O conselho de administração do GPA (PCAR3) propôs, em reunião realizada nesta quarta-feira, a separação da rede de atacarejo Assaí do grupo.

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Segundo o colegiado, o movimento tem como objetivo "liberar o pleno potencial dos negócios de cash & carry e varejo tradicional", com as duas áreas atuando de forma autônoma, e podendo ter acesso direto ao mercado de capitais.

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Com a conclusão da operação, as ações da rede Assaí detidas pelo GPA, inclusive aquelas detidas pela Éxito, seriam distribuídas aos acionistas do grupo, na proporção exata de cada participação.

Isso depois da obtenção da listagem dos papéis no segmento Novo Mercado, da B3, além da listagem de American Depositary Receipts (ADRs) da Assaíi em Nova York, na Nyse.

A separação da operação do Assaí e do multivarejo do GPA vem com a intenção de dar protagonismo a cada um dos negócios.

Segundo os executivos do grupo, a decisão deve "liberar valores" para ambas as empresas que resultarem desta cisão.

Para o vice-presidente do conselho de administração, Ronaldo Iabrudi, a tese de investimentos desta separação é a possibilidade de melhor alocação de recursos e a possibilidade de dar mais visibilidade a cada um dos negócios. Não há nova oferta de ações prevista para o GPA.

Ao final da divisão, todos os acionistas da companhia terão a mesma porcentagem de ações no Assaí e no multivarejo. Assim, o Grupo Casino, atual controlador, continuaria com a mesma participação na nova empresa a ser listada na Bolsa.

A previsão é que até o fim do primeiro trimestre de 2021, a separação seja concluída e o Assai já esteja na B3.

"Ao final, teremos duas operações independentes. A alocação de recursos será mais eficiente. Ambas terão acesso ao mercado", diz Iabrudi.

"Tem investidores que dizem que o Assaí sozinho vale alguns bilhões de reais", afirmou ainda o executivo.

Além disso, ele pontuou que, hoje, o Assai e o Multivarejo do grupo têm "poucas sinergias, para não dizer nenhuma". No novo modelo, o setor de gasolina e farmácia ficam debaixo do ticker do multivarejo.

"É uma operação complexa que vai envolver órgãos reguladores de vários países", afirmou o CEO do GPA, Peter Estermann. Ele afirmou que o grupo estará focado, a partir de agora, no processo de implementação desta cisão.

A princípio, o que o conselho aprovou foi o aprofundamento dos estudos para a separação. A concretização, porém, vai depender da aprovação de investidores e credores, por meio de assembleias.

Para Iabrudi, porém "não há desafios insuperáveis no processo" e os times das duas empresas resultantes do processo não deverão quase sofrer alterações.

Resultado do Pão de Açúcar no Segundo Trimestre de 2020

O resultado do Pão de Açúcar (PCAR3) no segundo trimestre de 2020 (2t20), divulgado no dia 29 de julho, apresentou um lucro líquido de R$ 333 milhões, queda de -20,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda do Pão de Açúcar atingiu R$ 1,5 bilhão no 2t20, apresentando crescimento de 94,9% na comparação com o 2t19.

A margem Ebitda do Pão de Açúcar totalizou 7,4% no 2t20, apresentando crescimento de 1,4 ponto percentual na comparação com o 2t19. 

A Margem líquida do Pão de Açúcar atingiu 1,6% no 2t20, apresentando retração de -1,5 ponto percentual na comparação com o 2t19.

As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) acumulam queda de 4,15% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 37,30% nos últimos 12 meses.

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Fonte: Estadão Conteúdo.