O gestor Luis Stuhlberger é o nome à frente do Fundo Verde FIC FIM, um dos principais fundos multimercado do Brasil que ao longo dos seus 24 anos de existência rendeu surpreendentes 18.601%.

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Apesar de ser muito conhecido no mercado financeiro, Stuhlberger é discreto, tímido e por muito tempo foi inseguro quanto às suas capacidades.

O engenheiro que chegou a admitir em entrevista à revista Piauí que sempre achou que não seria nada na vida se transformou no maior gestor de fundos do país.

Luis Stuhlberger é considerado um dos profissionais do mercado financeiro com uma das melhores performances.

O investidor ganhou notoriedade pela sua brilhante atuação à frente do Fundo Verde, chegando a ser chamado de “fazedor de milionários”.

O fundo já rendeu 18.601% e agora reabre por poucos dias.

Conheça a trajetória de Luis Stuhlberger, o nome por trás do sucesso do fundos multimercados do Brasil.

Quem é Luis Stuhlberger

Luis Stuhlberger é sócio e gestor da Verde Asset Management, gestora que possui R$ 50 bilhões em ativos sob gestão.

Ele é o principal gestor do fundo Verde, fundo multimercado do tipo hedge fund, composto por ações, moedas, títulos públicos e privados e derivativos.

Por meio da família de fundos Verde, Stuhlberger é um fazedor de milionários. A começar por ele mesmo.

Luis é casado com Lílian e tem 3 filhas, Diana, Renata e Beatriz.

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Vida e carreira

Luis Stuhlberger nasceu em 1955, na cidade de São Paulo. De origem judaica, seu pai e seu avô paterno vieram da Polônia, em 1929, para São Paulo.

Com um currículo acadêmico invejável, Stuhlberger se destacou como melhor aluno por onde passou.

Estudou no Colégio Bandeirantes, depois decidiu seguir os passos de seu pai, um engenheiro civil, se formando em 1977 pela Escola Politécnica da USP.

Buscando se encontrar profissionalmente, fez especialização em administração na Fundação Getúlio Vargas.

Em entrevista à revista Piauí, Stuhlberger diz que achava que “não seria nada na vida”.

A única coisa que eu tinha para oferecer, até 1979, era o meu histórico escolar. Em todo o resto, era um zero à esquerda.

Ele continua:

Naquele ano, se tivesse de escrever uma página sobre Luis Stuhlberger, diria que ele fora um dos melhores alunos do Colégio Bandeirantes, um dos melhores estudantes de engenharia da Escola Politécnica da USP, uma pessoa de boa índole, de bom caráter, um bom ser humano. Fora isso, era uma pessoa inexpressiva em todos os campos: no social, no pessoal, na liderança, nos relacionamentos. No meio que eu frequentava, se fosse apontar quem se destacaria, eu era a última pessoa para quem você olharia. Eu não era escolhido para nada. Era do grupo dos feios. A única coisa a meu favor era a inteligência em potencial…. Achava que seria um eterno fracassado, como muita gente que conheço. Gente inteligente, preparada, que fez boa escola, mas que não conseguiu construir nada.

Por influência de seu pai, que se dividia entre uma construtora, um banco e uma indústria, Luis começou a trabalhar no banco do grupo.

Foi ali que começou a sua trajetória profissional no mundo dos investimentos. Mas seu começo não foi pelo mercado de ações, mas pela área que ainda estava sendo criada na empresa, a de commodities.

Foi ali, operando no mercado futuro de café e boi na Hedging-Griffo que o atual guru do mercado brasileiro começou a se encontrar no início de 1980.

Seu primeiro grande acerto aconteceu em 1982, quando o Brasil enfrentava a crise da dívida externa, Stuhlberger decidiu desbravar o mercado de ouro.

Seu desempenho foi tamanho que chegou a ser convocado pelo Banco Central para atuar como representante da instituição junto aos operadores de ouro.

Com isso, a Hedging-Griffo ganhou notoriedade no mercado e se tornou uma das corretoras de referência no metal.

Em 1985, tornou-se diretor da corretora. Em 1992, estruturou e implementou uma área de gestão de fundos.

Em 1997 lançou o Fundo Verde, fundo de destaque e retornos expressivos.

Em 24 anos de existência, o fundo Verde original, rendeu incríveis 18.601%, mais de oito vezes a rentabilidade do CDI no período.

O único ano que teve perda foi em 2008, no auge da crise imobiliária e financeira que começou nos Estados Unidos e se espalhou para o mundo inteiro.

Depois que o Credit Suisse adquiriu 100% da Griffo, Stuhlberger e sua equipe fundaram em 2015 a Verde Asset Management.

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A criação do fundo Verde

No início da década de 90, uma nova oportunidade surgia no mercado de fundos de investimentos, os fundos de hedge.

Luis Stuhlberger assumiu o setor e somente depois de 5 anos de experiência nos fundos da Hedging-Griffo decidiu criar o seu próprio fundo.

Com R$ 1 milhão de patrimônio, sendo R$ 500 mil vindos de um programa de incentivo à gestoras da BM&F e R$ 500 mil levantados junto a alguns clientes, nasceu em 2 de janeiro de 1997 o Fundo Verde.

O nome Verde foi inspirado nas commodities, área em que começou a carreira, na cor do dólar e na do Palmeiras, seu time de coração.

O investimento mínimo era de R$ 5 mil e o capital era investido em ações, moedas estrangeiras, juros e outros diversos tipos de contratos futuros.

