Fruto da carência de prestadores privados de qualidade, Jorge Moll Filho criou a maior rede independente de hospitais do Brasil, tornando- se um dos homens mais ricos do país.

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Atualmente a Rede D’Or São Luiz (RDOR3) conta com 51 unidades próprias e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos por diferentes estados.

Jorge Moll Filho é mais um bilionário proveniente do mercado brasileiro de saúde que conta como principais nomes o de Edson de Godoy Bueno, fundador da operadora de planos de saúde Amil e sua família.

Aos 75 anos, o fundador da rede de hospitais D’Or está prestes a ocupar o posto número 1 da lista.

A Rede D’Or (RDOR3) realizou abertura de capital com a terceira maior Oferta Pública Inicial de ações (IPO) da história da Bolsa Brasileira (B3).

Com isso, a fortuna de Jorge Moll Filho deve passar de R$ 40 bilhões.

Moll e sua família ficariam atrás apenas do falecido Joseph Safra e de Jorge Paulo Lemann como os mais ricos do país.

Conheça mais da trajetória do cardiologista empresário e da criação da maior rede de hospitais privados do Brasil.

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Quem é Jorge Moll Filho

Jorge Moll Filho é cardiologista, empresário, fundador e presidente do conselho de administração da Rede D'Or, maior rede de hospitais privados do país.

Foi pioneiro em perceber a oportunidade de negócio lucrativa que a falta de hospitais de alto padrão no Brasil oferecia.

Moll começou com um laboratório de imagem para diagnóstico de saúde em 1977.

Foi só no final da década de 1990 que fez seus primeiros hospitais de saúde de alto padrão.

Atualmente a Rede D'Or possui mais de 50 hospitais, além de clínicas oncológicas e de análise.

De acordo com o ranking de bilionários da Forbes, Jorge Moll é a 1063ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada de US$ 2,1 bilhões.

Porém, após o sucesso do IPO da companhia, da qual possui 59% de participação, deve ver seu patrimônio saltar, se tornando um dos brasileiros mais ricos.

Vida e carreira

Jorge Neval Moll Filho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1945. Formou-se em medicina e se especializou em cardiologia.

Sua trajetória como médico-empreendedor teve início em 1977, quando, aos 32 anos, inaugurou o Grupo Labs.

A primeira unidade, Cardiolab, atuava na área de diagnósticos médicos, como ultrassonografias e ecocardiografias.

Em 1994, convenceu o empresário Jacob Barata a transformar seu hotel quatro estrelas, Copa D’Or, em um hospital.

Em 2010, Moll Filho vendeu o Grupo Labs para o Grupo Fleury (FLRY3), e passou a apostar nos hospitais privados, acelerando a formação de seu império.

Além do capital levantado com a venda do laboratório, o crescimento da Rede D’Or contou com recursos de investidores como BTG Pactual (BPAC11), da gestora de recursos Carlyle e o fundo soberano de Cingapura (GIC).

Hoje, a Rede D’Or se tornou o maior grupo de hospitais privados independentes do Brasil com 51 unidades próprias e 32 projetos em desenvolvimento.

Segundo Moll, há espaço para mais. A meta da companhia é dobrar de tamanho em cinco anos, conforme o que foi apresentado a investidores no roadshow, reunião de apresentação antes do IPO.

Segundo dados apresentados, as cinco maiores operadoras hospitalares independentes do Brasil respondem por menos de 3,5% do total de leitos operacionais.

Apenas 22% da população (47 milhões de pessoas) têm acesso a planos privados de saúde, segundo dados da ANS- Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Com 75 anos, Jorge Moll Filho é pai de cinco filhos: Jorge, Renata, André, Pedro e Paulo.

Os três mais velhos são também médicos e trabalham na empresa. Já os dois mais novos cuidam da gestão da companhia.

Pedro é administrador de empresas e faz parte do conselho de administração, enquanto o caçula Paulo, é economista e assumiu a presidência do grupo no início do ano.

Aos 39 anos, Paulo Moll substituiu Heráclito Brito, que estava no posto desde 2013, quando Jorge Moll Filho deixou a presidência executiva e passou a comandar o conselho de administração.

Para a troca, o filho mais novo passou por um processo preparatório por cerca de quatro anos.

Como Jorge Moll Filho ficou rico

Jorge Moll Filho construiu seu império no ramo hospitalar após perceber a carência do serviço privado de alto padrão.

O cardiologista fez seu primeiro investimento fundando o Grupo Labs em 1977, junto com sua mulher, Alice.

No mesmo ano inaugurou sua primeira unidade, a Cardiolab, em Botafogo, no Rio de Janeiro, que trabalhava com ultrassonografias e ecocardiografias.

O empreendimento era visto como algo de longo prazo, uma vez que atuava em uma frente relativamente nova no Brasil.

O negócio expandiu durante toda década de 80 com abertura de novas unidades e implantação do conceito de “todos os exames em um só local”.

Porém foi só no final dos anos 90 que realmente investiu na área hospitalar.

A ideia de abrir um hospital surgiu da constatação de que os moradores da zona sul carioca estavam mal atendidos.

Na época havia poucos bons hospitais particulares no Rio de Janeiro. Os que existiam, tinham menos de 100 leitos.

Isso obrigava parte dos pacientes a se deslocarem para São Paulo em busca de atendimento no Hospital Albert Einstein.

Objetivado a implantar o mesmo conceito de sucesso da Clínica Mayo, de Minnesota, uma das primeiras apostas de Moll foi transformar o luxuoso hotel Copa D’Or, no bairro de Copacabana, em um hospital.

Enquanto buscava as licenças para o Copa D’Or, foi convidado a se tornar cotista de um hospital em construção na Barra da Tijuca, o futuro Barra D’Or.

