Fundo Imobiliário HGCR11 eleva o patamar de distribuições em novembro. Rendimentos mensais alcançam R$ 0,95 por cota.

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A vocação dos Fundos Imobiliários é a geração de renda. Assim, a comemoração é natural quando um FII eleva seu patamar de distribuição. 

Em novembro passado, os cotistas do HGCR11 foram os beneficiados. A gestão do FII estabeleceu um novo patamar, passando de distribuições de R$ 0,90 para R$ 0,95 por cota. 

Conforme explica a gestão no relatório gerencial, a decisão foi baseada na projeção de resultados para o semestre até então corrente, e também para o primeiro de 2022. 

As premissas-base da decisão são a elevação dos índices de inflação e a continuidade do ciclo de retração, que se traduz em um aumento da Selic para no curto e médio prazos. 

A gestora descreve as projeções realizadas como conservadoras, quando comparadas às expectativas do mercado atual, e afirma que há possibilidade de elevação do novo patamar. 

Se você busca maneiras mais eficientes de aumentar seu patrimônio e receber renda mensal isenta de impostos, deve investir nos melhores fundos imobiliários do mercado. 

Neste artigo você vai descobrir tudo o que precisa sobre o HGCR11 e investir de maneira consciente:

  • O que é HGCR11;
  • Dividendos pagos pelo HGCR11;
  • Resumo da carteira;
  • Alocação de ativos;
  • Negociação e liquidez deste Fundo Imobiliário;
  • Riscos;
  • Dados oficiais do HGCR11.

Leia até o final e descubra se o Fundo Imobiliário HGCR11 vale a pena e é o investimento ideal para atingir a independência financeira com maior rapidez e eficiência. 

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O que é HGCR11?

A sigla HGCR11 se refere ao Fundo Imobiliário CSHG Recebíveis Imobiliários, criado em dezembro de 2009 e administrado pela Credit Suisse Hedging-Griffo.

Com foco em investidores em geral, este FII centra sua atenção em ativos do segmento imobiliário, especificamente CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários).

Assim, o HGCR11 é um fundo de papel

Nesta classe de Fundos, a captação de recursos é destinada a ativos que representam dívidas imobiliárias, como o próprio CRI, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e outros valores do setor.

Seu objetivo é proporcionar aos cotistas uma rentabilidade próxima à variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) bruto.

A primeira emissão de cotas foi de 30 mil, comercializadas a R$ 1 mil cada, constituindo um patrimônio inicial de R$ 30 milhões.

Em novembro de 2021, o HGCR11 fechou o mês com um valor de mercado de R$ 1,3 bilhão, comercializando suas cotas a R$ 102,35 cada.

HGCR11: Rendimentos

O rendimento por cota do HGCR11 em novembro de 2021 atingiu R$ 0,95, o que representa 0,93% no mês.

Nesse mês foi estabelecido um novo patamar de rendimentos:  R$ 0,95/cota (contra os R$ 0,90/cota em outubro), baseado na projeção para os semestres corrente e seguinte.

Esse novo patamar de distribuição é baseado em premissas referentes aos índices de inflação mais altos no curto e médio prazos. 

Segundo explica a gestão do Fundo, a continuidade do ciclo de aperto monetário, traduzido em elevações da Taxa Selic no curto e médio prazos, também é base da nova premissa.  

Em suas palavras, a gestora “considera as projeções conservadoras se comparadas às expectativas de mercado”. 

E acrescenta que “entende que o patamar de distribuição pode ser elevado ainda este ano caso as estimativas de mercado se concretizem”.

A imagem abaixo mostra o detalhamento dos rendimentos mensais do HGCR11 desde dezembro de 2020. 

Rendimentos mensais HGCR11
Rendimentos mensais HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

HGCR11 Rentabilidade

Em novembro/21, a cota de mercado ajustada do HGCR11 obteve rentabilidade de -2,6%, contra -3,6% do IFIX e 0,60% do CDI

Desde seu IPO, a rentabilidade (rendimentos mensais mais valorização da cota) registrada pelo Fundo foi de 273,5%.

O gráfico abaixo mostra a rentabilidade do HGCR11 em comparação com o IFIXe o CDI. 

Rentabilidade HGCR11
Rentabilidade HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

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Resumo da Carteira do HGCR11 

A carteira do HGCR11 é composta por 38 CRIs, sendo a maior parte deles do segmento corporativo.

O Fundo mantém aproximadamente 18,5% de seu patrimônio líquido investido em cotas de outros Fundos Imobiliários e 2,61% em ativos de renda fixa

Na imagem abaixo, confira a composição do patrimônio do HGCR11 ao final de novembro/21. 

