Passei o último final de semana fazendo algumas reflexões acerca da queda das criptomoedas.
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Aqui faço uma ressalva, não sou especialista e tão pouco conhecedor profundo desta classe de ativo.
Saiba que não foi a alta volatilidade das criptos que me chamou a atenção, mesmo com quedas acima de 50% em apenas duas semanas.
O que realmente se destaca na minha avaliação é a pouca confiança que os investidores possuem na tese das criptomoedas.
Veja bem, quando decido incluir um ativo na carteira do Joias da Bolsa, por exemplo, é porque tenho muita convicção sobre os fundamentos e o preço que se paga por esses fundamentos.
E isso não quer dizer que, após a compra, a cotação de preço do ativo começará a subir.
Aliás, existem mais chances que o oposto aconteça.
E me desculpe, mas se você fica inclinado a vender ativos da sua carteira de investimentos quando os preços caem, sugiro que você pare e pense um pouco. Reavalie essa conduta e, antes de voltar a investir, aprofunde os estudos.
Para ilustrar tudo isso, me permita propor um cenário hipotético.
Em setembro de 2019, você havia recebido recursos e decidido incluir a “XXXX3” na sua carteira de ações.
Após inúmeras análises, você encontrou uma empresa com excelentes fundamentos e significativo desconto do preço em relação ao seu valor intrínseco.
Com base nestes dados e somado à competência da gestão da empresa, você avaliou estar diante de uma excelente oportunidade.
Após as últimas considerações, decidiu comprar as ações pagando R$ 8,95 a unidade.
Acontece que após 6 meses da compra, você viu o preço da ação cair abaixo dos R$ 5.
Uma queda de mais de 40%.
Que reação você teria naquele momento?
Provavelmente seria acometido por uma vontade incontrolável de vender o ativo, criando um conforto psicológico de "não perder mais".
Antes de cometer esse erro em um momento turbulento, já que eles sempre irão existir, se pergunte o que te levou a incluir a ação na carteira.
Revise a motivação da compra detalhadamente, reforce suas convicções.
A variável que deveria alterar sua tese de investimentos não deveria ser essa.
Para muitos, esse caso que propus como hipotético, foi real.
Mas veja: a mesma ação que caía 40% em poucas semanas, entregava resultados cada vez maiores.
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O que quero dizer é que as decisões devem ser sob a ótica da evolução dos fundamentos da empresa, resultados e gestão e jamais por causa da variação de preços.
O exemplo acima aconteceu com as ações da ROMI3, que inclui na carteira do canal Joias da Bolsa em setembro de 2019.
Já vendemos as ações por R$ 26,16, entregando aos assinantes um retorno de 192,29% no período.
Já imaginou se eu não tivesse convicção na tese de investimentos?
Poderia estar amargurando um prejuízo de mais de 40% e ter acompanhado de longe uma retomada intensa de alta das ações.
Meus assinantes perderiam a confiança nas minhas recomendações e talvez nunca mais voltassem a investir na bolsa de valores por medo.
É assim o mercado de ações.
Você não compra um código de home broker, você compra uma participação em uma empresa a um determinado preço.
Se você pagou barato, é com a empresa que você deve investir tempo acompanhando e não com as oscilações aleatórias do dia-a-dia.
