O que é mercantilismo

Mercantilismo foi um conjunto de medidas políticas e econômicas implementadas em alguns países da Europa após o feudalismo.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

O mercantilismo pregava que as riquezas dos países eram proporcionais à quantidade de metal que cada país possuía. Assim sendo, quanto maior o volume de metais acumulados por uma mesma nação, maior o seu poder econômico.

Os países e governos absolutistas não mediam esforços para acumular o maior volume possível em ouro e prata. Dentre as medidas adotadas na época, podemos citar a taxação de importações e maximização das operações de exportação.

Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.

História do mercantilismo

O mercantilismo substituiu o sistema econômico feudal em parte do continente Europeu. Acredita-se, que tudo começou com a Inglaterra, país que quando comparado a outras nações possuía poucos recursos naturais.

Sendo assim, com o objetivo de aumentar as riquezas do país através da alocação de ativos como ouro e prata, a Inglaterra introduziu políticas fiscais que desencorajavam os colonos de comprar produtos estrangeiros.

Por outro lado e ao mesmo tempo, a venda de produtos ingleses no mercado internacional era estimulada, como forma de atrair e captar recursos em ouro e prata.

O objetivo do mercantilismo consistia basicamente em criar uma balança comercial favorável. Em razão disso, muitos estudiosos e historiadores, defendem que o mercantilismo é um dos precursores do atual sistema capitalista.

Entre os idealizadores e maiores entusiastas do mercantilismo estavam nomes como o do controlador geral de finanças francês Jean-Baptiste Colbert e dos economistas Thomas Mun (inglês) e Antonio Serra (italiano). 

No entanto, um dos maiores responsáveis por popularizar o mercantilismo foi o economista político escocês Adam Smith através do livro “Wealth of Nations” (A Riqueza das Nações), lançado em 1776.

Principais características do mercantilismo

Dentre as principais características do mercantilismo, pode-se citar quatro de grande importância, são elas:

  • Metalismo;
  • Protecionismo;
  • Intervenção do Estado na economia;
  • Expansão marítima.

Vejamos o significado e a representatividade de cada característica em um sistema baseado no mercantilismo:

Metalismo: Implementação de políticas que tinham como objetivo proporcionar o maior acúmulo possível de metais preciosos como ouro e prata por uma mesma nação.

Protecionismo: Proteção ao mercado interno do país por meio da aplicação de taxas que inviabilizavam a compra de produtos no mercado internacional.

Intervenção do Estado na economia: Durante o mercantilismo, o Estado criava regras severas de intervenção na economia, tudo com o objetivo de acumular ouro e prata através de uma balança comercial favorável.

Expansão marítima: Havia um incentivo para a expansão marítima e do comércio internacional, uma vez que o crescimento no volume de exportações era um dos  principais caminhos para que uma nação acumulasse ouro e prata.

Fim do mercantilismo

A democracia e o livre comércio destruíram o mercantilismo no final do século XVIII, mais precisamente após as revoluções francesa e americana que implementaram a democracia nos países.

Em 1791, o mercantilismo estava entrando em colapso, mas o livre comércio ainda não havia se desenvolvido. 

A maioria dos países ainda regulava com mão de ferro o livre comércio para aumentar o crescimento das suas reservas de metais preciosos como ouro e prata.

Entretanto, anos mais tarde, o mercantilismo foi perdendo força ao compasso que governos democráticos avançavam por diversas partes do mundo.

Entretanto, apesar de ter perdido a sua força no passado, o mercantilismo ainda se faz presente em nosso dia a dia. 

Podemos observar o mercantilismo na prática, quando países anunciam medidas protecionistas como aquelas que restringem e taxam as operações de importação.

As políticas mercantilistas modernas incluem tarifas sobre as importações, subsídios às indústrias domésticas, desvalorização das moedas e restrições à migração de mão de obra estrangeira.

As maiores economias do mundo costumam travar disputas pelo superávit no comércio internacional através de ferramentas como a taxação excessiva de produtos e serviços estrangeiros.