Carteira HGCR11
Carteira HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Carteira de CRI 

Em novembro passado, o Fundo apresentava 38 CRIs em sua carteira, a maioria deles do segmento corporativo. 

Quanto à exposição setorial, considerando o percentual de CRIs, a principal exposição é o varejo (42%), seguido pelo setor residencial (29%) e por logística (21%). 

Exposição setorial HGCR11
Exposição setorial HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Outro dado interessante sobre o FII HGCR11 é o Loan to Value (LTV)

O LTV é o valor máximo oferecido em crédito ante às garantias apresentadas. 

Em novembro, o LTV encontrado no MCII11 variava entre 20% e 85%. A maior concentração estava na faixa dos 60% a 80% (38,4% dos CRIs). 

LTV HGCR11
LTV HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

A maior parte da carteira do Fundo (54,9% dos CRIs) é indexada pelo IPCA + 7%, enquanto 44% são indexados pelo CDI + 2,8%. 

Apenas 1,1% da carteira de CRI do Fundo traz o IGP-M (+ 8,3%) como indexador, conforme o gráfico abaixo. 

Indexadores HGCR11
Indexadores HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Diversificação

O HGCR11 fechou o mês de novembro com 38 CRIs em carteira, a maioria deles corporativos e do setor de varejo, mais concretamente de shopping centers. 

Na imagem abaixo, confira o detalhamento dos ativos do Fundo. 

Diversificação HGCR11
Diversificação HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Em relação aos devedores, a principal exposição do Fundo são os dois CRIs os CRIs Sforza IPCA e CDI concentram mais de 9.46% do patrimônio do HGCR11. 

Na sequência, estão os CRIs corporativos Iguatemi Fortaleza (Sr e Mez), que respondem por 9,08% do patrimônio líquido do Fundo.

Considerando somente os percentuais sobre o PL do Fundo, as cinco primeiras posições somam 24,3%. Nas 10 principais, o percentual é elevado a pouco mais de 44%. 

A imagem abaixo detalha a carteira de CRIs do Fundo em relação ao percentual do PL que representa cada papel. 

CRIs HGCR11: Percentual do PL
CRIs HGCR11: Percentual do PL. Fonte: Relatório Gerencial.

Negociação e Liquidez HGCR11

No mês de novembro/21, houve um giro de cotas do HGCR11 de 3,7%, somando um volume aproximado a R$ 47 milhões.

O volume diário aproximado foi de R$ 2,2 milhões. 

Nos últimos 12 meses, o volume atingiu R$ 687,4 milhões, equivalente a uma média diária de aproximadamente R$ 2,6 milhões. 

Liquidez HGCR11
Liquidez HGCR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Riscos do HGCR11

Os principais riscos a observar em fundos de papel, como o HGCR11 são a concentração e o risco de crédito. 

Risco de Concentração

O risco de concentração considerada a quantidade de ativos presente na carteira de um fundo de papel, mas também: 

  • A classe e a localização desses ativos;
  • Concentração por devedor;
  • Indexadores atrelados aos papéis.

Com 38 CRIs em carteira, e a principal exposição representando 9.46% de seu PL, o Fundo apresenta uma concentração dentro do natural para um fundo do porte. 

Risco de Crédito

O risco de crédito é a possibilidade de inadimplência. 

De forma simplificada, os CRIs são empréstimos. Como tal,  é questão de tempo para que um devedor deixe de honrar seu compromisso de pagamento. 

No HGCR11, esse risco é mitigado por diferentes classes de garantias, entre outras: 

  • Garantias reais (imóveis);
  • Cessão fiduciária de recebíveis;
  • Cessão fiduciária da carteira;
  • Fianças;
  • Alienação fiduciária das cotas.

Além dessa questão, o risco da inadimplência em um fundo de CRIs é agravado de acordo com a subordinação das séries dos CRIs presentes em sua carteira.  

A subordinação pode ser traduzida como a ordem em que serão feitos os pagamentos devidos àquele CRI. 

Em primeiro lugar, estão as séries sênior. Quem investe nelas, abriu mão de parte da rentabilidade em nome de maior segurança. 

Por isso, é recompensado recebendo seu retorno antes que os demais.

Na sequência, recebe quem possui séries mezanino, que se manteve no meio termo entre a segurança e a rentabilidade. 

Por fim, é a vez das séries subordinadas, que oferecem maior rentabilidade mas, para isso, sacrificam parte da segurança. 

