O que é Imposto Inflacionário

O Imposto Inflacionário é o custo resultante da emissão de moeda pelo governo, produzindo a diminuição do poder de compra da moeda, ou seja, a diminuição do poder aquisitivo da população.

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Na realidade, o Imposto Inflacionário não é, por definição, um imposto. Entretanto é entendido como tal por ser um custo que chega inevitavelmente para a população, sendo quem custeia a emissão de moeda pelo governo. 

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Como funciona o Imposto Inflacionário

O imposto inflacionário é um custo causado pela emissão de moeda pelo governo com o objetivo de custear seus gastos.

A maneira mais fácil de compreender como funciona o imposto inflacionário é através de um exemplo:

Imagine que a soma total do valor da moeda correndo na economia seja de 100 bilhões e que o governo tenha aumentado de um ano para outro a soma de dívidas a serem pagas no valor de 10 bilhões.

Além disso, a quantidade de valor da moeda circulante no país é fixa (no caso, 100 bilhões), ou seja, a soma total do valor da moeda é um determinado valor em determinado período de tempo.

Para realizar esse pagamento, o governo pode, por exemplo, aumentar a alíquota de impostos perante a sociedade. Mas uma solução mais simples é a emissão de mais moeda (através do Banco Central).

Nesse caso, é necessário que o governo emita 10% a mais de moeda para alcançar os 10 bilhões. 

Assim, a soma total do valor da moeda correndo na economia passou de 100 bilhões para 110 bilhões de um ano para outro. Entretanto, esse foi um aumento "artificial", na medida em que a produção do país não se alterou, não se produziu efetivamente mais riqueza no país.

O que aconteceu foi uma maior emissão de moeda por parte governo.

A consequência disso é inflação. Pois existe uma maior soma total do valor da moeda, como se o governo tivesse diluído o poder de compra de 100 bilhões do ano passado em 110 bilhões esse ano.

Assim, um produto que antes custava 100 reais, hoje vale 110 reais. Ou seja, de um ano para outro houve um aumento da inflação na ordem de 10%.

O produto de 100 reais continua sendo o mesmo, porém hoje ele vale 110 reais. Ou seja, o produto é o mesmo, porém o que mudou foi o valor da moeda em relação ao produto, pois a moeda se desvalorizou.

Deste modo, é chamado Imposto Inflacionário porque é um custo pago pela população que utiliza aquela moeda, enquanto o governo se utiliza dessa diferença da inflação (no caso, de 10%).

Imposto Inflacionário e Investimentos

Uma maneira de se blindar contra o imposto inflacionário é readequar seu rendimento no mínimo na mesma proporção da inflação

Ou seja, se você ganha X com 0% de inflação, numa situação de 10% de inflação você deve ganhar X + 10%. Assim você não perde seu poder de compra.

Nesse sentido, uma das estratégias mais assertivas para garantir a manutenção e crescimento do poder de compra e rentabilidade é através de investimentos financeiros.

Existem diversos produtos financeiros, tanto de renda fixa quanto de renda variável, que podem oferecer rentabilidades acima da inflação.

No caso da renda fixa, existem investimentos como por exemplo o Tesouro Direto e Debêntures que oferecem rentabilidades muitas vezes atreladas a índices de inflação como o IPCA, que é o índice oficial de inflação no país.

A poupança, pelo contrário, deve ser bem analisada, pois se ela paga uma taxa de juros abaixo da taxa de inflação, na verdade quem está deixando seu dinheiro na conta poupança está na realidade perdendo poder de compra. 

Considerando o aspecto inflacionário, é importante que cada investidor possa definir as melhores estratégias para aumentar sua rentabilidade e não ser vítima da inflação no país.