Inquérito que investiga suposta tentativa de interferência política do presidente Bolsonaro na PF deve ouvir Maurício Valeixo e Alexandre Ramagem.

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O inquérito que apura as acusações do ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro avança ouvindo depoimentos nesta semana.

Hoje, o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo – cujo desligamento, determinado por Bolsonaro, foi pivô da saída de Moro do governo – deve ser ouvido por investigadores na Superintendência de Curitiba.

Também será ouvido Alexandre Ramagem. Ramagem, amigo da família Bolsonaro, chegou a ser nomeado pelo presidente para o cargo de diretor-geral da PF, mas a nomeação foi suspensa pelo STF.

Alexandre Ramagem visitou Bolsonaro neste domingo

Ontem, domingo, Alexandre Ramagem visitou o presidente Bolsonaro no Palácio da Alvorada, durante a manhã. Ele deixou o local pouco antes das 13h, sem falar com a imprensa.

Nem a assessoria da Abin, onde Ramagem ocupa cargo de diretor geral, nem da Presidência confirmaram o encontro ou informaram seu objetivo.

No final da semana passada, a AGU chegou a apresentar pedido ao ministro do STF Alexandre de Moraes para que reconsiderasse a suspensão da nomeação de Ramagem como diretor-geral da PF. No entanto, o ministro rejeitou o pedido e arquivou o processo.

Expectativa também pela exibição de vídeo de reunião

Além dos depoimentos, também existe uma forte expectativa pela exibição do vídeo de uma reunião em que teriam sido feitas declarações que corroboram as acusações de Moro contra Bolsonaro.

Na terça-feira passada, dia 05/05, o ministro do STF Celso de Mello deu 72 horas para que o governo entregasse a gravação. Depois, na quinta-feira, a AGU apresentou pedido para entregar somente parte das gravações.

Finalmente, na sexta-feira, ficou confirmado que o governo entregou o material completo ao STF. O ministro Celso de Mello, relator do caso, determinou que ele seja tratado com sigilo temporário.

A especulação é que, na reunião, Bolsonaro e seus ministros tenham feito declarações sobre outros assuntos, como a pandemia de Coronavírus, que possam ser constrangedoras para o governo, e que a divulgação da gravação possa gerar exposição e repercussão negativas.

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