Conversão dos recibos da 11ª emissão de cotas do FII Hectare CE (HCTR11) acontecerá em 20 de dezembro. 

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A 11ª emissão de cotas do Fundo Imobiliário HCTR11 foi bem sucedida, embora não tenha atingido o montante total da oferta. 

Conforme previsto no Comunicado de Encerramento emitido pela administradora do Fundo, o total de Cotas subscritas e integralizadas foi superior ao mínimo, mas inferior ao montante total da Oferta. 

Sendo assim, foram cancelados 4.010  recibos de Cotas que condicionaram sua adesão a distribuição da totalidade do montante total ou mínimo da Oferta Restrita. 

Segundo o Comunicado ao Mercado emitido pela gestora, tais valores foram devolvidos em 15 de dezembro de 2021. 

Esses valores foram acrescidos dos respectivos rendimentos líquidos auferidos pelas aplicações do Fundo nos Investimentos Temporários. 

Com a emissão, o Fundo levantou R$69.6 milhões em recursos para seguir ampliando seus investimentos. 

A conversão dos recibos em Cotas ocorrerá em 20 de dezembro de 2021, de modo que as Cotas subscritas durante o
período do exercício do Direito de Preferência e Sobras estarão liberadas para negociação no mercado a partir do dia 21.

Se você busca maneiras mais eficientes de ampliar seu capital e receber uma renda mensal isenta de IR, deve investir nos melhores fundos imobiliários, principalmente os FIIs que compõem o IFIX (índice dos FIIs listados em bolsa).

Por isso, conhecer as características do HCTR11 é fundamental!

Neste artigo, você entenderá: 

  • O que é HCTR11;
  • Rendimentos do HCTR11;
  • Resumo da Carteira do HCTR11;
  • Liquidez do HCTR11;
  • Principais riscos do HCTR11;
  • Se o HCTR11 vale a pena. 

Leia até o final e descubra se o Fundo Imobiliário Hectare CE (HCTR11) vale a pena e deve fazer parte de sua carteira!

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O que é HCTR11 FII?

O código HCTR11 identifica o Fundo Imobiliário Hectare CE, administrado pela Vórtx DTVM (já conhecida por fundos como o TGAR11 e HGRU11) e gerido pela Hectare Capital Gestora de Recursos

Trata-se de um fundo do tipo papel, onde os recursos são destinados a investimento em títulos de dívidas imobiliárias. 

No HCTR11, o foco são os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), em especial os lastreados em multipropriedades e loteamentos. Com eles o fundo gera renda mensal isenta de imposto de renda para seus cotistas. 

Seu IPO aconteceu ao final de 2018 com a emissão de 20 mil cotas comercializadas a R$ 1 mil cada destinadas apenas a investidores profissionais.

Posteriormente, em setembro de 2019, houve um desdobramento na razão de 1 para 10 e a abertura de ofertas direcionadas a investidores em geral. 

Ao final de novembro de 2021, o patrimônio líquido do fundo era superior aos R$ 2,3 bilhões.

HCTR11 Rendimentos

No dia 07 de dezembro,  o fundo HCTR11 anunciou o pagamento de R$ 1,60 por cota em dividendos e R$ 0,30 por recibo (HCTR13), referentes ao mês de novembro.  

O valor representa um dividend yield de 1,38%.

A imagem abaixo mostra os rendimentos mensais do HCTR11 entre junho e novembro de 2021. 

Rendimentos mensais HCTR11
Rendimentos mensais HCTR11. Fonte: Relatório Gerencial.

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Resumo da Carteira do HCTR11 

A carteira do HCTRT11 é composta em maior parte por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). 

Esses títulos são papéis de dívidas lastreados em imóveis. Eles funcionam como empréstimos e pagam juros periodicamente ou em seu vencimento. 

Além deles, o Fundo apresenta parte de seus recursos investidos em cotas de outros Fundos Imobiliários. 

Ao final de novembro, a posição da carteira era: 

  • 71,8% em CRI
  • 24,8% em FIIs
  • 3,4% em caixa

O gráfico abaixo demonstra a alocação de ativos do HCTR11 ao final de novembro/21. 

Carteira HCTR11
Carteira HCTR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Carteira de CRI

A carteira de CRIs do HCTR11 é composta por papéis de diversos segmentos. 

Ao final de novembro, o mais representativo (24,8% do patrimônio) era o de shopping centers, seguido de perto por multipropriedade (22,2%) e corporativo (21,8%). 

