O que é Índices Setoriais

Os Índices Setoriais são indicadores que acompanham a performance das ações negociadas na bolsa de valores de acordo com o segmento de atuação das empresas.

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Em outras palavras, significa que os índices setoriais reúnem as ações de empresas de um mesmo segmento.

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Objetivo dos Índices Setoriais

O principal objetivo dos índices setoriais é facilitar o acompanhamento do desempenho do preço das ações através de uma segmentação relativa ao setor da economia no qual as empresas atuam.

Através dos índices setoriais é possível empreender uma análise mais criteriosa sobre o desempenho de diferentes setores da economia.

Assim, os índices setoriais contribuem tanto para o gerenciamento empresarial quanto para o processo decisório de alocação de ativos por parte dos investidores.

Por exemplo: se é verificado que um determinado setor da economia vai mal em determinado momento, o investidor pode rever sua estratégia de investimentos e optar por investir preferencialmente em ações de outros setores.

Como funcionam os Índices Setoriais

Como apresentado, os índices setoriais funcionam como um filtro. Assim, cada índice setorial possui seu próprio filtro, que na realidade é um determinado setor da economia.

Assim, por exemplo, o Índice Financeiro (IFNC) reúne as ações com maior negociabilidade do setor financeiro, participando do índice ações de instituições como bancos, seguradoras, intermediários financeiros etc.

Os índices setoriais são disponibilizados pela própria B3.

Além disso, todos possuem uma mesma metodologia (salvo eventuais particularidades), justamente para proporcionar uma maior uniformidade na comparação de desempenho dos setores.

Principais Índices Setoriais

A seguir temos a apresentação e explicação dos principais índices setoriais do mercado financeiro brasileiro:

  • UTIL (Índice de Utilidade Pública): reúne ações de empresas do setor de utilidade pública, como empresas de energia elétrica, gás, saneamento, água etc. Algumas empresas: Alupar, Copel, Copasa, Energisa.
  • IMOB (Índice Imobiliário): reúne ações de empresas do setor imobiliário, construção civil, exploração e negociação imobiliária. Algumas empresas: Gasifa, Helbor, MRV, Multiplan,
  • IFNC (Índice Financeiro): já apresentado acima, reúne empresas do setor financeiro, como bancos, seguradoras, empresas especializadas em previdência etc. Algumas empresas: Bradesco, Itaúsa, Porto Seguro, Santander.
  • IMAT (Índice Materiais Básicos): reúne ações de empresas que produzem insumos e matérias-primas para construção, siderurgia, metalurgia, infraestrutura etc. Algumas empresas: Braskem, Unipar, Duratex, Vale.
  • INDX (Índice Industrial): reúne ações de empresas do setor industrial, isto é, empresas que atuam em diferentes áreas, como produção de produtos básicos, itens de consumo etc. Algumas empresas: Ambev, Grupo Natura, Tecnisa, JBS Friboi.
  • ICON (Índice de Consumo): reúne ações de empresas ligadas ao setor de consumo, como empresas de varejo, saúde, educação, alimentação, vestuário etc. Algumas empresas: Lojas Americanas, Arezzo, Lojas Renner, Via.
  • IEE (Índice de Energia Elétrica): reúne ações de empresas ligadas ao setor de produção e fornecimento de energia elétrica. Algumas empresas: Taesa, Eletrobras, CPFL Energia, Engie Brasilon.

Investimentos e Índices Setoriais 

Como visto, é bastante ampla a cobertura dos índices setoriais, listando, evidentemente, uma grande diversidade de empresas.

Algumas empresas, inclusive, podem figurar em mais de um índice setorial, na medida em que suas atividades estão inseridas em diferentes setores da economia.

Através do acompanhamento da performance dos diferentes índices setoriais, é possível investir nos índices de diferentes maneiras.

A primeira forma é reproduzir uma carteira de ações que contenha os mesmos ativos contidos no portfólio do índice setorial em vista. Ou, através de análise fundamentalista, selecionar os melhores ativos.

Uma segunda forma é investir em ETFs que reproduzam a carteira de ativos dos índices setoriais

Essa é uma maneira menos trabalhosa, na medida em que ao investir no fundo automaticamente investe-se nos ativos contidos no índice setorial que ele reproduz.

Além disso, os fundos de índice contam com gestores profissionais, que são remunerados para tomar as melhores decisões de investimentos. A desvantagem é que perde-se a autonomia de alocação de ativos e o fundo cobra uma taxa de administração.

Assim, portanto, cada investidor deve analisar prós e contras de cada modalidade de investimento, decidindo por uma gestão pessoal ou profissional se busca investir tendo como parâmetro os índices setoriais.