Novo estudo divulgado pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) sobre o perfil do investidor brasileiro mostra que a média dos investidores é mais jovem (32 anos), sem filhos (60%) e com renda mensal de até R$5 mil (56%).

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Os dados buscam conhecer o comportamento dos mais de 2 milhões de pessoas que iniciaram sua jornada de investimentos na bolsa de valores entre abril de 2019 e abril de 2020.

Em outubro deste ano, o número de contas na B3 ultrapassou a marca de 3,2 milhões.

É possível observar um amadurecimento significativo do novo investidor da Bolsa.

Ele busca por mais informações e aprendizado e diversifica mais seus investimentos.

Os investidores individuais também têm demonstrado uma visão de longo prazo, mantendo suas posições mesmo no auge da volatilidade dos mercados.

Perfil dos brasileiros que investem na Bolsa

De acordo com os dados da pesquisa, o perfil médio da nova safra de investidores é jovem, com idade média de 32 anos, sem filhos (60%), com renda mensal de até R$5 mil (56%) e com trabalho em tempo integral (62%).

perfil do novo investidor brasileiro
Perfil médio do investidor brasileiro. Fonte: B3

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Idade

O investidor está mais jovem. Dos que ingressaram na B3 no último ano, 42% têm de 25 a 34 anos e 26% estão na faixa etária de 18 a 24 anos.

Pessoas acima de 45 anos correspondem apenas a 10% do total.

Faixa EtáriaNúmero de investidores
18 a 24 anos26%
25 a 34 anos42%
35 a 44 anos22%
45 a 54 anos7%
55 a 65 anos3%

Perfil e Renda Familiar

A maioria dos novos investidores (56%) possui renda abaixo de R$ 5 mil por mês e mora com amigos ou parentes (39%).

Renda Mensal FamiliarNúmero de investidores
Até R$ 4.99956%
De R$ 5.000 a R$ 10.00029%
De R$ 10.001 a R$ 15.0008%
De R$ 15.001 a R$ 20.0003%
Acima de R$ 20.0014%
Perfil FamiliarNúmero de investidores
Casal com filhos34%
Casal sem filhos17%
Mora sozinho10%
Mora com amigos ou parentes39%

Região

Os novos investidores se concentram nas regiões Sudeste e Sul com apenas 4% da região Norte do país.

RegiãoNúmero de investidores
Sudeste51%
Sul21%
Nordeste16%
Centro-Oeste8%
Norte4%

Sexo

Apesar da maioria (74%) ainda ser formada por homens, o crescimento das mulheres investidoras chama a atenção (26%).

O número de mulheres investindo na bolsa saltou de 179.392 em 2018 para 809.533 em 2020.

A participação feminina em relação ao total de investidores foi de 22,06% para 25,47% no período.

Mesmo com o aumento, o  percentual ainda é muito baixo quando comparado à participação de cerca de 40% das mulheres no Tesouro Direto.

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Valor do primeiro investimento

Seguindo a tendência de pesquisas anteriores, o valor do primeiro investimento entre os investidores pessoa física tem caído, mostrando que não precisa de muito dinheiro para investir.

Nos últimos dois anos, o valor do primeiro investimento caiu 58%, saindo de R$ 1.916, em outubro de 2018, para R$ 660, em outubro de 2020.

Entre os investidores mais jovens, os valores são menores ainda.

Em outubro de 2020, o valor médio do investimento inicial entre os investidores de 16 a 25 anos de idade era de R$ 225.

O ticket menor não se traduz em menor diversificação dos investimentos.

Quase metade dos investidores (46%) passou a ter posição em mais de um produto de renda variável logo após a sua chegada à B3.

Em 2016, 78% das pessoas físicas detinham somente ações. Em 2020, esse número caiu para 54%.

A maioria dos entrevistados (53%) afirma que o dinheiro aportado nos primeiros investimentos na bolsa não estava alocado em nenhum outro produto.

Tendo a aplicação inicial direcionada, principalmente, para ações, Tesouro Direto, CDB, Fundos Imobiliários (FII) e outros fundos de investimento.

Dos 43% que disseram ter realocado investimentos para a bolsa, 49% mantinham o dinheiro na Poupança.

