O Magazine Luiza anunciou há pouco a aquisição da startup de delivery de comida AiQFome, com sede na cidade paranaense de Maringá.

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A plataforma já atende mais de 2 milhões consumidores em 350 cidades e deve atingir mais cerca de 150 municípios neste ano. O foco são cidades do interior, de 15 mil a 300 mil habitantes.

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Por enquanto, a empresa não opera a logística de entregas, apenas faz a ponte entre os clientes e os restaurantes. Com a aquisição do Magalu, porém, os testes para iniciar esse processo começam ainda este mês.

"O plano da AiQFome é continuar crescendo em cidades pequenas e médias. Mas com o Magalu a gente vai acelerar o plano. O Magazine Luiza também começou em cidades pequenas até chegar em São Paulo", diz Roberto Bellissimo, diretor-financeiro do Magalu.

Ele diz que vê na AiQFome uma oportunidade de garantir recorrência de compra e de avançar em operação logística.

Os motociclistas que passarão a fazer delivery para a nova plataforma podem integrar a malha da própria companhia. "Antes nossa malha era toda de caminhões, hoje é de Fiorinos", exemplifica Belissimo, mostrando como a rede pode evoluir.

Segundo o Magazine Luiza, a AiQFome recebe milhões de pedidos por ano, preparados por 17 mil restaurantes parceiros.

Em média, cada usuário faz mais de três pedidos por mês. Com cerca de 90 funcionários, a startup ainda não definiu, porém, o modelo de contratação dos motoboys para seus testes de entregas.

Das cidades em que a plataforma já opera, 70% tem lojas do Magazine Luiza.

O AiQFome será integrado ao superapp do Magalu, que nos últimos anos passou a incluir carteira digital e os e-commerces de Netshoes, Zattini e Época Cosméticos, entre outros.

De acordo com Bellissimo, o Magazine Luiza começará em breve a fazer testes com o AiQFome incluindo os serviço de entregas, enquanto amplia investimentos no negócio para atender cidades de maior porte.

“Além de ampliar a oferta de serviços do nosso marketplace, o objetivo com a compra é de que o AiQFome aumente a recorrência de uso do nosso superapp”, disse o executivo a jornalistas em transmissão pela internet.

Disputa com o Ifood?

Com a operação, o app de delivery AiQFome deverá ganhar maior escala, favorecendo-se, por exemplo, da estrutura do LuizaLabs, centro de inovação que conta com mais de 1.300 desenvolvedores.

A estratégia para aumento de escala deverá seguir o que já foi realizado com outras empresas adquiridas pelo Magazine Luiza, como a Logbee, focada em logística.

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Em 2018, quando foi comprada, a startup operava somente na cidade de São Paulo. Atualmente, está presente em diversos municípios.

O Magalu também oferecerá serviços aos restaurantes cadastrados no AiQFome, que poderão utilizar o Magalu Pagamentos, o Magalu Entregas e ao restante dos produtos do Magalu as a Service.

Atualmente, o segmento de delivery de comida é liderado por outro aplicativo bastante conhecido, o Ifood, que é uma empresa brasileira fundada em 2011.

Hoje, o Ifood atua no ramo sendo líder no setor na América Latina, com presença na Argentina, no México e na Colômbia.

Fundada como uma startup, recebeu investimentos de capital de risco, incluindo grupos de Jorge Paulo Lemann, sendo adquirida em 2014 pela Movile, mesmo ano em que ocorreu uma fusão com a RestauranteWeb, pondo o valor da nova companhia em aproximadamente um bilhão de reais.

Desde então, a empresa tem adquirido outras no setor, e em 2018, a controladora do iFood inseriu-se no ramo das fintechs, sendo o processamento dos pagamentos realizados no iFood processados pela própria Movile.

Resultado do Magazine Luiza no Segundo Trimestre de 2020

O resultado do Magazine Luiza (MGLU3) no segundo trimestre de 2020 (2t20), divulgado no dia 17 de agosto, apresentou um prejuízo líquido de R$ 64,6 milhões, versus um lucro de R$ 386,6 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda do Magazine Luiza atingiu R$ 143,7 milhões no 2t20, apresentando retração de -62,2% na comparação com o 2t19.

A margem ebitda foi de 2,6% no 2t20, uma retração de -6,2 p.p. quando comparado ao 2t19.

Já a margem líquida do Magazine Luiza atingiu -1,1% no 2t20, apresentando retração de -10,0 p.p. na comparação com o 2t19.

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) acumulam alta de 1,74% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e alta de 167,67% nos últimos 12 meses.

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Fonte: Estadão Conteúdo.