MGLU3: Análise de Qualidade e Preço da Magazine Luiza

Hoje iremos fazer uma análise sobre uma das ações mais polêmicas da bolsa de valores brasileira, a Magazine Luiza (MGLU3). 

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A base da nossa análise será o GI Score e o GI Line.

Aquilo que inicialmente parecia uma bolha financeira virou consenso entre analistas, até voltar a ser um patinho feio com uma queda de quase 80% desde o seu topo em novembro de 2020.

A história de MGLU3 é qualquer coisa, menos monótona.

Sem fazer qualquer juízo de valor em relação a isso, vamos aos números:

Repare que o GI Line da Magalu é zero. Isso não é um erro da plataforma, mas sim a nota atribuída a Magalu no quesito.

Já esclareceremos isso…

O GI Score responde a seguinte pergunta: de 0 a 100, o quão boa é a empresa em questão?

No caso da MGLU3, temos um Score de 66 de 100.

Quanto maior o Score, melhor é a empresa, baseado nos critérios quantitativos de análise.

Isso significa que a Magalu está em um nível de médio para bom em termos de qualidade operacional.

O GI Line responde o seguinte questionamento: de 0 a 100, o quão atrativo está o preço da ação?

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Como já mencionado, nesse caso a MGLU3 recebe nota mínima.

Dito isso, vamos avaliar a decomposição do GI Score e depois disso daremos luz ao GI Line.

O GI Score total é composto por 6 critérios quantitativos para avaliar a qualidade da empresa.

Na imagem abaixo vemos como está avaliado cada critério da MGLU3.

O desempenho diz respeito ao crescimento dos lucros trimestrais e das margens operacionais da companhia nos últimos 5 anos. 

A MGLU3 teve o seu auge quando começou a reverter prejuízos em vultuosos lucros, mas após 2020, os resultados começaram a cair novamente.

A rentabilidade diz respeito à evolução do ROE (Return On Equity ou retorno sobre patrimônio líquido), onde a MGLU3 apresenta um indicador de 5%, o que não é nada muito encantador.

O retorno ao acionista avalia a evolução do volume de distribuição de dividendos ao acionista e o índice de payout, isto é, o percentual dos lucros distribuídos na forma de proventos.

A Magalu desempenha bem no quesito pelo fato de que, mesmo distribuindo dividendos modestos, eles são crescentes.

A negociação diz respeito ao volume negociado dos papéis. 

Como é um blue chip, uma empresa com alto valor de mercado, é natural que receba uma boa pontuação, dado que o volume de negociação da ação é sempre bastante elevado.

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O endividamento avalia a trajetória de dois indicadores:

• Liquidez corrente, medida pela divisão entre disponibilidades financeiras de curto prazo da firma e dívidas de curto prazo;
• Dívida líquida sobre patrimônio líquido, que  mede a relação entre a dívida líquida da firma em relação ao patrimônio líquido que ela possui.

Os adicionais levam em conta o nível de governança e os sócios majoritários da empresa, penalizando empresas com que tenham alguma esfera estatal como sócia ou que não estejam enquadradas no mais alto nível de governança.

No levantamento desses critérios, chegamos a um Score de 66 na MGLU3.

Lembrando: não há nenhum mérito qualitativo no modelo. 

Não se leva em conta modelo de negócios, projetos em andamento, perspectivas futuras, mudanças de pessoas ou cenário da macroeconomia.

A ferramenta analisa apenas os números reportados pela empresa.

A ideia aqui é ajudar você a fazer a sua própria análise..

No que diz respeito ao GI Line e a atratividade do preço, dentre outros critérios, o principal a ser levado em conta é o histórico do Preço/Lucro.

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Como a Magalu opera a 66x lucros, a ferramenta dá nota zero no quesito atratividade de preço pelo simples fato de que arbitrariamente zeramos a nota de empresas que, ou tenham prejuízos constantes nos últimos 5 anos, ou operem com um indicador de P/L acima de 50x.

A partir da combinação do GI Score e do GI Line, a MGLU3 é considerada uma empresa mediana para boa, mas cotada a um preço que não se justifica, mesmo depois de ter caído praticamente 80% desde o seu pico em novembro de 2020.

Lembrando que o enquadramento de uma ação a esses critérios não a define como uma recomendação de compra ou de venda.

O GuiaInvest PRO e os indicadores GI Score e GI Line não fazem nenhuma recomendação expressa.

Não há um track-record, isto é, não há uma métrica de qual a rentabilidade essa estratégia gera.

Entendemos tão somente que comprar bons ativos a bons preços coloca as probabilidades a seu favor e usar a nossa ferramenta vai ajudar você nesse trabalho. 

O propósito aqui é facilitar a identificação de ativos que estejam em conformidade com os critérios estabelecidos por você mesmo.

No caso do GI Score e GI Line, o objetivo é simplificar a identificação de ativos bons e baratos cotados em bolsa.

Para conhecer mais sobre a ferramenta, aqui temos uma vídeo-demonstração.