Além disso, a carteira apresentava 13,3% de seus recursos investidos em loteamentos, 5,6% em incorporação, 3,2% em parques temáticos e mantinha 3,4% em caixa. 

Abaixo, o detalhe da alocação por segmento do Fundo. 

Alocação por segmento HCTR11
Alocação por segmento HCTR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Alocação por Indexador

Ao final de novembro, a maior parte (93%) dos CRIs na carteira do HCTR11 são indexados pelo IPCA.

Esse índice é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e reflete a variação dos preços para o consumidor final. 

Na sequência, o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado)  indexa 4,6% dos títulos na carteira do fundo.  

Calculado mensalmente e de forma independente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o índice reflete a variação de preços de matérias primas, bens, serviços e outros. 

Além dos dois principais indexadores, o HCTR11 ainda conta com títulos indexados pelo CDI (0,6%) e pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). 

O CDI é a taxa praticada entre instituições bancárias e é conhecido por indexar grande parte dos investimentos de renda fixa. 

Já o INPC, calculado pelo IBGE, é baseado no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços no país.

O gráfico abaixo traz detalhes sobre a alocação por indexador do HCTR11 em novembro de 2021. 

Alocação por indexador HCTR11
Alocação por indexador HCTR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Diversificação 

A carteira do HCTR11 apresentava 89 CRIs ao final de novembro, sendo a maior exposição de 5,20% do patrimônio do Fundo. 

É interessante comentar que os CRIs do Fundo são, em maioria, de subordinação sênior. 

A subordinação pode ser traduzida como a ordem em que serão feitos os pagamentos devidos àquele CRI. 

Em primeiro lugar, estão as séries sênior. Quem investe nelas, abriu mão de parte da rentabilidade em nome de maior segurança. 

Por isso, é recompensado recebendo seu retorno antes que os demais.

Na sequência, recebe quem possui séries mezanino, que se manteve no meio termo entre a segurança e a rentabilidade. 

Por fim, é a vez das séries subordinadas, que oferecem maior rentabilidade mas, para isso, sacrificam parte da segurança. 

Na prática, ocorre que se houver inadimplência quem recebe o maior impacto são os detentores de séries subordinadas, os últimos a receber.

Todos os demais serão pagos primeiro, e o que sobrar - e se sobrar - chegará até eles. 

Existem, ainda, CRIs sem subordinação, com séries únicas. Neles, todos são iguais e o impacto de uma possível inadimplência atinge todos os investidores igualmente. 

No fim de novembro/21, 68% dos títulos do HCTR11 eram de séries sênior, 28,5% de séries subordinadas, 1,8% mezanino e 1,7% de séries únicas. 

Subordinação CRIs HCTR11
Subordinação CRIs HCTR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Negociação e Liquidez HCTR11

No mês de novembro de 2021, foram registradas 106.022 negociações do HCTR11, totalizando um volume de R$ 188,2 milhões. 

A média diária no período foi de R$ 8,55 milhões aproximadamente. 

Nos 12 meses anteriores, o fundo registrou 1.220.872 negociações totais, somando R$ 2,41 bilhões em volume. 

A média mensal é de aproximadamente R$ 200 milhões. 

O gráfico abaixo mostra a evolução das negociações do HCTR11 entre outubro/19 e março/20, incluindo a evolução da cota no período. 

Liquidez HCTR11
Liquidez HCTR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Riscos do HCTR11

Os principais riscos do HCTR11 são: Risco de Liquidez, Concentração e de Crédito. 

Risco de Liquidez

O risco de liquidez se refere ao tempo necessário para a conversão de um papel em dinheiro. 

Os fundos imobiliários são constituídos como condomínio fechado, o que impossibilita o resgate antecipado de cotas.

A venda delas fica à mercê do mercado secundário que, no Brasil, nem sempre apresenta grande liquidez geral. 

Embora o HCTR11 apresente liquidez no mercado secundário na atualidade, não existem garantias sobre o preço de venda, nem sobre o tempo para ela. 

Risco de Concentração

O risco de concentração se refere à diversificação adotada pela gestão do fundo. 

Em fundos de papel, como é o caso do HCTR11, esse risco é avaliado analisando a distribuição de capital entre ativos, em busca de concentrações excessivas entre os mesmos devedores. 

Quanto mais diversificada e pulverizada a carteira, maior é a segurança do investidor. 

A maior exposição da carteira do HCTR11 representa 5,20% de seu patrimônio líquido. Na atualidade são 89 CRIs na carteira deste Fundo. 

