A bolsa de valores (B3), acionou o circuit breaker hoje, suspendendo suas negociações após queda de 10% no índice Bovespa.
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O temor de um desaquecimento global gerado pelo impacto do coronavírus, associado à guerra do petróleo entre a OPE e a Rússia fez disparar a aversão à risco mundial.
Derrubando a bolsa de valores brasileira (ibovespa) e acionando o circuit breaker.
O Coronavírus começa a se espalhar pelos países desenvolvidos acendendo o medo de uma desaceleração maior na economia do mundo.
Os bancos centrais (BCs) com temor de um desaquecimento global começam a agir, com o FED cortando os juros de forma totalmente inesperada, o que criou tanto euforia quanto pânico.
A concordata da empresa inglesa Flybe assombra o setor de companhias aéreas pelo mundo.
Medo e pânico se espalham pelo mercado, com investidores correndo para títulos do tesouro americano.
A bolsa americana permanece volátil, com dias de altas e quedas intensas.
O dólar salta mais de 3%, acumulando quase 15% de alta no ano!
A volatilidade é uma das principais características observadas pelos investidores ao analisar o comportamento de um ativo.
Entenda os motivos do Circuit Breaker na Bolsa de Valores hoje e saiba como proteger seu patrimônio.
O que é o Circuit Breaker
O circuit breaker é um mecanismo de segurança da bolsa de valores para suspender todas as negociações na bolsa de valores, sendo acionado em momentos de fortes quedas nos preços das ações.
A suspensão de todas as operações com o circuit breaker tem um único objetivo: proteger os investidores das oscilações excessivas no mercado financeiro, amortecendo as quedas das ações.
Com as Pausas do Circuit Breaker ocorre um equilíbrio entre as ofertas de compra e venda dos ativos, evitando quedas ainda mais bruscas.
Como Funciona o Circuit Breaker na Bolsa (Ibovespa)?
O gatilho do Circuit Breaker na Bovespa é acionado de acordo com o percentual da queda no índice Ibovespa, que variam entre 10%, 15% e 20%.
Queda de 10 por cento
O primeiro gatilho do circuit breaker é acionado quando o índice Ibovespa (índice da Bolsa de Valores brasileira) tiver uma queda superior a 10%, em relação ao índice do fechamento do pregão anterior.
Nesse momento todas as negociações da bolsa são suspensas por 30 minutos.
Queda de 15 por cento
O segundo gatilho do circuit breaker é acionado se, após reabrir as negociações, houver uma queda de 15%, em relação ao fechamento do dia anterior.
Nesse momento todas as negociações da bolsa são suspensas por 1 hora.
Queda de 20 por cento
O terceiro gatilho do circuit breaker é acionado se, após reabrir as negociações houver, uma queda de 20%, em relação ao fechamento do dia anterior.
Nesse momento todas as negociações da bolsa são suspensas e a B3 (bolsa, brasil, balcão) definirá o prazo de reabertura.
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Histórico do Circuit Breaker na Bolsa (Ibovespa)
O gatilho do Circuit Breaker na Bovespa é acionado de acordo com o percentual da queda no índice Ibovespa, que variam entre 10%, 15% e 20%.
Ano | Motivos |
1997 | A crise asiática |
1998 | A crise russa |
1999 | O câmbio flutuante |
2008 | A crise do subprime nos EUA |
2017 | Delação da JBS (JBSS3) no Brasil |
2020 | Coronavírus e Guerra de preços do Petróleo (OPEP vs Rússia). |
Para ter uma noção da aversão ao risco mundial existe nos EUA um índice que representa o temor dos investidores, chamado VIX.
Índice do Medo (VIX)
O índice VIX indica a intensidade da volatilidade das 500 ações mais negociadas no mercado americano.
Por representar variações do mercado financeiro, o índice VIX é um dos principais indicadores acompanhados pelos investidores.
O índice hoje (09) está em 52,00, valor próximo à crise do subprime em 2008, onde o índice atingiu 59,89:
O índice VIX é calculado automaticamente, são usados uma série de informações e fórmulas complexas sobre as negociações das ações, média dos preços, percentual de variação, etc.
Muitas investidores utilizam o índice para identificar crises do mercado financeiro.
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Motivo 1: Coronavírus
O corona começa a se espalhar pelos países desenvolvidos acendendo o medo de uma desaceleração maior na economia do mundo, gerando muita volatilidade nos investimentos, sendo que o impacto do coronavírus nas ações da bolsa de valores já foi sentido pelos investidores.
Os bancos centrais (BCs) com temor de um desaquecimento global começam a agir, com o FED cortando os juros de forma totalmente inesperada, o que criou tanto euforia quanto pânico.
