John Rockefeller é fundador da primeira grande empresa de petróleo e também o primeiro a possuir uma fortuna na casa do bilhão de dólares. Se ajustada para os dias atuais, ele se torna o homem mais rico da história.

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Rockefeller revolucionou a indústria do petróleo ao fundar a Standard Oil Company em 1870.

Foi por meio dela que Rockefeller construiu um império partindo do zero.

Quando John faleceu, em 1937, sua fortuna foi avaliada em US$ 1,4 bilhão. O que, na época, representava 1,8% do PIB dos Estados Unidos.

Ajustando este valor para os dias atuais, Rockefeller seria dono de uma fortuna estimada em US$ 418 bilhões, valor que o colocaria como a pessoa mais rica da história.

John Rockefeller combinou, durante toda a sua vida, duas atitudes opostas. A filantropia e os cartéis.

Conheça a história do homem que dominou o mercado de petróleo nos Estados Unidos por quase meio século.

Quem foi John D. Rockefeller

John Davison Rockefeller (1839 -1937) foi um empresário e filantropo americano.

Fundador da primeira grande petroleira da história, a Standard Oil, Rockefeller revolucionou a indústria do petróleo ao comandar a empresa agressivamente até sua aposentadoria oficial.

Como a importância do querosene e da gasolina para a época, Rockefeller se tornou o primeiro americano a ter mais de um bilhão de dólares.

No ano de sua morte, 1937, sua fortuna foi avaliada em US$ 1,4 bilhão, o equivalente a 1,8% do PIB dos Estados Unidos na época.

Ajustando para valores atuais do PIB americano, ele se tornaria a pessoa mais rica da história moderna com um patrimônio de US$ 418 bilhões.

Nome Completo: John Davison Rockefeller

Data de Nascimento: 08/07/1839

Data de Falecimento: 23/05/1937

Nacionalidade: Norte-americano

Fortuna: US$ 1,4 bilhão

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Vida e carreira

John Davison Rockefeller nasceu dia 08 de julho de 1839, em Richford, Nova Iorque, o segundo de seis filhos de William Avery Rockefeller e Eliza Davison.

O pai do homem que viria a ser o primeiro bilionário do mundo era um vigarista que viajava pelo país vendendo poções que ele dizia servir para fins medicinais. 

Sua mãe, Eliza, era dona de casa e batista dedicada. Esforçou-se para manter a estabilidade em casa, já que seu marido pouco voltava para visitar a família.

Desde pequeno Rockefeller ajudava no trabalho doméstico e vendia doces para ajudar sua família.

Mesmo seu pai não sendo presente, lhe ensinou a ser “mais esperto que os outros”. Grande Bill, como era chamado, disse enganar seus filhos sempre que podia para “afiá‐los".

O jovem Rockefeller sempre foi uma criança bem comportada, séria, estudiosa, profundo amante da música e com excelente aptidão para os números e para a contabilidade.

Ainda pequeno, sua família mudou-se para Morávia, Nova Iorque e depois para Strongsville, subúrbio de Cleveland.

Rockefeller cursou contabilidade e com dezesseis anos, conseguiu seu primeiro emprego como assistente de escritório na pequena firma chamada Hewitt & Tuttle.

Naquela época já era adepto da filantropia, doando 6% do que ganhava à caridade, aumentando para 10% aos vinte anos.

Rapidamente tornou-se um homem de negócios.

Em 1859, com US$ 4 mil de capital, abriu um atacado de alimentos em sociedade com seu colega Maurice B. Clark.

Em 1863, John entrou para o ramo do petróleo junto com seu irmão e outros sócios, ao construir a refinaria Clark & Rockefeller.

O grupo se aproveitou de um momento estratégico onde o óleo de baleia, usado como combustível na época, se tornara muito caro, o que abriu espaço para a exploração de novas fontes de energia.

Com o fim da guerra civil americana, em 1865, o petróleo despontou como um recurso vital e Rockefeller já estava bem posicionado para tirar vantagem.

O empresário soube aproveitar as oportunidades da expansão da economia norte-americana rumo ao Oeste.

Por meio de empréstimos e reinvestindo os lucros na empresa, Rockefeller se tornou proprietário da maior refinaria de petróleo do mundo.

Em 1870, fundou a Standard Oil, em 1872, criou a National Refiner´s Association englobando 21 das 26 refinarias independentes de Cleveland.

Suas práticas na gestão da companhia a colocaram rapidamente no topo dos mercados de petróleo e querosene.

John fez um acordo especial com as companhias de estradas de ferro, que lhe permitiu transportar seu petróleo a menor preço do que o de seus concorrentes.

Foi impiedoso com a concorrência. Ou adquiria a empresa por bem ou, caso não aceitassem sua proposta, buscava meios de falir seu adversário. Comprando posteriormente em leilões, por um preço menor.