Em 1998 o primeiro hospital da Rede D’Or foi inaugurado e Jorge logo compraria a participação dos outros médicos.

Em 2000 inaugurou o Copa D’Or. Era o início de um novo conceito de arquitetura, hotelaria hospitalar e alta tecnologia em serviços médicos.

Os primeiros hospitais tinham chef de cozinha, cabeleireiro e manicure.

O momento econômico também favoreceu o sucesso da Rede D’Or. Era o início de um ciclo de expansão para o mercado de saúde privada no país.

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Início da Rede D’Or

De certa forma a Rede D’Or e sua unidade conceito, o Copa D’Or, nasceram de uma tragédia.

Em 1994, Jorge Moll Filho, com então 49 anos, controlava com sucesso o grupo de clínicas de diagnóstico Cardiolab e já tinha dinheiro suficiente para se aposentar.

Só que ainda precisava quitar uma dívida de um empréstimo que tinha com o imigrante português Gaspar D’Orey para a expansão da Cardiolab.

D’Orey era dono de um hotel quatro estrelas no bairro de Copacabana, o Copa D’Or, mas estava doente e queria voltar para Portugal.

O português deixou o hotel para o amigo e sócio Jacob Barata e parte da dívida assumida por Moll.

Era um dos filhos de Barata, Daniel, que se encontrava mensalmente com Moll para receber o pagamento da dívida.

Nessas conversas, o cardiologista convenceu Daniel de que transformar o hotel Copa D’Or em hospital seria um bom negócio.

A ideia entusiasmou Daniel, mas não seu pai.  O “Rei do Ônibus”, como Jacob é conhecido, disse que seu negócio era transportar pessoas em ônibus, não em ambulâncias.

A ideia foi deixada de lado até que Daniel foi sequestrado e assassinado em janeiro de 1995.

A tragédia fez com que o empresário mudasse de ideia e investisse no desejo do filho de levar adiante a sociedade com Moll.

No ano de 2000 nasce o hospital Copa D’Or com seu modelo inédito para a região.

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Expansão da Rede

A Rede D’Or São Luiz aproveitou um momento único do mercado de saúde brasileiro, já que até 2015 o mercado de hospitais privados no Brasil era fechado para investidores estrangeiros.

Dependendo do momento de cada empresa, isso podia ser bom ou ruim.

Quem queria vender o negócio para estrangeiros ou abrir o capital na bolsa não podia. Mas para queria crescer, a concorrência era pouca.

Em 2010, Moll vendeu a subsidiária Labs para o grupo Fleury por mais de US$ 750 milhões e usou o dinheiro para adquirir mais unidades.

Na época, a Rede D’Or já era o maior grupo de hospitais independentes do país, com 13 unidades.

A expansão do grupo atraiu o banco de investimento BTG, que comprou debêntures conversíveis em ações para se tornar sócio do negócio.

Com a injeção de dinheiro, deixou definitivamente a concorrência para trás. Inaugurou mais três hospitais no Rio e comprou outros 11 pelo Brasil.

A Rede D’Or soube aproveitar muito bem a era do mercado fechado.

Quando o governo derrubou a barreira aos estrangeiros no mercado de hospitais, o império já estava montado.

Com as novas regras capitalizou-se ainda mais.

Em 2015, o grupo de Jorge Moll Filho passou a ter o fundo americano Carlyle como investidor em uma transação que rendeu R$ 1,8 bilhão.

Depois foi a vez do fundo soberano de Cingapura GIC pagar R$ 2,4 bilhões por outra parte do negócio.

Hoje, o controle da empresa é dividido em 57,4% da família Moll, 25,9% do GIC, 11,9% do Carlyle e o restante de sócios minoritários.

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Rede D’Or atualmente

A companhia fundada por Jorge Moll Filho hoje é a maior rede independente de hospitais privados do Brasil.

São com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos de hospitais em desenvolvimento, licenciamento ou construção, distribuídos nos estados:

  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo;
  • Pernambuco;
  • Bahia;
  • Sergipe;
  • Maranhão;
  • Paraná;
  • Ceará;
  • Distrito Federal.

A Rede D’or também opera no segmento de clínicas oncológicas. Atualmente conta com 39 unidades localizadas ao longo do território nacional.

Além de se dedicar à operação de laboratórios de análises clínicas e de imagem e unidades de diálise. São 11 laboratórios e 53 unidades de diálise.

O grupo  também investe em inovação e pesquisa clínica, por meio do IDOR – Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, fundado em 2010.

Ao longo de sua trajetória, a companhia se tornou referência no setor de saúde brasileiro com foco no atendimento humanizado, qualificação da equipe, adoção de novas tecnologias e expansão do atendimento.

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IPO da Rede D’Or

A companhia realizou abertura de capital neste dia 10 de dezembro de 2020 com a terceira maior Oferta Pública Inicial de ações (IPO) da história da Bolsa Brasileira, levantando R$ 11,39 bilhões.

No IPO, a rede criada do zero pelo cardiologista Jorge Moll Filho, foi avaliada em R$ 115 bi e estreou como 10ª maior empresa da B3.

Ela chega valendo mais que o dobro das demais do setor na bolsa, Hapvida (HAPV3) e Notre Dame Intermédica (GNDI3).

No dia da estreia as ações da Rede D’Or dispararam e chegaram a subir quase 14% na máxima.

Dos estrangeiros, entraram na companhia a americana Capital Group, além do fundo do investidor George Soros.

Dessa forma, o caixa da companhia receberá uma injeção de R$ 8,44 bilhões que deve ser usado para a construção de novos hospitais, expansão de unidades existentes, além do desenvolvimento de novas linhas de negócios.

Com o IPO, a família Moll torna-se uma das mais ricas do país.

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