O que é Hiperinflação

Hiperinflação é o nome dado ao momento em que a inflação de um determinado país está fora de controle o que encarece os produtos e desvaloriza a moeda local. 

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A hiperinflação também pode ser sinônimo de recessão na economia do país, o que pode piorar vários aspectos da economia que são diretamente impactados, como por exemplo os investimentos. 

De acordo com especialistas, é considerado hiperinflação quando o índice de inflação é igual ou ultrapassado a 50% ao mês. 

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Como funciona a Hiperinflação

A hiperinflação tem diversas causas, entre elas podemos listar os déficits orçamentários do Estado muitas vezes financiados pela emissão de moedas, o que ocasiona no aumento da inflação. 

Demais fatores macroeconômicos também podem causar a hiperinflação como o câmbio, pagamento de reparações de guerras e entre tantos outros. 

As principais consequências da hiperinflação estão na desvalorização da moeda local e a diminuição do poder de compra, pois os produtos tendem a subir de preços, embora os salários muitas vezes fiquem estagnados. 

História da Hiperinflação

É possível se lembrar de alguns eventos que ocorreram em que a inflação se iguala ou ultrapassa 50% ao mês.

Na história mundial recente a hiperinflação ocorreu em alguns países. Após a primeira guerra mundial, a Alemanha enfrentou uma hiperinflação, pois foi obrigada a pagar pelos danos causados pela guerra.

Além disso, a Alemanha pagou altas indenizações a nações vencedoras da guerra por ser culpada pelo estopim da guerra e arcou com os enormes prejuízos por causa disso. 

Na economia interna o país se viu obrigado a emitir papel moeda sem nenhuma contenção, estima-se que a Alemanha enfrentou a taxa acumulada de inflação de um bilhão entre os anos de 1922 e 1923. 

Após a segunda guerra mundial a situação se repetiu em países como a Rússia, Peru, Bolívia, Polônia, Áustria, e entre outros. Alguns desses países tiveram hiperinflação acima dos bilhões ao mês. 

O Brasil também não fica de fora da lista de países que ultrapassou a marca de 50% de inflação por mês. Muitas pessoas ainda se lembram que na década de 80 a 90 o país passou por diversas altas na inflação. 

No ano de 1993 o Brasil atingiu o marco de 2.708% da inflação, a sucessão de altas da inflação só foi amenizada pela implementação do Plano Real realizado no governo de Itamar Franco em 1994. 

As consequências da hiperinflação são lembradas até hoje por muitos brasileiros que sentiram grandes impactos nas compras de mercado e nos demais gastos do dia a dia. 

Na época, era comum ir ao mercado de manhã e observar o preço do pão e se voltasse no final do dia iria ver que já tinha um aumento muito significativo

A fim de driblar essa situação muitas pessoas iam às compras no começo do dia e logo nas primeiras horas após o pagamento, assim garantiam que o dinheiro recebido compraria mais coisas no começo do dia comparado aos preços do fim do dia. 

Além disso, as moedas como o Cruzado, Cruzeiro, Cruzeiro Real eram muito desvalorizadas perante o mercado internacional e nacional. Muitas vezes era preciso grandes volumes de moedas ou cédulas para pagar por produtos. 

Hiperinflação e os investimentos

No mundo financeiro os indicadores da macroeconomia são fatores que podem influenciar a tomada de decisão dos investidores, pois dependendo da política fiscal e monetária que o país adota a renda fixa e a renda variável são diretamente impactadas. 

O importante na escolha de qual tipo de investimento aplicar é avaliar o objetivo do investimento e o perfil do investidor

Quando o investidor tem o perfil mais arrojado pode escolher investimentos que pagam uma rentabilidade maior que a inflação e com isso conseguem valorizar seu capital acima da inflação.

Mas para os perfis mais conservadores existem opções seguras de investimento que podem render igual ou um pouco acima da inflação. Porém, vale a pena analisar os demais indicadores da macroeconomia.