Na década de 1870, a companhia de Rockefeller refinava 90% do petróleo dos Estados Unidos.

O grupo é considerado um dos primeiros e principais casos de cartel da história.

Somente em 1911, o governo dos EUA remodelou suas leis contra cartéis, obrigando a Standard a se dividir em uma série de empresas para continuar existindo.

Rockefeller chegou a expandir seus negócios para exploração e transporte de minério de ferro, entrando em colisão com outro magnata: Andrew Carnegie.

Nos últimos 40 anos de sua vida Rockefeller passou como aposentado e se dedicando à filantropia.

Em 1913, criou a Fundação Rockefeller, até hoje uma das maiores e mais importantes instituições filantrópicas do mundo.

Financiou diversos projetos em educação, saúde e artes. Fundou a Universidade de Chicago e a Universidade Rockefeller

John casou-se em 1864 com Laura Celestia "Cettie" Spelman Rockefeller e tiveram quatro filhas e um filho, John D. Rockefeller, Jr.

John Rockefeller morreu em 23 de maio de 1937, meses antes de seu 98º aniversário.

Standard Oil

Em 1870, John D. Rockefeller e seu irmão William Rockefeller fundaram a Standard Oil Company, empresa que nos anos seguintes se tornaria a maior refinaria e transportadora de petróleo dos Estados Unidos.

Para aumentar a participação de sua empresa no mercado, Rockefeller passou a adotar práticas agressivas.

Em uma tentativa de criar um cartel para controlar as taxas de frete, formou a Companhia de Melhoramento do Sul, junto com outros produtores de petróleo.

Com isso, conseguiu um tratamento especial como um carregador de altos volumes, que incluía um desconto de até 50% para as empresas associadas.

Esse novo negócio desencadeou uma série de protestos dos proprietários independentes de petróleo, incluindo boicotes e vandalismo.

Quando descobriram o envolvimento da Standard Oil na ferrovia, o empreendedor recuou, porém, logo continuaria seu esforço para expandir a sua companhia.

Continuou comprando refinarias concorrentes, melhorando a eficiência de suas operações, pressionando por descontos nos embarques de petróleo e fazendo acordos secretos.

Rockefeller fazia ofertas aos seus concorrentes. Caso se recusassem a vender, levava‐os à falência e em seguida comprava a indústria mais barata nos leilões.

Em menos de quatro meses, a Standard Oil adquiriu 22 dos seus 26 concorrentes.

A empresa crescia incorporando rivais e diversificando os negócios.

No fim da década de 1870 a companhia já era responsável por 90% do petróleo refinado e comercializado nos Estados Unidos.

As práticas de negócios da Standard Oil criaram polêmica e a empresa foi atacada por jornalistas e políticos ao longo de sua existência.

Em 1880, o jornal estadunidense New York World, classificou a Standard Oil com o "monopólio mais cruel, insolente, impiedoso e ganancioso que havia se firmado em um país".

Em 1882, os advogados de Rockefeller criaram uma forma de centralizar o controle de várias empresas, nascia a Standard Oil Trust.

Um truste é a fusão de várias empresas que formavam um monopólio sobre o ramo, controlando preços e impedindo o desenvolvimento de qualquer tipo de concorrência.

Nove pessoas, incluindo Rockefeller, comandavam 41 companhias.

A Standard Oil parecia invencível e tinha se tornado o maior, mais rico e mais temido negócio do mundo.

Nos Estados Unidos, o império de Rockefeller incluía 20 mil poços domésticos, 4 mil quilômetros de gasodutos, 5 mil vagões-tanque e mais de cem mil funcionários.

Chegou a refinar 90% do petróleo mundial, mas caiu para cerca de 80% até o fim do século com as novas descobertas na Rússia e na Ásia.

Rockefeller e seu filho continuaram a se consolidar sobre o petróleo.

Até que em 1911, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que a Standard Oil Company violava o Ato antitruste Sherman, lei que regulava a competição entre empresas e diversas atividades comerciais.

A companhia foi obrigada a se desmembrar em 34 novas empresas na tentativa de reduzir o poderio econômico e influência de seu cartel no mundo e, principalmente, nos Estados Unidos.

Desde então, essas subsidiárias passaram por inúmeras fusões e incorporações, se desmembrando ou criando novas companhias em vários países.

Dando origem a marcas mundialmente conhecidas como Exxonmobil, Saudi Aramco, BP, Continental Oil, Chevron, entre outras.

Se somadas hoje, as receitas de todas essas empresas, oriundas da cisão da Standard Oil, ultrapassam a barreira de US$ 2 trilhões de dólares em vendas anuais

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Família Rockefeller

A Família Rockefeller tem seu nome marcado na história industrial, política e bancária, tornando- se uma das famílias mais ricas e influentes dos Estados Unidos.

A história de riqueza da família Rockefeller começou no final do século XIX, com os irmãos William e John Davison Rockefeller fundando a poderosa petrolífera Standard Oil.

