Após perder assinantes pela primeira vez em um trimestre, a Netflix (NFLX34), maior empresa de streaming de vídeo do mundo, alertou que uma repressão global ao compartilhamento de senhas está chegando.

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Isso pode significar o fim da prática desenfreada de emprestar seu login a um membro da família ou amigo.

A Netflix estima que mais de 100 milhões de lares em todo o mundo estão usando uma senha compartilhada.

Com a prática, a empresa pode estar perdendo cerca de US$ 6,25 bilhões de dólares anualmente, constatou relatório divulgado pelo jornal britânico Daily Mail.

Durante muito tempo a Netflix permitiu propositalmente o compartilhamento de senhas e reconhece que isso ajudou a atrair os usuários para o serviço.

“Em termos de [compartilhamento de senha], não há planos de fazer alterações lá”, disse Hastings em 2016. “O compartilhamento de senha é algo com o qual você precisa aprender a conviver, porque há muito compartilhamento de senha legítimo, como você compartilhando com seu cônjuge, com seus filhos... ”

Mas os tempos mudaram. 

Com a concorrência da Disney, Apple TV+, HBO e outros streamers consumindo seu crescimento, a Netflix disse que quer que milhões de lares que compartilham senhas comecem a pagar.

“Nossa penetração doméstica relativamente alta – ao incluir o grande número de famílias que compartilham contas – combinada com a concorrência, está criando ventos contrários no crescimento da receita”, disse a Netflix em sua carta.

A empresa registrou uma perda de 200 mil assinantes pagos no trimestre, a primeira vez que isso aconteceu em uma década e projetou que perderá mais 2 milhões de assinantes no segundo trimestre.

Após a divulgação dos resultados, as ações da empresa despencam mais de 25% no pré-mercado nesta quarta-feira (20).

No início deste ano, a Netflix começou a testar diferentes maneiras de restringir o compartilhamento de senhas no Chile, Costa Rica e Peru. 

Executivos disseram na teleconferência de resultados da empresa na terça-feira que ela poderia expandir o modelo estabelecido nesses países, cobrando mais de contas que compartilham senhas fora de casa.

A Netflix ainda não delineou uma estratégia global concreta, mas sugeriu que mudanças globais poderiam ocorrer já em 2023.

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