Entrar no clube dos bilionários nunca foi fácil, mas ficou ainda mais difícil depois da pandemia.
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O novo Relatório de Riqueza anual (The Wealth Report 2021), da Knight Frank mostra como a pandemia afetou as fortunas pessoais em todo o mundo. E como isso, por sua vez, afeta a alocação de investimentos e o desempenho do mercado.
O ano de 2020 foi marcado por uma forte crise de saúde global causada pelo Covid-19. Em seu rastro, veio uma crise econômica que trouxe sérios problemas para as finanças governamentais e corporativas.
O objetivo do The Wealth Report de 2021 foi avaliar como os bilionários se comportaram, onde investiram e o que farão em seguida.
Ao estudar os ricos, a Knight Frank busca entender o desempenho do mercado e dos ativos, já que esse 1% forma uma parte central da história.
Os dados do relatório destacam como a pandemia ampliou a diferença entre países ricos e pobres:
A quantidade de dinheiro necessária para entrar entre os 1% mais ricos de Mônaco é quase 400 vezes maior do que no Quênia, país com a pior classificação entre os 30 do estudo.
Ricos mais ricos, pobres mais pobres
Enquanto alguns países e territórios viram a fortuna de sua população contrair, outros experimentaram um aumento.
Globalmente, o número de bilionários cresceu 2,4% em 2020, segundo o Relatório da Riqueza 2021.
Com taxas de juros mais baixas e mais estímulo fiscal, a população dos mais ricos subiu para mais de 520.000 pessoas nos últimos 12 meses.
Só as 500 pessoas mais ricas do mundo aumentaram suas fortunas em US$ 1,9 trilhão no ano passado, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.
A lista conta com nomes de peso da tecnologia dos Estados Unidos como Elon Musk e Jeff Bezos.
Embora o aumento do número de ricos também tenha sido verificado na América do Norte e na Europa, foi na Ásia a maior alta, com crescimento de 12%.
Mas a expansão da riqueza não foi universal.
América Latina, Rússia e Oriente Médio viriam uma queda no número de mais ricos à medida que a pandemia minou as economias locais.
Dados do Banco Mundial estimam que, somente no Quênia, 2 milhões de pessoas caíram na pobreza devido à crise de covid-19.
Países com maior aumento na população de super-ricos (indivíduos com patrimônio líquido de mais de US$ 30 milhões) em 2020
China | 15% |
Suécia | 11% |
Singapura | 10% |
Arábia Saudita | 10% |
Suíça | 9% |
Japão | 9% |
Canadá | 8% |
Coréia do Sul | 6% |
Estados Unidos | 4% |
Alemanha | 3% |
Países com maior declínio na população de super-ricos (indivíduos com patrimônio líquido de mais de US$ 30 milhões) em 2020
Grécia | -33% |
Emirados Árabes | -22% |
Turquia | -20% |
Espanha | -14% |
Brasil | -12% |
Rússia | -11% |
França | -9% |
México | -5% |
Itália | -3% |
Reino Unido | -1% |
Os ganhos desproporcionais entre ricos e pobres levaram algumas nações a considerar impostos sobre a riqueza.
Mais de um terço dos consultores de pessoas ricas entrevistados para o relatório da Knight Frank citou questões tributárias como a principal preocupação dos clientes.
“Os governos gastaram muito e agora estamos em uma situação semelhante como depois da crise financeira, quando havia uma sensação crescente de: ‘Quem vai pagar por tudo isso?”, disse Liam Bailey, chefe global de pesquisa da Knight Frank.
Quanto você precisa para estar entre o 1% mais rico em cada país
Entrar no clube do 1% mais rico de cada país/ território nunca é fácil, mas é especialmente difícil se você estiver em Mônaco.
O principado possui uma população de apenas 38 mil habitantes, mas é preciso uma fortuna de quase US$ 8 milhões para se encaixar na categoria dos mais ricos.
Suíça e Estados Unidos vêm em seguida com as entradas mais elevadas, exigindo fortunas de US$ 5,1 milhões e US$ 4,4 milhões de dólares, respectivamente.
O Brasil aparece na 23º colocação.
Veja abaixo quanto (em dólar) é preciso ter para fazer parte do 1% mais rico de cada país de acordo com o Relatório de Riqueza 2021:
Onde os mais ricos vivem
Mesmo com o crescimento da riqueza na Ásia e Europa, os EUA ainda lideram em número de indivíduos ultra-ricos.
São 190.058 norte-americanos com patrimônio líquido de mais de US$ 30 milhões.
Segundo previsão, a Ásia verá o crescimento mais rápido em UHNWIs (Indivíduo com patrimônio líquido ultra-alto) nos próximos cinco anos.
Com China, Índia e Indonésia entre os países de crescimento mais elevado.
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Onde os ultra-ricos investem
O relatório da riqueza de 2021 mostra ainda onde esses bilionários investem.
Segundo os principais banqueiros privados e consultores de patrimônio, metade disse que a riqueza de seus clientes havia aumentado no ano passado.
Dos que afirmaram o aumento de patrimônio, 3 causas foram apontadas como as principais:
- Diversificação;
- Ações;
- Propriedades.
Dados da Pesquisa de Atitudes mostram que as ações representam quase um quarto das carteiras dos ultra-ricos.
Não é surpreendente que isso tenha sido um dos principais impulsionadores do crescimento da riqueza em alguns países.
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