John Davison Rockefeller é o grande personagem na história dos Rockefellers.

Com apenas vinte anos de idade, o magnata dos negócios já havia fundado a sua primeira empresa.

Aos vinte e quatro, comprou a primeira refinaria de óleo da cidade, e aos trinta fundou a Standard Oil Company, que por muitos anos deteve o monopólio do petróleo americano. 

Foi assim que a dinastia Rockefeller começou.

Ao longo dos anos, a família usou de suas grandes fortunas para se manter influente no cenário político e econômico dos Estados Unidos.

Atualmente, mais de 200 pessoas reúnem um patrimônio coletivo de cerca de US$ 10 bilhões, segundo a lista da revista Forbes.

Sucessores de John Rockefeller

Em 29 de janeiro de 1874, nasceu John Rockefeller Jr, filho do Sênior John D. Rockefeller.

Criado em Cleveland ao lado de suas três irmãs, John Jr não se incomodou com a vasta riqueza de seu pai. 

Depois de se formar na Brown University, ele trabalhou na sede da Standard Oil, mas deixou o mundo dos negócios para trás para se concentrar exclusivamente na filantropia.

Além de fazer contribuições incrivelmente generosas para várias causas, talvez a marca mais profunda de John Jr. no mundo veio através do trabalho de seus filhos.

Enquanto Abby Rockefeller buscava trabalhos de caridade fora dos holofotes públicos, seus cinco irmãos conquistaram uma reputação própria, nas esferas de negócios, política e filantropia.

O mais velho dos irmãos, João III, dedicou sua vida às relações exteriores e à filantropia. 

Inspirado por uma viagem ao redor do mundo desenvolveu um profundo interesse pela Ásia que resultou na criação da Sociedade da Ásia e do Conselho de Assuntos Econômicos e Culturais. 

Também foi responsável pelo Population Council, a primeira organização a trazer questões de superpopulação e pelo Lincoln Center, um dos principais centros de artes cênicas do mundo. 

João III também fundou e apoiou várias ONGs antes de sua morte prematura em um acidente de carro em 1978.

Nelson talvez foi o perfil mais importante dos irmãos. Depois de uma passagem pelo Chase Manhattan Bank, ele liderou o desenvolvimento do Rockefeller Center e entrou para a política.

Foi governador de Nova York por quatro mandatos entre 1953 e 1973 e atuou como vice-presidente dos Estados Unidos durante o mandato de Gerald Ford entre 1974 e 1977.

Laurance também teve um grande impacto, mas via Wall Street, como pioneiro no campo de capital de risco. 

Winthrop foi o outro irmão que entrou para a política e ficou famoso pela profunda mudança cultural e econômica que impulsionou no estado de Arkansas enquanto era governador entre 1967 e 1971.

Ele introduziu o primeiro salário mínimo do estado e a lei de liberdade de informação, e legislação de seguros mais rígida, para citar apenas alguns exemplos.

O irmão mais novo, David, foi um importante banqueiro que atuou como presidente e executivo-chefe do Chase Manhattan Corporation.

David morreu aos 101 anos, com um patrimônio líquido de US $ 3,3 bilhões.

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Fortuna da família Rockefeller

A Família Rockefeller tem seu nome espalhado em diversos pontos de Nova York e Cleveland.

As doações de John D. Rockefeller Sênior levou a formação da Universidade de Chicago, a Universidade Rockefeller e a Universidade Central das Filipinas, nas Filipinas.

A família também esteve fortemente envolvida em vários projetos de construção imobiliária nos Estados Unidos durante o século XX.

O principal é o Rockefeller Center, um complexo comercial construído no início da Grande Depressão e atualmente um dos maiores pontos turísticos de Nova York.

Grande parte da riqueza está no family office que atende à família Rockefeller desde 1882.

Livros de John D. Rockefeller

A trajetória do magnata John D. Rockefeller e sua família serviu de inspiração para diversos livros.

Titan: The Life of John D. Rockefeller, Sr.

Biografia de John D. Rockefeller, o livro de Ron Chernow tem como base os documentos privados de Rockefeller, revelando os dois lados do magnata do petróleo.

The Biography of John D. Rockefeller: America’s Most Notorious Oil Titan and Robber Baron

Escrito por Robert Milton, o livro conta a história da vida e carreira do menino de família humilde que perseguiu grandes ambições em sua vida e se tornou a pessoa mais rica de toda a história.

Os Magnatas

Charles R. Morris conceituado escritor e jornalista reúne a biografia de quatro grandes personalidades: Andrew Carnegie (1835-1919), John D. Rockefeller (1839-1937), Jay Gould (1836-1892) e J. P. Morgan (1837-1913) para esclarecer como eles conseguiram transformar os Estados Unidos no país mais rico, criativo e produtivo do mundo.

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