Ou seja, era um fundo multimercado desde o início.

Primeiro grande acerto

Os primeiros grandes lucros do fundo viriam ainda em 1997, durante a crise da Ásia.

Enquanto a maior parte do mercado apostava na estabilização da economia brasileira, Stuhlberger apostou que os juros subiriam.

Não só subiram, como mais do que dobraram naquele ano. Com isso, o Fundo Verde fechou o primeiro ano com 29% de ganho.

Alta do dólar em 1999

Outro grande acerto de Stuhlberger no fundo Verde que entrou para história ocorreu na virada de 1998 para 1999.

Antes de viajar para Foz do Iguaçu e para Buenos Aires com as filhas, angustiado com a situação da economia, ele resolveu fazer um enorme investimento em dólar para proteger o patrimônio do Verde.

Achava que a paridade entre real e dólar não tinha mais como se sustentar.

Enquanto visitava as cataratas do Rio Iguaçu, em 13 de janeiro de 1999, foi informado que o ex-presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Franco, caíra.

O dólar saiu de R$ 1,20 para R$ 2 em um mês.

Stuhlberger ainda orientou que o fundo comprasse ações de empresas exportadoras, já que estas passariam a exportar mais com o real desvalorizado e teriam alta em seus papéis.

Em 1999, o Fundo de investimento Verde fechou com rentabilidade de 135%.

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Eleição de Luiz Inácio Lula da Silva

Ano de eleição geralmente costuma gerar turbulência no mercado financeiro, mas no início de 2002, final do governo Fernando Henrique Cardoso, a situação era tranquila.

As primeiras previsões apontavam a vitória de José Serra, que sucederia o presidente de seu partido.

Mesmo assim, Stuhlberger resolveu proteger o patrimônio do Verde, caso a volatilidade aumentasse e investiu em juros e câmbio.

As chances de Lula ganhar, que até abril eram mínimas, mudaram em junho, causando um alvoroço no mercado financeiro.

O dólar chegou a quatro reais, a bolsa caiu e o verde ganhou 48% naquele ano.

Além da cautela das proteções feitas pelo gestor no início de 2002, ao longo de 2003 ele teve a “audácia” de apostar em um governo que a maioria via desconfiança.

Depois de um encontro com Aloizio Mercadante, um dos fundadores do PT, Stuhlberger decidiu que era a hora de comprar ações, ao contrário da maioria que apostava na crise.

A bolsa subiu 100% no primeiro ano do governo petista e o Verde fez muito dinheiro com os papéis comprados na baixa.

Crise de 2008

É impossível acertar sempre e o erro de Stuhlberger foi durante a crise de 2008, quando o fundo encerrou o ano com o primeiro e até então único prejuízo de sua história.

Quando a crise imobiliária e bancária estourou nos Estados Unidos, o Verde teve bom rendimento com a posição que apostava na alta do dólar.

Porém, com a injeção de liquidez que estava sendo feita pelos bancos centrais, Stuhlberger se convenceu que era a hora de investir em ações.

O problema foi que a bolsa demorou a valorizar e o fundo fechou com perda de -6,4%.

Para compensar a dor de 2008, em 2009 o Verde fechou o ano com 50,37% de rentabilidade.

Fundação da Verde Asset Management

Em 2006 a Hedging-Griffo foi vendida ao Credit Suisse por R$ 635 milhões.

Com a venda, Stuhlberger montou uma nova gestora, a Verde Asset Management, da qual é controlador e o Credit Suisse acionista minoritário.

A nova empresa administra o fundo Verde original, outros multimercados e fundos de ações.

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Estratégia de investimento de Luis Stuhlberger

O gestor Luis Stuhlberger não tem medo de arriscar, desde que seja pouco, para aproveitar as oportunidades de fazer grandes negócios.

Em entrevista à Folha de São Paulo, ele diz que seu estilo de operar é arbitrar imperfeições e buscar opções que tenham um alto potencial de retorno, com baixo risco.

Opções que você tenha muito pouco a perder e muito a ganhar. Muitas vezes, perde-se muito pouco por muito tempo. Isso não importa. Os valores são pequenos e, de repente, se você consegue acertar, o ganho compensa as perdas.

Stuhlberger é um contrarian investor. Ele não segue a manada e diz que “apostar contra o consenso, em geral, é barato.”

Em sua entrevista à revista Piauí, ele comenta sobre um de seus investimentos acertados:

Eu apanhei do Brasil inteiro. Era o único que achava que a inflação ia subir. Perdi dinheiro durante meses, mas quando a inflação subiu, no começo deste ano, os papéis capturaram a alta do índice e o fundo teve um ganho significativo.

No livro “Fora da Curva - Os Segredos dos Grandes Investidores do Brasil e o que Você Pode Aprender com Eles”, algumas passagens de Stuhlberger mostram ainda outras características essenciais para um investidor de sucesso como:

  • Paciência;
  • Disciplina;
  • Perfil analítico;
  • Aversão à tomada de riscos desnecessários.

Todas as minhas decisões são bem embasadas. Acho que meu negócio dá certo porque sou o gestor mais covarde que existe. Morro de medo de perder o dinheiro dos outros. E o meu também.

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Conclusão

Luis Stuhlberger é um grande nome do mercado brasileiro. Seu sucesso está ligado aos resultados alcançados por ele à frente do Fundo Verde.

Desde sua criação, o fundo obteve uma rentabilidade de +18.601%. 

Poucas vezes se viu um gestor alcançar um resultado tão impressionante quanto esse no Brasil.

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