Houve também queda na oferta total e na taxa de ocupação dos voos da Gol. Números são referentes ao mês de abril.

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Dados prévios de tráfego divulgados hoje, 06/05, pela Gol (GOLL4) mostram que demanda total por voos da companhia aérea caiu -93,6% em abril, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados também indicam uma redução de -93,5% na oferta de voos, e queda de -1,3% na taxa de ocupação, que ficou em 79,5%.

A partir de 28 de março, a malha aérea da empresa passou por reformulações devido à redução na procura por voos, efeito da pandemia de Coronavírus. Os voos diários caíram de 800 para apenas 50.

A prioridade, no momento, é apenas garantir atendimento essencial às capitais brasileiras a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Todos os voos internacionais, com exceção daqueles destinados a repatriação, foram temporariamente interrompidos.

Recentemente, a Gol divulgou seu resultado do 1T20, com prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Confira a análise completa aqui.

No Brasil, plano de socorro a empresas aéreas enfrenta obstáculos

O BNDES lidera uma iniciativa de plano de socorro a empresas dos setores mais atingidos pela crise, inclusive empresas aéreas, que envolve empréstimos sindicalizados. Porém, a iniciativa enfrenta obstáculos para avançar.

As negociações ocorrem entre as empresas do setor aéreo, os bancos comerciais e o BNDES.

A proposta é estruturar os empréstimos por meio da emissão de títulos conversíveis em ações, que em geral apresentam taxas de juros menores e trazem a possibilidade do credor se beneficiar com a recuperação das empresas.

De acordo com banqueiros envolvidos, as empresas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) não estão conseguindo chegar a um acordo em relação ao preço das ações referentes aos títulos conversíveis. Além disso, acionistas reclamam da diluição de suas participações.

Enquanto isso, A Latam Airlines enfrenta outra dificuldade, pois não está listada na bolsa de valores brasileira, mas na bolsa do Chile.

Nos EUA, Warren Buffett se desfaz de ações de companhias aéreas

Um sinal do mau tempo que as empresas do setor aéreo devem enfrentar é que Warren Buffett, bilionário investidor e presidente da Berkshire Hathaway, vendeu toda a posição da BH em companhias aéreas.

Segundo Buffett, as perspectivas para o setor aéreo mudaram drasticamente com a queda da demanda. De fato, até no Brasil, a demanda caiu tanto que algumas companhias estão levando carga nos assentos dos passageiros.

Portanto, a decisão de Buffett foi vender os papeis, mesmo com prejuízo, pois a recuperação dessas empresas deve demandar muito capital e não é possível prever o resultado.

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