Joe Biden ganha terreno no campo político, aumentando as chances de ser o candidato democrata.
A concordata da companhia aérea inglesa Flybe assombra o setor aéreo pelo mundo.
Medo e pânico se espalham pelo mercado, com investidores correndo para títulos do tesouro americano.
A bolsa americana permanece volátil, com dias de altas e quedas intensas.
O dólar salta mais de 3%, acumulando quase 15% de alta no ano!
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Motivo 2: Queda do Preço do Petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia vem negociando um possível corte de produção de petróleo.
Em reunião da OPEP realizada na última sexta-feira (06) a Rússia se recusou a cortar sua produção de petróleo com o objetivo de estabilizar o mercado, que está sendo impactado pelo coronavírus.
Com um possível corte da produção de petróleo, era estimado que o preço do petróleo voltasse para US$ 50,00 por barril.
Com o acordo da OPEP não realizado e o aumento da produção de petróleo na Arábia Saudita, visto que o país estabeleceu grande aumento da produção de petróleo para o próximo mês com seu preço reduzido iniciando uma guerra com a Rússia.
O preço do petróleo sentiu o impacto da manhã desta segunda-feira (09), nos Estados Unidos o preço do petróleo apresentou queda de 34,0% atingindo o valor de US$ 27,34 por barril, maior queda dos últimos 30 anos.
Ações de empresas do setor abriram o mercado com forte queda:
Código | Nome | Queda |
PRIO3 | Petrorio | -36,00% |
PETR3, PETR4 | Petrobras | -24,00% |
BRDT3 | BR Distribuidora | -13,24% |
UGPA3 | Ultrapar | -11,26% |
Para os investidores que têm as ações da Petrorio em carteira, a empresa tem puts de proteção de US$ 65,00 por barril de petróleo, o que diminui o impacto da queda do preço do petróleo no curto prazo.
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Onde Investir com o Circuit Break hoje?
Com um “Sell Off” global muitos investidores buscam ativos para proteção de patrimônio, como ouro e moedas fortes.
Com isto, o ouro vem demonstrando ser uma ótima opção de investimento no atual cenário de aversão a risco em alta.
Na manhã de hoje, a commodity metálica estava cotada a US$ 1.648/onça, alcançando um dos maiores preços dos últimos 12 meses.
No ano, o ouro já apresentou valorização de 11% sendo considerado um dos ativos mais buscado,
Segundo a equipe da XP Investimentos, com o atual cenário de aversão a risco em alta, o ouro se mantém como um ativo buscado em tempos turbulentos, subindo 0,7% nessa manhã, cotado a US$ 1.648/onça.
No ano, o ouro já sobe 11% em dólares nos mercados internacionais.
Dos outros indicadores que medimos, o índice de volatilidade do S&P 500 (VIX) segue em forte alta, chegando a 46,7% nessa manhã, o maior patamar desde a crise Europeia em 2011.
Além disso, o rendimento dos títulos de 10 anos do governo americano continua a baixar rapidamente, chegando a 0,77% nessa manhã, vs. 1,9% no começo do ano.
Isso indica que investidores continuam comprando esses ativos de menor risco, o que faz com que os seus rendimentos baixem.
O dólar também tem apresentado uma forte alta, até o dia 06/março a moeda já apresentada uma alta de 25%.
Induzido pela aversão dos investidores pelo impacto global do coronavírus e pela recente guerra de petróleo.
Hoje o investidor que possui uma boa alocação de ativos está vendo a crise como uma oportunidade.
Quem possui uma reserva de emergência, para aproveitar para comprar boas ações que ficaram baratas, e proteções (ouro e dólar), que estão sendo importantes para amortecer o impacto da queda, está tendo um dia mais tranquilo do que o restante dos investidores.
Nesse momento a melhor forma para um investidor se posicionar é aproveitando para reforçar posições em empresas brasileiras com bons fundamentos que ficaram mais baratas.
Vale ressaltar que apesar da questão do petróleo e do Coronavírus trazerem impactos relevantes a economia real no Brasil (o que pode sim afetar o fundamento de algumas empresas no curto prazo), há setores que devem ser menos afetados, como o setor de Energia Elétrica e Saneamento.
Eventos extremos como esse não mudam a nossa tese de que investir em ações de boas empresas com foco no longo prazo é um bom negócio.
Crises, correções bruscas, epidemias e eventos inesperados de alto impacto sempre estiveram presentes na vida do investidor e agora não é diferente.
Nesse momento você deve manter a calma e manter o foco no longo prazo, que é a estratégia de investimento dos grandes investidores na bolsa de valores.
Existem fortes razões que indicam que o investimento em ações ainda é a melhor alternativa de investimento para 2020, ainda mais agora que os preços estão mais atrativos.