O que é New Deal

New Deal é o nome que se deu ao plano de reestruturação da economia norte-americana implementado pelo governo Roosevelt como uma forma de combater os efeitos da Grande Depressão Econômica.

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Este plano consistia em uma série de medidas intervencionistas que visavam principalmente reerguer a infraestrutura do país e alterar as relações trabalhistas.

É válido ressaltar que os efeitos do plano são debatidos por especialistas, por mais que de forma geral tenha sido possível ver resultados a curto prazo.

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Contexto do New Deal 

O ambiente para a criação do New Deal se deu com a crise de 1929, que deixou principalmente os EUA em uma grande depressão econômica.

Muitos motivos são apontados como possíveis deflagradores da crise, que de acordo com especialistas foi o pior momento que o mundo capitalista já vivenciou.

Dentro todas as causas apontadas, a principal delas foi a revolução Taylorista, cujo efeito se viu na superprodução de produtos, que lotaram estoques, porém sem que houvesse demanda suficiente.  

Incerto sobre como contornar a situação, o presidente Franklin D. Roosevelt resolveu adotar as ideias do economista John Maynard Keynes, mais tarde conhecidas como Keynesianismo.

Características do New Deal

O New Deal tinha o objetivo de reaquecer a economia americana devastada pela crise usando de um forte investimento estatal focado na infraestrutura.

Para atingir este objetivo, algumas medidas foram estipuladas:

  • Expansão do investimento em obras e serviços públicos, como a construção de usinas hidrelétricas, barragens, pontes, hospitais, escolas, aeroportos etc; 
  • Controle da produção de commodities como algodão, trigo e milho, chegando ao ponto de destruir estoques inteiros; 
  • Política de controle de preços e produção no setor industrial e agrícola, na tentativa de evitar superprodução; 
  • Diminuição da jornada de trabalho para 8 horas por dia, forçando com isso a criação de mais postos de emprego;
  • O estabelecimento de direitos trabalhistas como: salário mínimo, seguro-desemprego e o seguro-aposentadoria para maiores de 65 anos.

Outras medidas intervencionistas importantes foram implementadas, entre elas, podemos destacar a injeção de dinheiro aos bancos na tentativa de salvá-los da falência.

A influência dos sindicatos também foi incrementada, visando melhores condições de negociação para os trabalhadores.

Resultados do New Deal

O período de implementação das principais medidas do New Deal foi entre 1933 e 1937. Os resultados começaram a se mostrar logo no começo da década de 40.

As políticas intervencionistas iniciadas pelo New Deal, por sua vez, continuaram até o final da década de 60, quando uma nova onda liberal se iniciou.

Ao longo dessas três décadas, os americanos viveram o que logo foi batizado de estado de bem-estar social. Havia emprego para todos a desigualdade havia diminuído bastante.

Muitos historiadores atribuem a ascensão do partido Democrata e a sua permanência no poder por boa parte desse período aos resultados do New Deal.

No entanto, nada disso seria possível sem que o estado aumentasse consideravelmente os seus gastos e, consequentemente, o seu endividamento público.

Críticas ao New Deal

As críticas ao New Deal começaram ainda no início do programa, em 1937, quando os opositores do plano alegavam que as medidas propostas aumentariam demais os gastos públicos.

Outro ponto de crítica foi em relação a forte intervenção estatal e o quanto isso afetaria os princípios do livre mercado.

Por outro lado, depois que o New Deal já havia entrado em vigor, houve quem pusesse em xeque a real eficácia das ações tomadas.

Inclusive, alguns economistas apontam que o real ponto de virada para a economia americana foi a entrada dos EUA na segunda guerra mundial.

Esse argumento se explica porque toda a produção econômica do país foi voltada para a guerra, empregando quase toda a população para esse fim.

Também concluiu-se que o modelo de país proposto pelo New Deal era insustentável, e por isso o abandono da sua filosofia no começo dos anos 70.