O que é IRB
IRB é a maior resseguradora do Brasil, além de ser referência por sua solidez financeira e conhecimento técnico. Ela é uma empresa de capital aberto, ou seja, ela tem suas ações negociadas na bolsa de valores.
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Essa empresa foi criada por Getúlio Vargas em 1939 porém somente em 1º de outubro de 2013 foi privatizada, realizando seu IPO em 2017. A partir dessa data a empresa começou a receber grandes investimentos, sendo uma das ações que mais se valorizaram no ano de 2018.
A IRB é uma líder em seu setor, portanto, para analisar o setor de resseguros no Brasil, é necessário entender a importância da IRB. E também a forma como seus concorrentes trabalham para tentar ultrapassar essa líder de mercado.
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Produtos e Negócios da IRB
A IRB tem cerca de 37% de market share, ou seja, ela tem muita relevância no setor de resseguros. Um dos principais pontos é a extensa linha de negócios da resseguradora.
A IRB atua nas seguintes áreas de resseguro:
- Riscos Aeronauticos
- Riscos Diversos
- Riscos de Engenharia
- Riscos Rurais
- Garantia
- Linhas Financeiras
Esses são apenas alguns dos serviços que a IRB presta, por conta disso, ela tem uma vantagem em relação a resseguradoras que possuem poucos produtos. Dessa forma, a IRB toma a frente em seu setor.
Além disso, a IRB já recebeu diversos prêmios pela qualidade do seu trabalho, ou seja, além de ter um grande público, ela preza pela qualidade do seu serviço. Isso é um ponto fundamental para que a empresa tenha uma boa relação com seu cliente.
Polêmicas da IRB
Apesar de ser uma empresa exemplo no seu setor, e atrair a atenção de muitos investidores, nos últimos anos a IRB esteve envolvida com uma série de polêmicas. Essas polêmicas acabaram afetando muito sua performance na bolsa de valores.
Por conta disso, o investidor atualmente enxerga a IRB com certo receio, pois essas polêmicas mostraram diversas fragilidades na parte administrativa da empresa.
Entre essas polêmicas estão o Caso Squadra e o Caso Warren Buffett.
Caso Squadra
Nos dias 02 e 09 de fevereiro, a gestora carioca Squadra Investimentos, publicou uma carta, explicando porque havia montado uma posição de short na empresa, nela apontava possíveis problemas contábeis.
Entre esses problemas estavam a inclusão de resultados da venda de participações em imóveis antigos como resultado recorrente.
Além da insuficiência de recursos para honrar seus compromissos se comparado a valores de outras resseguradoras globais.
Essa notícia acabou causando uma perda de 26,37% no valor das ações até 10 de fevereiro.
Caso Warren Buffett
No dia 27 de fevereiro de 2020, o jornal Estado de São Paulo divulgou que a Berkshire Hatthaway do megainvestidor Warren Buffett havia triplicado sua participação no IRB desde o começo do mês.
No dia 3 de março de 2020 a Berkshire Hathaway publicou uma nota em resposta esclarecendo sua posição na companhia.
Na nota estava a mensagem “Surgiram relatos recentes na imprensa brasileira que a Berkshire Hathaway Inc. teria se tornado acionista da IRB Brasil RE. Esses relatos são incorretos…”.
Esses dois casos somados às incertezas devido ao COVID-19, no dia 23 de março as ações da IRB acumulavam perdas de 75% durante esse período.
Além disso, ocorreu mais um problema com a resseguradora IRB no primeiro semestre de 2020, dessa vez um problema fiscal.
No dia 11 de maio, a IRB publicou um fato relevante comunicando a decisão de instauração de fiscalização especial a ser conduzida pela Superintendência de Seguros Privados, em razão de apresentar insuficiência na composição dos ativos garantidores de Provisões Técnicas.
Essa combinação de problemas acabaram manchando a imagem da IRB perante todo o mercado financeiro. Isso fez com que a empresa não recuperasse até hoje o valor das ações antes do caso Squadra.
Portanto, apesar da IRB ser uma gigante em seu setor, é necessário analisar profundamente a forma como a diretoria conduziu esses problemas.
Uma vez que é fundamental uma diretoria íntegra e competente, para o sucesso da empresa e consequentemente de um investimento.