Risco de Crédito

O risco de crédito é a possibilidade de que a entidade emissora ou o devedor de um título não cumpram suas obrigações de pagamento, comprometendo o retorno do fundo. 

Tal risco afeta os CRIs, ativos alvo do HCTR11. Esses títulos são lastreados a imóveis, que são tomados em pagamentos se existe inadimplência. 

A gestão do fundo demonstra preferência por ativos lastreados em imóveis sólidos, buscando minimizar os riscos.  

No entanto, caso exista a inadimplência, se enfrenta a possibilidade de demora na conversão do imóvel em dinheiro, o que afetaria os rendimentos do fundo. 

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Dados do HCTR11

Veja agora as principais informações do HCTR11: 

  • Razão Social: Hectare CE - Fundo de Investimento
  • CNPJ: 30.248.180/0001-96
  • Gestor: Hectare Capital Gestora de Recursos Ltda
  • Público Alvo: Investidores em Geral Qualificados
  • Segmento: Gestão Ativa - Títulos e Valores Mobiliários
  • Patrimônio Líquido (11/2021): R$ 2.302.957.178,03
  • Taxa de Administração: 0,21% a.a. do PL
  • Taxa de Performance: 10% sobre o que exceder a variação de 100% do CDI
  • Taxa de Gestão: 0,99% a.a. do PL 
  • Início do Fundo: 10 de setembro de 2018
  • Quantidade de Emissões: 11
  • Número de Cotistas (11/2021): 151.809
  • Número de Cotas do HCTR11: 19.720.457
  • Regulamento do HCTR11
  • Relatório Gerencial  HCTR11
  • HCTR11 Site Oficial (RI)

HCTR11 Subscrição

A subscrição um direito do investidor de um fundo imobiliário. Ele assegura que o cotista possa manter seu percentual de participação no fundo ante uma nova emissão.

Na prática, o fundo emite novas cotas (geralmente a preço mais baixo) e o cotista tem a preferência na compra, sempre proporcional ao número atual de cotas que possuir do fundo.

Caso não queira usar o direito de subscrição, alguns fundos permitem que você venda esse direito através do home broker da sua corretora de valores.

A mais recente emissão de cotas do HCTR11 ofereceu um fator de proporção de 7,389631541. 

Na prática, esse valor é aplicado sobre o número de cotas que se possua na data de anúncio. 

Assim, para cada 100 cotas detidas, o cotista pode adquirir 70 novas cotas ao preço de emissão (R$ 119,27). 

Dúvidas sobre HCTR11

Veja as dúvidas mais comuns sobre o HCTR11.

Como comprar HCTR11?

A compra de cotas do HCTR11 é feita através das corretoras de valores. Abrir sua conta em uma delas e transferir o montante que deseja investir para ela são os primeiros passos. 

Então, basta acessar o Home Broker, buscar o fundo pelo código (HCTR11) e selecionar o número de cotas e valor a pagar. 

Envie a ordem de compra e aguarde a confirmação. 

Onde achar o informe de rendimentos do HCTR11?

O informe de rendimentos do HCTR11 é disponibilizado pela gestora em seu site oficial

Onde achar o relatório gerencial do HCTR11?

O relatório do HCTR11 está disponível no site oficial do fundo. Além disso, você o encontra neste artigo, na seção Dados do HCTR11

Como declarar o fundo imobiliário HCTR11 no IR?

Para descobrir como declarar o fundo imobiliário HCTR11 no imposto de renda, consulte o artigo como declarar o imposto de renda sobre investimentos.

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HCTR11 Vale a Pena?

O HCTR11 é um Fundo que opera no mercado desde o início de 2019. 

Seus ativos alvo são CRIs de distintos segmentos, sendo atualmente o mais representativo o de shopping centers. 

Desde seu início, o fundo vem distribuindo dividendos de maneira consistente. 

Além disso, ao efetivar um desdobramento de cotas que baixou seu valor unitário e favoreceu o investimento e o resultado foi notado em seu crescimento. 

Dito isso, o HCTR11 é um fundo que vale a pena ter em carteira. Se optar por investir, mantenha o foco em uma alocação de ativos adequada e baseada em seu perfil de investidor para minimizar os naturais riscos do investimento. 

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Lembre-se que antes de investir em fundos imobiliários é necessário conhecer seu perfil de investidor para fazer uma boa alocação de ativos e se expor a um nível adequado de risco.

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