No 3T23, os dividendos globais registraram uma queda de -0,9%, totalizando US$ 421,9 bilhões, conforme revelado na 40ª edição do Índice Global de Dividendos pela gestora Janus Henderson.

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Apesar disso, ao considerar elementos como flutuações cambiais e dividendos especiais, os pagamentos efetivos aumentaram 0,3%.

O relatório aponta para o desempenho mais fraco nos setores petrolífero e mineiro como principal causa da taxa de crescimento subjacente mais lenta, notando os cortes de dividendos da Petrobras (PETR4) e da mineradora australiana BHP.

Destacando-se como o maior corte de dividendos pelo segundo trimestre consecutivo, a Petrobras reduziu seus pagamentos em US$ 9,6 bilhões em relação ao ano anterior.

Excluindo as grandes empresas desses setores, o crescimento subjacente global atingiu um respeitável 5,3% no terceiro trimestre.

Embora os cortes tenham sido notados, o setor bancário apresentou dividendos robustos na maior parte do mundo, enquanto outros setores, como serviços públicos e fabricantes de veículos, testemunharam aumentos significativos nos pagamentos.

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Acompanhe até o final para descobrir quem se destacou como a maior pagadora de dividendos do mundo durante o terceiro trimestre de 2023.

Resiliência dos Bancos no Pagamento de Dividendos

Os bancos em todo o mundo estão colhendo os frutos do aumento das margens de juros líquidas, impulsionadas por taxas de juros dos bancos centrais que subiram acentuadamente.

Os dividendos bancários registraram um crescimento de 9,3% em sua base subjacente, resultando em um adicional de US$ 5,8 bilhões, alcançando US$ 68,9 bilhões distribuídos aos acionistas.

Na Holanda, três quartos desse crescimento são atribuídos ao Banco ING, que dobrou seu pagamento em relação ao ano anterior.

Apesar de ter uma política de dividendos rigorosa e ter implementado um pequeno corte em seu dividendo final para 2022, pago no segundo trimestre de 2023, o banco pôde aumentar consideravelmente seu pagamento intermediário, impulsionado pela sólida receita de juros.

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Maiores Pagadoras de Dividendos do Mundo

Descubra as empresas que dominaram o ranking mundial de distribuição de dividendos no 3T23:

PosiçãoEmpresa
Banco de Construção Popular da China
PetroChina
China Mobile
BHP Group Limited
Microsoft Corporation
Evergreen Marine Corporation
CNOOC Limited
MediaTek
Apple
10ºGlencore

O Banco de Construção Popular da China consolidou sua posição como o principal distribuidor de dividendos do mundo, respaldado por seu histórico como líder na distribuição de dividendos na China.

No entanto, no terceiro trimestre, o banco, juntamente com a maioria das instituições bancárias chinesas, implementou um pequeno corte nos dividendos, em contraste com a tendência global de aumentar os pagamentos aos acionistas.

Os números revelam que as 10 empresas de destaque no cenário global de distribuição de dividendos alcançaram um total notável de US$ 57,1 bilhões em pagamentos aos acionistas, marcando um leve recuo de -0,7% em relação ao segundo trimestre de 2023.

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Corte de Dividendos da Petrobras

Os dividendos no Brasil recuaram -67,1% em uma base subjacente, devido a um drástico corte realizado pela Petrobras (PETR4), a gigante do setor petrolífero.

A redução de US$ 9,6 bilhões anuais representa o maior corte de dividendos pelo segundo trimestre consecutivo em todo o mundo.

A queda impactou significativamente, diminuindo em mais de -2,5 pontos percentuais a taxa de crescimento global no terceiro trimestre.

Além disso, outro corte substancial pela mineradora Vale (VALE3) agravou ainda mais o declínio nos pagamentos no Brasil, superando os aumentos saudáveis observados em bancos como o Banco Bradesco (BBDC4).

Desempenho por Região

O relatório da gestora Janus Henderson apontou características distintas nos pagamentos de dividendos por região durante o 3T23.

Nos mercados emergentes, o crescimento dos dividendos na Índia atingiu 10,1% em base subjacente, refletindo um fortalecimento notável em vários setores e empresas.

Na América Latina, o terceiro trimestre se destaca como um momento crucial para China, Brasil e Índia em relação aos dividendos declarados sobre os lucros de 2022. Enquanto a China experimenta seu pico sazonal.

Por outro lado, na Europa (excluindo o Reino Unido), apesar do baixo número de dividendos pagos no terceiro trimestre, a região manteve o robusto crescimento observado no trimestre anterior.

O aumento de 22,9% em base subjacente sugere um caminho promissor para distribuições recordes neste ano.

No Japão, embora poucas empresas tenham feito pagamentos, a tendência positiva do segundo trimestre persiste, especialmente com o aumento de 25% da Japan Tobacco, representando quase metade do crescimento.

Na América do Norte, os Estados Unidos registraram uma desaceleração no crescimento dos dividendos, atingindo 4,5% pelo oitavo trimestre consecutivo.

No entanto, 98% das empresas norte-americanas mantiveram ou aumentaram seus pagamentos em termos anuais, alinhando-se com o segundo trimestre.

Enquanto isso, na Ásia-Pacífico (excluindo o Japão), o terceiro trimestre assume importância sazonal devido ao encerramento do ano financeiro australiano e à concentração de empresas em Taiwan e Hong Kong que pagam dividendos anuais únicos.

Por fim, no Reino Unido, o crescimento dos dividendos foi impactado por cortes expressivos no setor mineiro, com exceção notável da Glencore.

A seguir, confira a distribuição dos dividendos globais por região:

Gráfico dos Dividendos por Região da Janus Henderson
Gráfico dos dividendos por região: Fonte: Janus Henderson

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Dividendos Globais em Ascensão?

No cenário atual, a maioria das empresas observou um aumento ou estabilidade nos pagamentos de dividendos, apesar das diferenças marcantes entre setores e regiões.

Ben Lofthouse, head de renda variável global na Janus Henderson, ressalta a resiliência do crescimento dos dividendos em diversos setores e áreas geográficas, com exceção de indústrias como mineração e química.

A diversificação global na carteira de renda mostra-se como um estabilizador natural.

Setores em ascensão, como bancos e petróleo, têm contrabalançado aqueles com declínio nos dividendos, como mineração e química.

Embora a previsão para 2023 diminua ligeiramente para US$ 1,63 trilhão, representando um aumento anual de 4,4%, isso não suscita preocupações, pois a qualidade subjacente do crescimento dos dividendos neste ano superou as expectativas, afirmou Lofthouse.

A revisão para 5,3% na previsão de crescimento subjacente reflete essa perspectiva positiva.

Nesse contexto, revelei qual a maior pagadora de dividendos da bolsa de valores, com projeções de manter sua distribuição substancial ao longo de 2024.

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