Na prática, ocorre que se houver inadimplência quem recebe o maior impacto são os detentores de séries subordinadas, os últimos a receber.

Todos os demais serão pagos primeiro, e o que sobrar - e se sobrar - chegará até eles. 

Existem, ainda, CRIs sem subordinação, com séries únicas. Neles, todos são iguais e o impacto de uma possível inadimplência atinge todos os investidores igualmente. 

No relatório gerencial do HGCR11 não há detalhamento específico sobre a subordinação de seus CRIs. 

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Dados do HGCR11

Agora que já conhece as características do HGCR11, conheça suas informações: 

  • Razão Social: CSHG Recebíveis Imobiliários FDO INV IMOB-FII
  • CNPJ: 11.160.521/0001-22
  • Gestor: Credit Suisse Hedging-Griffo Corretora de Valores S.A
  • Público Alvo: Investidores em geral
  • Segmento: Títulos e Valores Mobiliários
  • Patrimônio Total (11/21): 1.281.529.411,57
  • Taxa de Administração: 0,8% a.a. (ao ano) sobre valor de mercado de negociação em bolsa do Fundo
  • Taxa de Performance: 20% sobre o que exceder 110% da taxa média de captação do CDI
  • Início do Fundo: Dezembro de 2009
  • Quantidade de Emissões: 7
  • Número de Cotistas (11/21): 59.505
  • Número de Cotas do HGCR11: 12.372.450
  • Regulamento do HGCR11;
  • Relatório Gerencial do HGCR11;
  • HGCR Site Oficial (RI): https://www.cshg.com.br/site/publico/imob/imob5.seam#

HGCR11 Subscrição

A subscrição é um direito de quem possui cotas de um FII, que assegura a possibilidade de manter seu percentual de participação no fundo em uma nova emissão de cotas. 

Na prática, o fundo emite novas cotas (geralmente a um preço mais baixo do que o de mercado), e oferece a preferência de compra a seus cotistas. 

Não se trata de possibilidade de compra sem limites:  o número de novas cotas que você poderá adquirir será sempre proporcional ao número atual de cotas que já possui.

O anúncio da emissão informa um fator de proporção a ser aplicado sobre o número de cotas que já se possui para entender quantas novas cotas é possível adquirir.

Como direito, a subscrição é opcional. 

Inclusive, caso não queira comprar novas cotas, alguns fundos permitem que você venda esse direito através do home broker da sua corretora de valores.

A mais recente emissão de cotas do HGCR11 aconteceu em julho de 2021, com um fator de proporção de 0,29162906295. 

Na prática, o cotista pode adquirir 29 novas cotas a cada 100 que já possuía, pagando o preço de emissão (R$ 104,67).

Dúvidas sobre HGCR11

Certas dúvidas sobre o HGCR11 são comuns. Selecionei algumas delas e as respondo agora, de forma direta.

Como comprar HGCR11?

As compras de cotas do FII HGCR11 são feitas através de uma corretora de valores. Caso ainda não tenha conta em uma, abri-la é o primeiro passo.

Logo, é preciso que efetue a transferência do capital que deseja investir para sua conta e, com fundos disponíveis, acesse o Home Broker.

Busque o FII por seu código (HGCR11), selecione a quantidade de cotas, o valor que pretende pagar por elas, envie a ordem de compra e aguarde a confirmação.

Onde achar o informe de rendimentos do HGCR11?

Os informes de rendimentos do HGCR11 estão disponíveis no site oficial do fundo. Basta acessar a aba “Relatórios Financeiros”. 

Onde achar o relatório gerencial do HGCR11?

Assim como o informe de rendimentos, a gestora do HGCR11 disponibiliza o relatório gerencial em sua página oficial.

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HGCR11 Vale a Pena?

Fundo de papel “raiz”, que mantém a maior parte de seu patrimônio investido nos ativos alvo, o HGCR11 é gerido por um dos mais renomados gestores de FIIs do país. 

Sua carteira é adequadamente diversificada e os resultados são consistentes desde o início do fundo, que já marca mais de 10 anos de mercado.

Trata-se de fundo que agrega qualidade e consistência ao seu portfólio de FIIs. Portanto, o HGCR11 vale a pena.

Cuide apenas de não apostar todos os ovos em uma só cesta, e também de não pagar caro demais. Até o melhor ativo do mundo pode ser mau negócio se comprado acima do preço correto.

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Lembre-se que antes de investir em fundos imobiliários é necessário conhecer seu perfil de investidor para fazer uma boa alocação de ativos e se expor a um nível adequado de risco.

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