A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating da CSN (CSNA3) de estável para negativa, alegando risco de crédito, devido a diversos fatores globais dos últimos meses.

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A Moody’s justifica que a alteração da perspectiva dos ratings da CSN para negativa reflete a expectativa de que o risco de refinanciamento da CSN continuará elevado nos próximos 12 a 18 meses apesar dos esforços em rolar os vencimentos da dívida de 2020.

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A agência Moody’s alega que as métricas de crédito continuarão fracas durante 2020 como consequência da queda acentuada na demanda de aço no Brasil.

Outros fatores que poderão impactar a CSN, segundo a Moody’s são:

  • A rápida e crescente disseminação do surto de coronavírus;
  • Deterioração da perspectiva econômica global;
  • A queda dos preços de petróleo;
  • Declínio dos preços de ativos estão criando um severo e extenso choque de crédito em muitos setores, regiões e mercados.

“Os efeitos de crédito decorrentes desses desdobramentos não têm precedentes. O setor siderúrgico tem sido afetado pelo choque dada sua sensibilidade à demanda e sentimento do consumidor.

Consideramos o surto de coronavírus como um risco social sob nosso quadro ESG, dadas as substanciais implicações para a saúde pública e a segurança.”

A Moody’s cita que, os ratings continuam limitados pela estrutura de capital altamente alavancada e métricas de crédito enfraquecidas da CSN.

Apesar dos esforços da empresa para refinanciar dívidas vencendo no curto prazo, a dívida bruta continua elevada e a empresa ainda enfrenta significativos vencimentos de dívida em 2021-22.

Além disso, a agência espera que as métricas de crédito da CSN continuem pressionadas durante 2020 e que o processo de desalavancagem ocorra de forma mais lenta.

Devido ao impacto do surto de coronavírus nas operações de aço e cimento da empresa, enquanto o negócio de minério de ferro continuará a suportar o fluxo de caixa devido aos preços elevados e níveis e taxa de câmbio.

Portanto, a CSN continuará dependendo de eventos de liquidez externos para poder reduzir seus níveis de endividamento e risco de refinanciamento de forma mais estrutural e significativa.

Um dos exemplos do impacto da pandemia na empresa ocorreu no dia 29 de maio, quando a CSN decidiu paralisar temporiamente o alto-forno 2 devido ao Covid-19.

O Resultado da CSN (CSNA3) do primeiro trimestre de 2020 foi divulgado no dia 14 de maio, a empresa apresentou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão no 1t20, queda de 215,6% na comparação com o 4t19.

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Fundamentos do Rebaixamento da CSN pela Moody’s

Confira abaixo os fundamentos do Rebaixamento da CSN pela agência de classificação de risco Moddy's.