O que é Marcação na Curva

Marcação na Curva é uma maneira dos investidores calcularem os ganhos em preço dos títulos de renda fixa adquiridos. 

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Essa marcação é recomendada para títulos que ficarão em carteira durante todo o prazo pré-estipulado e serão resgatados somente em seu vencimento, ou seja: para investidores que não planejam retirar o valor investido antes da data limite. 

Isso porque a Marcação na Curva não leva em consideração a oscilação dos preços que o ativo pode ter. 

Ela considera somente uma expansão linear do valor, como se ele apresentasse uma taxa igual de crescimento todos os dias, que será aplicada ao valor real até a data de vencimento. 

Por isso é chamada de Marcação na curva: segue uma linha uniforme de crescimento durante todo o período.

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Características da Marcação na Curva

Por tomar como base uma taxa de crescimento homogênea diária e prefixada, o cálculo do crescimento da Marcação na Curva envolve princípios de juros compostos.

O valor final do título é dado a partir do custo de aquisição somado à atualização por seu respectivo índice de rentabilidade e aos juros acordados.

Por isso, adotar esse regime evita que investidores se assustem em épocas menos aquecidas do mercado, uma vez que a marcação não incorpora a volatilidade deste à carteira de investimentos e, portanto, nunca apresenta rentabilidade negativa.

Entretanto, isso também faz com que suas marcações não tenham efeito real para a data atual, já que muito provavelmente o valor real do ativo será diferente do valor apresentado na marcação.

Além disso, a Marcação na Curva não é válida para todo tipo de investimento: por não possibilitar rentabilidades negativas e exigir previsibilidade, esta marcação não tolera ativos de renda variável

Um exemplo de marcação na curva é um CDB pré fixado para 4 anos, com rentabilidade de 10% ao ano. Para uma atualização diária da Marcação na Curva, são levadas em consideração as taxas de rentabilidade de 0,79% ao mês e 0,026% ao dia. 

Desvantagens da Marcação na Curva

Conforme dito anteriormente, a Marcação na Curva leva em consideração somente uma taxa homogênea de crescimento para o investimento. 

Isso pode ser tido como uma desvantagem, porque impede que o investidor acompanhe a oscilação real do valor de seu investimento, já que não considera o preço de mercado do ativo, e sim seu crescimento linear esperado. 

Desse modo nota-se que, apesar de passar maior tranquilidade para os investidores, a Marcação na Curva não cumpre totalmente com princípios de transparência, visto que nem sempre o valor que ela indica é o preço assumido pelo ativo no momento. 

Inclusive, o valor apresentado pode muitas vezes ser até mesmo menor do que o indicado para o período. Entretanto, isso não quer dizer que o investidor ficará no prejuízo. 

Este fato somente reforça que o valor investido, quando analisado pela Marcação na Curva, só deve ser retirado ao fim do período estipulado, para que não ocorra nenhum infortúnio. 

Além disso, este método de marcação pode ser prejudicial para cotistas e investidores de um fundo de investimento, pois podem acarretar em prejuízos desproporcionais.

Para evitar situações como essas, o Banco Central do Brasil definiu em 2002 que somente gestoras autorizadas com certificado especial poderiam atuar com a Marcação na Curva. 

Marcação na Curva e Marcação a Mercado

Assim como a Marcação na Curva, a Marcação no mercado tem como objetivo oferecer um registro contábil do valor dos ativos em questão. 

Entretanto, os valores apresentados na Marcação a Mercado são correspondentes aos valores reais apresentados pelo ativo naquele determinado momento, mostrando quanto o investidor ganharia ou perderia com a venda antecipada. 

Isso quer dizer que os preços apresentados estão sujeitos à flutuação de acordo com diversas variáveis da economia, e nem sempre apresentarão uma taxa crescente, diferentemente da Marcação na Curva.