a fabricante chinesa exclusiva da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.

Com isso, as ações da empresa subiram 90% desde o início de 2020.

Hu Kun (Contec)

Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões

País: China

Empresa: Contec Medical Systems

Hu é presidente da Contec Medical Systems, fabricante de dispositivos médicos com sede na cidade portuária de Qinhuangdao, no nordeste da China.

Dono de quase metade das ações da empresa, a Contec obtém mais de 70% de sua receita do exterior.

A empresa fabrica e exporta uma variedade de produtos médicos para hospitais.

As ações da Contec subiram quase 150% desde a Oferta Pública Inicial (IPO) devido às fortes vendas de produtos que variam de oxímetros de pulso a dispositivos pulmonares usados ​​para verificar as condições pulmonares.

Sergio Stevanato (Stevanato Group)

Patrimônio líquido: US$ 1,8 bilhão

País: Itália

Empresa: Stevanato Group

Stevanato é presidente da empresa italiana de embalagens médicas Stevanato Group, o segundo maior produtor mundial de frascos de vidro e um fornecedor de frascos para vacinas.

A empresa também é a maior produtora mundial de canetas de insulina e máquinas que fabricam, esterilizam e embalam bilhões de frascos, seringas e outros produtos de vidro.

Em junho, Stevanato assinou um acordo com a Coalition for Epidemic Preparedness and Innovations (CEPI), apoiada pela Fundação Gates, para fornecer 100 milhões de frascos para nove vacinas diferentes.

Premchand Godha (Ipca Labs)

Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhão

País: Índia

Empresa: Ipca Labs

Godha entrou no setor farmacêutico em 1975, quando adquiriu a farmacêutica Ipca Labs, sediada em Mumbai, em parceria com a família do super astro de Bollywood, Amitabh Bachchan.

A empresa, que fabrica ingredientes farmacêuticos, viu o preço de suas ações quase dobrar em 2020, em sua maior parte devido à maior produção e vendas da hidroxicloroquina, apontada como uma potencial cura no início da pandemia.

No entanto, seu uso foi desencorajado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por ter pouco ou nenhum efeito comprovado.

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August Troendle (Medpace)

Patrimônio líquido: US$ 1,3 bilhão

País: Estados Unidos

Empresa: Medpace

Troendle é o CEO e fundador da Medpace, empresa que trabalha com uma gama de serviços farmacêuticos.

Desde a execução de testes de cotonete e anticorpos para o coronavírus, até a execução de testes clínicos complexos para fabricantes de medicamentos que trabalham em novas vacinas e tratamentos.

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