O investidor de “Shark Tank”, Kevin O’Leary, é um grande fã de tokens não fungíveis (NFT) e até acha que eles têm uma chance de se tornarem maiores do que o bitcoin (BTC).
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O presidente da O’Shares Investment Advisers disse que sua crença nos NFTs deriva da ideia de que eles podem provar a propriedade de itens do mundo real, como relógios de grife ou carros flash, digitalmente em vez de registros em papel.
Os NFTs são cripto-tokens únicos que servem para rastrear a procedência e a autenticidade de itens colecionáveis virtuais.
“Nos próximos anos, você verá muito movimento em termos de autenticação, apólices de seguro e impostos de transferência de imóveis on-line, tornando os NFTs um mercado muito maior e mais fluido do que apenas bitcoin sozinho”, disse O ′ Leary ao programa “Capital Connection” da CNBC.
“Veremos o que acontece, mas estou fazendo essa aposta e investindo nos dois lados da equação.”
Quase ninguém tinha ouvido falar de NFTs em 2020, mas eles se tornaram um grande fenômeno no ano seguinte.
Mais de US$ 20 bilhões em tokens mudaram de mãos ao longo de 2021, de acordo com algumas estimativas.
A tendência ganhou atenção especial do público depois que uma obra do artista digital Beeple, cujo nome verdadeiro é Mike Winkelmann, foi vendida por um recorde de US$ 69 milhões.
No entanto, existem preocupações com a sustentabilidade do mercado.
Alguns o compararam ao frenesi inicial de ofertas de moedas de 2017, que viu vários investidores serem defraudados ao apostar em startups por meio de vendas não regulamentadas de tokens.
Enquanto isso, houve uma série de golpes e exemplos de arte roubada, levantando bandeiras vermelhas para alguns comerciantes.
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Mudança de opinião
Se antes o investidor canadense milionário chamava o bitcoin de "lixo", hoje sua opinião sobre os criptoativos é bem diferente.
“É uma moeda inútil”, disse O’Leary ao “Squawk Box” da CNBC em maio de 2019. “Não vale a pena”.
Mais recentemente, O’Leary se entusiasmou com o espaço, vendo-o como uma forma de diversificação em meio ao aumento da inflação.
Ele é particularmente otimista em relação às “finanças descentralizadas” (DeFi), uma tendência que visa replicar produtos financeiros tradicionais usando blockchain.
O’Leary revelou recentemente que sua maior posição está em Ether (ETH), embora também possua Solana (SOL) e Bitcoin (BTC).
De acordo com a CNBC, cerca de 40% dos seus novos negócios nos últimos seis meses foram em empreendimentos relacionados à criptoativos e blockchain.
Regulamentação
O’Leary também enfatizou a importância de garantir que os criptoativos sejam regulamentados.
Os reguladores nos Estados Unidos e em outros lugares estão correndo para acompanhar os desenvolvimentos no mercado para evitar a possível lavagem de dinheiro e proteger os consumidores de danos financeiros.
“Geografias diferentes têm políticas diferentes em relação à criptoativos”, disse O’Leary. “Você tem que encontrar jurisdições que sejam mais progressivas.”
Ele citou o Canadá, seu país natal, como um exemplo de jurisdição mais progressista do que outros na questão de ativos digitais.
O Canadá foi o primeiro a aprovar um fundo negociado em bolsa que dá aos investidores exposição ao bitcoin.
O’Leary também citou os Emirados Árabes Unidos e a Suíça como outros países que estão se abrindo para as criptomoedas.
“Você tem que ser otimista e construtivo”, disse O’Leary. “A comporta do capital virá por meio de planos soberanos e de previdência que ainda não existem”.
A principal preocupação dos reguladores são stablecoins, tokens digitais atrelados ao valor de moedas fiat como o dólar.
Economistas temem que stablecoins notáveis como tether e USD Coin possam não ter as reservas apropriadas disponíveis para justificar suas alegações de serem lastreados em dólares.
“Acho que [stablecoins] também terão a chance de brilhar ao sol como uma ótima maneira de obter rendimento quando você não pode obter nenhum rendimento em dinheiro”, disse O’Leary.
Fonte: CNBC
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