As pessoas mais ricas do mundo têm em comum o grande investimento em filantropia. Estes filantropos bilionários doam regularmente ajudando questões sociais e ambientais.

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A doação por parte dos muito ricos não é novidade. Nomes como Warren Buffett e Bill Gates, são famosos também pelo trabalho em filantropia.

Porém, este não deve ser um comportamento apenas dos bilionários e aqueles que já acumulam algum patrimônio.

Doar é um comportamento de enriquecimento e pode ser um importante exercício financeiro.

Infelizmente, o ato de doar ainda é subestimado pelas pessoas que querem se tornar prósperas, mas mudar essa mentalidade financeira pode trazer ótimos resultados.

Em 2010, Bill e Melinda Gates e Warren Buffett se uniram para fazer um convite aberto às pessoas mais ricas do mundo: doar metade de suas fortunas ainda em vida.

Assim surgiu o Giving Pledge, um tratado que busca elevar o padrão de generosidade dos mais ricos.

Engana-se quem pensa que essa cultura de doação diminuiu a fortuna desses bilionários.

Segundo estudo divulgado Institute for Policy Studies (IPS), nesses 10 anos, a fortuna do grupo dobrou.

Ou seja, eles estão doando e ficando ainda mais ricos! 

Segundo a pesquisa, o patrimônio dos signatários passou de US$ 376 bilhões para US$ 734 bilhões.

Nove dos membros do Giving Pledge viram sua riqueza crescer 200%.

Está curioso para saber por que filantropia é investimento? Como eles conquistaram essa proeza?

Então continue a leitura e veja como doar ajuda a construir uma mentalidade próspera e quem são os maiores bilionários filantropos do mundo.

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O ato de doar, um dos segredos da mente rica

A doação, assim como ganhar, poupar e investir faz parte da relação com o dinheiro. É uma demonstração de que você possui um mindset de prosperidade financeira.

Para o master coach Paulo Vieira, doar é um exercício do enriquecimento.

É um dos comportamentos mais importantes para transformar a sua mentalidade de escassez em uma mentalidade abundante.

“Nós colhemos o que plantamos e se você planta escassez, você colhe mais escassez. Se você planta abundância, você colhe abundância”.

Ele aponta que o comportamento de doar interfere em três crenças formadoras do indivíduo: ser, fazer e ter.

Ao doar, estará comunicando ao seu cérebro que não possui problemas financeiros, que tem dinheiro suficiente e é verdadeiramente rico.

Estará também reforçando sua capacidade de fazer mais dinheiro.

Sua crença de merecimento também é afetada, pois à medida que se doa, se torna uma pessoa merecedora de ter coisas ainda melhores.

Por outro lado, as pessoas que não fazem qualquer doação estão comunicando que possuem privação de dinheiro.

O livro “Os Segredos da Mente Milionária” também nos ensina a importância da doação, recomendando a administração do dinheiro seja feita da seguinte forma:

  • 10% para investimentos (Pague-se primeiro!);
  • 10% para educação financeira;
  • 10% para despesas de longo prazo;
  • 10% para doações;
  • 10% para diversão;
  • 50% para necessidades pessoais.

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Cultura de doação no Brasil

Diferente dos Estados Unidos, onde a filantropia ocupa um lugar de destaque na economia, o brasileiro ainda precisa evoluir culturalmente em relação ao ato de doar.

Segundo o relatório Giving USA, que monitora a filantropia no país, as doações feitas pelos americanos para entidades assistenciais somaram mais de US$ 420 bilhões em 2018.

Valor equivale a cerca de 2% do PIB americano.

De fato, nenhum lugar se compara aos Estados Unidos quando se trata de cultura de doação e filantropos bilionários.

Tanto que foi o local de origem da campanha The Giving Pledge, criada por Bill Gates, Melinda Gates e Warren Buffett, em 2010.

