Milton Friedman, um dos Principais Representantes da Escola de Chicago

Milton Friedman é um economista representante da Escola de Chicago, especializada em disseminar os valores do liberalismo econômico, e vencedor do prêmio Nobel de Economia em 1976.

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Friedman influenciou vários campos de pesquisa da economia, mas é mais conhecido por sua crença inabalável na livre iniciativa e oposição à intervenção do Estado nos negócios e no comércio. 

É um dos responsáveis por popularizar a frase “Não existe almoço grátis” ao usá-la, em 1975, como o título de um de seus livros.

O que ele quis dizer é que é impossível o governo conceder benefícios à população sem cobrar algo em troca. 

Ou seja, os privilégios distribuídos a grupos específicos, são pagos via impostos pela maioria dos trabalhadores.

Conheça a trajetória de um dos economistas mais influentes do século XX, logo atrás do britânico John Maynard Keynes.

Quem foi Milton Friedman

Milton Friedman (1912 - 2006)  foi um economista, estatístico e escritor norte-americano que lecionou na Universidade de Chicago por mais de três décadas. 

Foi ganhador do Prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 1976 por sua pesquisa sobre análise de consumo, história, teoria e complexidade da política de estabilização. 

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Vida e carreira

Milton Friedman nasceu no Brooklyn, na cidade de Nova York, Estados Unidos, em 31 de julho de 1912. 

Seus pais, Sára Ethel e Jenő Saul Friedman, eram imigrantes judeus do Reino da Hungria, agora pertencente à Ucrânia.

Friedman era o quarto filho e único menino. Pouco depois de seu nascimento, a família mudou-se para Rahway, em Nova Jersey.

Lá,  o estudante talentoso Friedman formou-se na Rahway High School em 1928, pouco antes de completar 16 anos.

Premiado com uma bolsa, foi estudar na Rutgers University, sendo o primeiro de sua família a ir para a universidade.

Friedman se formou na Rutgers em matemática e economia, em 1932.

Já em 1933, recebeu seu mestrado pela Universidade de Chicago.

Friedman realizou vários trabalhos de pesquisa e ensino antes de obter um doutorado pela Universidade de Columbia, em 1946, na qual, ele também ocupou um cargo no Departamento Nacional de Pesquisa Econômica (NBER).

De 1935 a 1937, foi economista associado do Comitê de Recursos Nacionais em Washington, programa criado pelo então presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt.

As ideias deste projeto mais tarde tornaram-se parte de sua Teoria da Função de Consumo. 

De 1937 a 1945, fez parte da equipe de pesquisa do National Bureau for Economic Research em Nova York.

Em 1940, o jovem Milton Friedman foi nomeado professor assistente de Economia na Universidade de Wisconsin–Madison, porém logo deixou o emprego devido a discordância com a posição da faculdade no envolvimento dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

De 1941 a 1943, Friedman trabalhou na política tributária do período da guerra para o Governo Federal, como conselheiro no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. 

Como porta-voz do Tesouro, em 1942, ele defendeu a política keynesiana de tributação.

Em 1943, Friedman entrou para a Divisão de Pesquisa da Guerra na Universidade de Colúmbia.

Depois de ensinar por um ano na Universidade de Minnesota de 1945 a 1946, Friedman ingressou no corpo docente da Universidade de Chicago em 1946, por onde trabalharia pelos 30 anos seguintes.

Em 1962, tornou-se Paul Snowden Russel Distinguished Service Professor of Economics, cargo que ocupou até 1977.

No começo dos anos 1970, ele esteve no Chile, onde muitas de suas ideias econômicas de cunho liberal foram adotadas. 

Alguns de seus ex-alunos chilenos, na pós-graduação do curso de Economia da Universidade de Chicago, ocuparam importantes ministérios no governo Pinochet.

Na década de 1980, Friedman participou do Comitê de Política Econômica de Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos, e atuou como consultor da primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher. 

Também foi conselheiro dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, mas sempre recusou qualquer cargo político.

Friedman recebeu o Prêmio Memorial Nobel em Ciências Econômicas em 1976, "por suas realizações nos campos da análise de consumo, história e teoria monetária e por sua contribuição no entendimento da complexidade da política de estabilização".

Após se aposentar, em 1977, com a idade de 65, Friedman e sua esposa se mudaram para San Francisco onde ele tornou-se acadêmico convidado no Federal Reserve de San Francisco. 

Na cidade se filiou à Instituição Hoover na Universidade de Stanford e foi convidado a criar um programa de televisão apresentando sua filosofia econômica e social.

Milton Friedman faleceu em 16 de novembro de 2006, aos 94 anos, em São Francisco.

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Livros de Milton Friedman

Friedman escreveu diversos livros e artigos sobre macro e microeconomia, teoria monetária e estatística.

Confira algumas de suas obras mais famosas:

Capitalismo e Liberdade

Um de seus livros mais populares, Capitalism and Freedom, foi publicado na década de 1960, durante a Guerra Fria.

Em Capitalismo e liberdade, Friedman discorre sobre as correlações entre o sistema econômico capitalista e as diversas formas de liberdade.

Seus pensamentos ainda se mantêm relevantes mesmo cinquenta anos após seu lançamento.

Livre para escolher

O best-seller "Free to Choose'', escrito com sua esposa Rose, em 1980, teve como base o programa de TV que realizou de mesmo nome.

No livro, eles explicam como nossa liberdade foi sendo corroída, e nossa riqueza, solapada por meio do surgimento crescente de leis, regulamentações e agências governamentais.

Para eles, somente quando os indivíduos tiverem permissão para tomar suas próprias decisões econômicas, problemas econômicos, ambientais, sociais e assim por diante, serão resolvidos.

O essencial de Milton Friedman 

Escrito por Steven Landsburg, o livro aborda os principais temas de Milton Friedman como um dos economistas mais influentes de todos os tempos, falando sobre consumo, dinheiro, política de estabilização e desemprego.