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Volatilidade não assusta

A volatilidade da renda variável deixou de ser vista como algo ruim, que assusta o investidor.

O sobe e desce do mercado, que costumava ser associado à saída de pequenos investidores, têm impacto menor nessa nova safra.

Entre os 1.371 entrevistados pela B3, a volatilidade do mercado não é o principal fator que motivaria um resgate das aplicações.

A necessidade do dinheiro aparece como a principal causa para 64% para os resgates dos valores investidos.

Já a queda na rentabilidade dos ativos aparece como o motivo para sacar o valor para apenas 28% dos entrevistados.

Com esses dados é possível concluir que a maioria dos investidores entende que a volatilidade é algo natural da renda variável, o que mostra uma mudança de mentalidade entre os jovens brasileiros.

motivos para resgatar o investimento
Fonte: B3

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O papel da internet e dos influenciadores

O investidor está muito mais seguro e confiante sobre os seus investimentos desde a primeira aplicação.

Quando perguntados sobre o sentimento ao investir, a maioria disse estar entusiasmado e seguro.

Apenas 7% disse ter se sentido preocupado e 5% desconfiado.

sentimento ao investir
Fonte: B3

Parte dessa educação e confiança se deve à democratização do acesso à informação.

A internet é o principal meio que as informações chegam aos novos investidores, seguida do YouTube e canais de influenciadores.

Informação sobre investimentos
Fonte: B3

Ainda que 73% colham informações na internet e 60% o façam por meio de influenciadores, apenas 36% e 32%, respectivamente, afirmam tomar decisões baseadas em recomendações obtidas por esses meios.

A maioria afirma que toma decisões de investimento por conta própria, a partir de conclusões obtidas nesses meios e depois da análise de dados.

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A jornada do investidor

O número de investidores brasileiros em renda variável cresceu seis vezes na última década, saltando de 583 mil, em 2011, para 3,1 milhões em outubro de 2020.

Os avanços mais expressivos ocorreram a partir de 2017, conforme pode ser observado no gráfico abaixo:

evolução do número de investidores na B3
Fonte: B3

A queda da taxa de juros e os impactos na rentabilidade da poupança e da renda fixa estimularam a forma de o brasileiro encarar seus investimentos.

Porém, esse fator não é o único que explica o aumento da adesão à bolsa.

Para 38% dos entrevistados, o principal motivo para investir em renda variável foi aprender a lidar com outras modalidades de investimentos.

Já 33% afirma que foi a busca por produtos mais rentáveis.

Principal motivo para investir na Bolsa de Valores
Aprender e aplicar em outras modalidades38%
Busca por maior rentabilidade33%
Baixa remuneração na poupança e queda da Selic11%
Ampliar a carteira de investimentos9%
Outros motivos9%

A pesquisa mostra ainda que as ações são o produto mais conhecido pelo investidor. Em seguida, vêm a Poupança, o Tesouro Direto e os Fundos Imobiliários.

Quando olhamos onde os recursos estão alocados, o destaque são as ações (72%), seguidas pelo Tesouro Direto (42%), Fundos Imobiliários (37%) e Poupança (38%).

O novo investidor brasileiro tem uma permanência mais longa na B3 do que a observada em grupos que chegaram à bolsa em épocas anteriores.

Em 2018, por exemplo,  cerca de 25% a 30% dos investidores que entraram na Bolsa pela primeira vez zeraram suas posições após seis meses.

Em 2020, esse número cai para a faixa de 20% a 25%.

Outro dado relevante é que menos de 5% das pessoas com dinheiro investido em renda variável realizam operações de day trade (compra e venda de ações de uma mesma companhia em um único dia).

A pesquisa da B3 permitiu enxergar como se comportam as pessoas físicas que chegaram à renda variável no último ano.

Ainda que estas estejam estreando na Bolsa de Valores, chegam com mais conhecimento e com uma visão de longo prazo que não foi abalada nem mesmo após uma das maiores oscilações da história do mercado de capitais brasileiro.

Este pode ser o início de uma grande transformação na mentalidade financeira do investidor quanto às vantagens do investimento na Bolsa de Valores para a geração de renda passiva.

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