Na época, 40 das pessoas mais ricas da América se uniram em um compromisso de doar a maior parte de sua riqueza para resolver alguns dos problemas mais urgentes da sociedade. 

Atualmente o movimento conta com 211 indivíduos e famílias de 24 países com o compromisso de doar a maior parte de seu patrimônio à filantropia.

No Brasil, apenas um bilionário assinou o pacto, Elie Horn, fundador e acionista da construtora Cyrela (CYRE3), hoje comandada por seus filhos.

Enquanto nos Estados Unidos e na Europa, a filantropia é investimento, sendo vista como uma maneira de estimular o desenvolvimento da economia, aqui ainda é vista como caridade.

Claro que também existe a cultura da doação no Brasil. Porém, os valores ainda são baixos.

Segundo pesquisa do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), sete em cada 10 brasileiros costumam fazer doações, no valor médio de R$ 200.

O setor de filantropia representa apenas 0,2% do PIB brasileiro.

Há exceções entre os bilionários brasileiros.

Além de Elie Horn, da Cyrela, nomes como Guilherme Leal, da Natura, Miguel Krigsner, do Grupo Boticário, Jorge Paulo Lemann, da Ambev, Eugênio Mattar, da Localiza, e Rubens Menin, da MRV, lutam para intensificar a cultura filantrópica no país.

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Maiores filantropos bilionários do mundo

Alguns dos mais ricos do mundo têm aumentado suas doações para organizações sem fins lucrativos, mas vêm lucrando muito com isso, seja pela generosidade ou autopromoção.

Porém, ninguém foi mais generoso do que Chuck Feeney, o ex-bilionário fundador do Duty Free, que doou US$ 8 bilhões no total, realizando a doação de seu patrimônio em vida.

Para ele e para a esposa, sobrou uma reserva de R$ 2 milhões para aposentadoria.

Na extremidade oposta,  estão bilionários como Elon Musk, que doou menos de 1% de seu patrimônio líquido, mas já afirmou que planeja aumentar suas doações mais tarde na vida. 

Conheça alguns dos bilionários que mais doam para a filantropia.

Warren Buffett

O megainvestidor Warren Buffettdoou mais de US$ 37 bilhões de sua riqueza nos últimos 14 anos para organizações sem fins lucrativos.

Grande parte foi por meio da Fundação Bill & Melinda Gates de seus amigos de longa data Bill Gates e Melinda Gates, para ajudar iniciativas de combate à pobreza e promoção da saúde em países em desenvolvimento. 

Ele também apoia a educação, a justiça social e os direitos das mulheres.

A mais recente doação foi US$ 2,9 bilhões em ações da Berkshire Hathaway para cinco fundações filantrópicas.

A distribuição faz parte da sua promessa de doar quase toda a sua fortuna a causas filantrópicas.

De acordo com sua vontade, nenhuma de suas ações será vendida depois que ele morrer. Elas serão distribuídas como doações de caridade por um período de 12 a 15 anos.

Buffett também revelou que graças a essas doações de caridade ao longo dos anos conseguiu reduzir impostos de renda estaduais e federais em cerca de 43 centavos por cada US$ 1 mil doados.

Bill Gates

Bill Gates, fundador e ex-presidente da Microsoft, e sua esposa, Melina Gates, dirigem a maior fundação privada de caridade do mundo.

A Fundação Bill e Melinda Gates, organização sem fins lucrativos, já distribuiu US$ 50,1 bilhões em doações desde 1994.

A fundação concentra-se na pobreza global, desenvolvimento econômico, saúde e educação.

Dentre as principais iniciativas estão:

  • Levar serviços anticoncepcionais a mais 120 milhões de mulheres nos países mais pobres;
  • Prevenção de 264 milhões de doenças por meio da vacinação;
  • Erradicação da poliomielite.

Para o combate à Covid-19, a Fundação Bill & Melinda Gates anunciou a doação de US$ 150 milhões para o maior fabricante de vacinas do mundo, o Serum Institute of India.

