Atendendo a pedido da Polícia Federal e com aval da Procuradoria-geral da República, inquérito dura mais 30 dias.

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O ministro do STF Celso de Mello autorizou hoje, 08/05, a prorrogação do inquérito que visa apurar suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

O ministro, relator do caso, concedeu a prorrogação por mais 30 dias a pedido da PF, que conduz as investigações. O pedido recebeu aval da Procuradoria-geral da República.

O motivo do pedido foi a necessidade de realizar medidas pendentes, entre as quais, aprofundar investigação na superintendência da PF no Rio de Janeiro e ouvir depoimento do próprio presidente Bolsonaro.

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Até o momento, já foram tomados mais de dez depoimentos

Desde que o inquérito foi instaurado em 27 de abril, três dias após o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, a PF já tomou os depoimentos de mais de dez pessoas.

Entre os ouvidos até agora, estão o próprio Sergio Moro; o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo; e a deputada federal aliada do presidente, Carla Zambelli.

Além de ouvir depoimentos, a PF obteve o conteúdo do vídeo da reunião entre Bolsonaro e seus ministros em 22 de abril, que, segundo Moro, conteria prova da tentativa de interferência.

O vídeo, cuja divulgação foi autorizada posteriormente pelo STF, acabou gerando forte comoção em razão de várias declarações do presidente e sua equipe não relacionadas ao assunto do inquérito.

Inquérito coloca em foco tensão entre Executivo e Judiciário

Não há dúvidas de que o inquérito que investiga o presidente Bolsonaro coloca em foco a atual tensão entre o Executivo e o Judiciário; mais especificamente, entre Planalto e STF.

A participação do presidente em manifestações de seus apoiadores pedindo o fechamento do STF não ajudou a amenizar essa tensão.

O fato mais recente mostrando como as relações entre os poderes estão desgastadas ocorreu nesse domingo, 07/06, quando o ministro do STF Celso de Mello – relator do inquérito – compartilhou um artigo do jornal Financial Times, segundo o qual Bolsonaro causa temores sobre democracia.

O artigo em questão cita uma fala do próprio Celso de Mello, na qual o decano compara o Brasil atual à Alemanha nazista. A comparação foi defendida por outro ministro do STF, Gilmar Mendes.

A falta de harmonia entre os poderes aumenta o clima de incerteza no cenário nacional, que já é grave em razão da pandemia de novo Coronavírus, e afeta o humor do mercado.

Por isso, de forma geral, nos dias em que não há novas notícias sobre farpas entre Planalto, STF e Congresso, pode-se esperar um reflexo positivo no desempenho da bolsa. Nos dias em que essas notícias aparecem, mesmo com tendências de alta no exterior, a bolsa brasileira tem maiores chances de cair.

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