O intuito é fornecer até 100 milhões de doses da vacina às nações mais pobres.

George Soros

O renomado administrador de fundos de hedge, George Soros, já doou 64% de sua fortuna original, totalizando mais de US$ 15 bilhões para organizações sem fins lucrativos.

A maior parte das doações do filantropo bilionário é feita por meio da Open Society Foundations, uma rede internacional de doações que supervisiona.

As causas que apoia incluem o avanço da justiça, educação, saúde pública e mídia independente e financiamento de campanhas e direitos humanos.  

Recentemente, George Soros doou US$ 220 milhões para a luta contra o racismo nos Estados Unidos.

A Open Society Foundations, também anunciou a doação de mais de R$ 26 milhões ao Brasil para o combate à pandemia do novo coronavírus.

Michael Bloomberg

O ex-prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg, já doou cerca de US$ 9,5 bilhões de sua fortuna através da sua fundação, a Bloomberg Philanthropies.

As principais causas apoiadas são o combate à violência armada e ao aquecimento global e educação.

Além disso, o filantropo bilionário investiu US$ 53 milhões em um programa para recuperar a população de peixes no Brasil, Filipinas e Chile.

Só em 2019, desembolsou mais de US$ 3,3 bilhões para causas de caridade.

Mark Zuckerberg 

O CEO do Facebook e sua esposa, Priscilla Chan, se comprometeram em dezembro de 2015 a doar 99% de suas ações do Facebook.

Para facilitar a filantropia, criaram a Chan Zuckerberg Initiative (CZI), voltada para financiar a educação, saúde, energia, justiça criminal e habitação.

A mais recente contribuição foi para ajudar os escritórios eleitorais locais a se prepararem para as eleições americanas, onde doaram US$ 400 milhões.

Azim Premji

O magnata indiano da tecnologia, Azim Premji, já doou US$ 21 bilhões para causas filantrópicas em seu país de origem e em outras nações do mundo.

Após o anúncio do redirecionamento de US$ 7,5 bilhões para a Azim Premji Foundation, seu projeto beneficente de educação, se tornou o filantropo mais generoso fora dos Estados Unidos.

Ao longo de sua vida, destinou 81% de sua fortuna para a filantropia, mais do que qualquer outro, em percentual.

Kochouseph Chittilappilly

O bilionário indiano, Kochouseph Chittilappilly, redefiniu a palavra filantropia ao doar seu próprio rim a um desconhecido.

A ideia veio depois que um parente morreu de insuficiência renal.

Então, em 2011, dois meses depois de completar 60 anos, doou um de seus rins a um caminhoneiro doente.

O gesto se tornou público e criou a consciência sobre a doação de órgãos.

Um ano depois, lançou uma fundação de filantropia, com foco em saúde e educação.

O empresário dono é de empresas como a V-Guard Industries, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos da Índia e de uma rede de parques de diversões.

Embora não tenha assinado  o Giving Pledge , prometeu doar um terço de sua fortuna em vida. Até agora, além do rim, ele doou US$ 95 milhões.

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Conclusão

A filantropia, além de ser vista como um gesto de compaixão ao próximo, também é um investimento tanto pessoal como empresarial.

No lado empresarial, enriquece a cultura organizacional da empresa, especialmente nos tempos atuais onde os investidores buscam valores sólidos nas empresas e princípios de ESG

A filantropia é investimento também de enriquecimento pessoal e criação de uma mentalidade financeira rica.

Afinal, para prosperar financeiramente é preciso eliminar crenças limitantes sobre dinheiro.

Nos últimos anos, a prática de doar em vida tem ganhado força, pois é mais satisfatório ver que seu dinheiro pode ajudar tanto a si mesmo e sua família, quanto impactar positivamente em tantas outras.

Quanto mais se ganha, mais se pode doar. É um ciclo.

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